Desvende os mistérios desse recurso natural e aprenda como ele se formou nas profundezas da Terra.
O petróleo é um conjunto de substâncias conhecidas como hidrocarbonetos e tem uma importância grandiosa para a economia global. Assim como outros recursos minerais, é extraído de camadas profundas do subsolo e apresenta uma série de derivados que são importantes tanto para geração de energia quanto para confecção de materiais. Um detalhe muito importante, é a sua curiosa formação, a qual estão associados muitos mitos (muitas pessoas, por exemplo, acreditam que o material vem de ossos de dinossauros, ou que ele se forma a partir de processos rápidos e espontâneos), sendo que na realidade as coisas são muito mais complexas. Ficou curioso? Confira nosso artigo abaixo, onde destrinchamos bem essas informações.
Composição
Antes de tratar da deposição geológica do petróleo, é interessante analisar a sua composição química. Como já citado, o petróleo não é apenas um tipo de substância, mas um conjunto delas na verdade, conhecidas como hidrocarbonetos. Com o nome bem sugestivo, são moléculas formadas a partir de hidrogênio e carbono, sendo estes 98% da mistura. Também apresenta outras substâncias em menor quantidade, sendo muitas delas associadas a enxofre, oxigênio, metais, etc. A partir de diferentes processos químicos, essas moléculas serão convertidas em muitos derivados como o gás de cozinha, gasolina, querosene, diesel, polímeros usados na fabricação de plástico, compostos pesados usados para produção de asfalto, entre muitos outros. Se interessou pelo assunto? Leia mais em Como o petróleo está presente em nosso cotidiano?
Origem
Indo direto ao ponto, o petróleo é o acúmulo resultante de seres vivos ao longo dos anos. Nas condições geológicas ideais, os organismos têm seus corpos depositados sobre a terra, no fundo de lagos ou no leito oceânico, onde são compactados por sedimentos minerais e expostos a condições de temperatura e pressão que degradam os materiais de suas células e estruturas associadas, onde são partidas em vários “pedaços”, sendo essas pequenas partes, a composição do petróleo.
Devido os dinossauros serem os animais pré-históricos mais conhecidos e populares, e apresentarem tamanhos chamativos, muitos acreditam que boa parte do petróleo vem deles, mas na verdade não é bem assim.
O material orgânico que é a fonte da maioria dos hidrocarbonetos provavelmente foi derivado de plantas planctônicas unicelulares (flutuantes), como diatomáceas, algas e animais planctônicos unicelulares, como foraminíferos, que vivem em ambientes aquáticos de água marinha, salobra ou doce. Sabe-se que tais organismos simples eram abundantes muito antes da Era Paleozoica.

Condições de formação
Com a deposição do plâncton e de outros seres vivos em diferentes pontos do solo, é importante que esses restos orgânicos sejam cobertos com sedimentos para que possam sofrer decomposição anaeróbica (com pouca ou nenhuma presença de oxigênio). Em um primeiro momento será formada uma lama escura e rica em material orgânico. Com o passar do tempo, essa lama será coberta por mais sedimentos. Com a compactação deste material orgânico, é iniciada a formação de uma substância conhecida como querogênio, esta substância insolúvel de cor escura, é a fonte da maioria dos hidrocarbonetos gerados nos estágios posteriores.
Com o soterramento mais profundo por sedimentação contínua, aumento de temperaturas e avanço da idade geológica resulta no estágio da formação de hidrocarbonetos, o qual toda a gama de compostos de petróleo é produzida a partir do querogênio e outros precursores por degradação térmica e craqueamento (processo onde as moléculas pesadas de hidrocarbonetos são quebradas em moléculas mais leves). Dependendo da quantidade e do tipo de matéria orgânica, a geração de hidrocarbonetos ocorre em profundidades de cerca de 760 a 4.880 metros, com temperaturas entre 65 °C e 150 °C, este ambiente especial é chamado de “janela do óleo”. Dependendo das condições geológicas, como por exemplo a da migração primária , o óleo desloca-se para outros pontos na rocha ou até mesmo emergir na superfície. Esse processo de formação do petróleo pode durar centenas de milhares de anos e o seu processo de migração para espaços interessantes de ser explorado, pode ser ainda mais longo.
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