Conheça a Amostragem, suas propriedades e importância

A amostragem é um processo fundamental para realizar a pesquisa mineral, visto que ela vai definir os componentes de um alvo bem como o possível teor de minério do depósito em avaliação.

O que é Amostragem?

Bom, antes de qualquer coisa, precisamos definir o que é a Amostragem para só assim passarmos para os pontos mais específicos dessa atividade tão importante.

Em primeiro lugar, a Amostragem é o processo de retirar uma quantidade de material do local em que o alvo de exploração está situado, para que possa ser caracterizado levando em conta os aspectos de interesse. Em outras palavras, esse material servirá como uma amostra representativa do todo.

Mas quais são as características importantes para essa análise?

Olha, na verdade existem vários, no entanto algumas delas são as mais fundamentais como, por exemplo:

  • Constituição mineral;
  • Distribuição Granulométrica;
  • Densidade;
  • Teor.

Nesse sentido, a partir do conhecimento de uma parte, o todo será definido. Outra coisa, é importante mencionar que a amostragem está suscetível a erros, mas isso você confere logo mais aqui com a gente.

Como e por que é realizada a Amostragem?

Então, como dito anteriormente, a amostragem é a etapa de coleta de material para análise posterior. Mas você sabe como ela acontece?

Antes de mais nada, em algum momento da sua vida você já coletou certa quantidade de material num trabalho de campo? Olha, independente  da sua resposta ser sim ou não, isso define a coleta de amostra.

As amostras são comumente coletadas em minerações a céu aberto e subterrâneas, além de claro em campos inexplorados para assim consolidar ou não a presença de algum minério de interesse.

Amostra, incremento e lote

Nesse meio tempo que você já conheceu alguns aspectos fundamentais da amostragem, vamos definir alguns itens que são primordiais para continuar entendendo todo o processo.

Amostra: como já mencionado anteriormente, é a quantidade de material que vai representar o universo que se deseja amostrar. Para que seja representativo o suficiente, ela deve ter a maior quantidade de incrementos possível;

Incremento: incremento é a quantidade de material retirada para compor uma amostra;

Lote: lote é uma quantidade limitada de material que é destinada a uma análise específica.

E aí? Até agora tudo bem? Então vamos seguir para alguns tipos de amostragem.

Amostra Primária ou Global vs Amostra final

Finalmente você conheceu alguns aspectos da amostragem, mas você conhece a diferença entre amostra primária e amostra final?

Amostra Primária ou Global: Esse tipo de amostra é basicamente a quantidade inicial de material coletada.

Amostra Final: A amostra final é a quantidade de material restante das etapas de preparação de amostra. Esta terá as propriedades adequadas para os ensaios laboratoriais (ensaios mineralógicos, químicos e físicos).

Qual a importância da Amostragem?

Em primeiro lugar a amostragem ganha uma importância ainda maior quando se entra em jogo a avaliação de depósitos minerais. É importante mencionar que nesses casos principalmente deve-se ter maior cautela na execução, isso porque uma amostragem mal conduzida pode trazer prejuízos exorbitantes e conclusões precipitadas.

Para que o procedimento seja bem executado é importante ter conhecimento de todos os erros que cercam o processo, a fim de obter os melhores resultados possíveis.

Técnicas para realizar a amostragem

Enfim, você sabia que a amostragem pode ser realizada com auxílio de equipamentos em muitas situações? Apesar de se sua resposta for não, observe a seguir alguns exemplos dessa situação.

Em alguns casos é necessário realizar a perfuração dos maciços para recolher as amostras. Esse método é chamado de sondagem e pode ser realizado de algumas formas:

  • Trado;
  • Rotação;
  • Percussão.

Conheça os principais erros de amostragem

Enfim, como foi mencionado no início do artigo, a amostragem é um processo que está sujeita a uma série de erros, isso por diversos motivos. Além disso, a seguir dividimos em dois grupos para listarmos os erros mais recorrentes, o erro de amostragem e o erro de preparação.

Erro de amostragem

  1. Erro de ponderação – resultante da não uniformidade da densidade ou da vazão do material;
  2. Erro de integração – resultante da heterogeneidade de distribuição das partículas no material amostrado;
  3. Erro de periodicidade – resultante de eventuais variações periódicas da característica de interesse no material;
  4. Erro fundamental – resultante da heterogeneidade de constituição do material. Depende fundamentalmente da massa da amostra e, em menor instância, do material amostrado. É o erro que se comete quando a amostragem é realizada em condições ideais;
  5. Erro de segregação – resultante da heterogeneidade de distribuição localizada do material;
  6. Erro de delimitação – resultante da eventual configuração incorreta da delimitação da dimensão dos incrementos;
  7. Erro de extração – resultante da operação de tomada dos incrementos.

Erro de preparação

  1. Perda de partículas pertencentes à amostra;
  2. Contaminação da amostra por material estranho;
  3. Alteração não intencional da característica de interesse a ser medida na amostra final;
  4. Erros não intencionais do operador (como a mistura de sub amostras provenientes de diferentes amostras);
  5. Alteração intencional da característica de interesse a ser medida na amostra final.

Elaborando um plano de amostragem

Antes de tudo, para um material ser amostrado é necessário definir algumas características do plano de amostragem.

Como já mencionado anteriormente, é fundamental ter conhecimento do objetivo, dos erros envolvidos para alcançar sucesso. Além disso algumas características que devem ser levadas em consideração são:

  • Precisão requerida: Quanto maior a precisão, maior será o custo envolvido. Nesse sentido os erros de amostragem ressurgem para lembrar que eles e os erros de análise podem ser agentes prejudiciais nos resultados.
  • Método de retirada de amostra: A experiência costuma ser o fator determinante da técnica escolhida para a retirada de amostra. Porém, pode ocorrer de algum trabalho experimental ser necessário para determinar o método de amostragem.

De maneira idêntica , a forma pela qual os incrementos são selecionados para a composição da amostra primária depende fundamentalmente do tipo de material, de como ele é transportado e também do objetivo da amostragem. Por outro lado, é importante ressaltar que o método de amostragem deve ser definido antes de estabelecer a amostra primária.

Afinal, agora que você está por dentro dos erros que estão envolvidos no processo de amostragem e viu um pouco sobre o plano de amostragem, que tal conhecer alguns métodos utilizados? Neste artigo você confere dois deles a seguir.

Amostragem aleatória

Primeiramente, começando pela amostragem aleatória, temos que esta é um exemplo de processo realizado quando não se tem muitas informações sobre o material amostrado.

Dessa forma, nesse exemplo, como a amostra é recolhida sem muito critério, existe uma grande possibilidade de pegar uma porção que não represente bem o universo.

Amostragem sistemática

Por outro lado, a amostragem sistemática é aquela onde os incrementos são coletados em intervalos regulares, definidos anteriormente.

Assim também é importante ter em mente que existe a possibilidade de existência de ciclos de variação do parâmetro de interesse e esses ciclos serem justamente coincidentes com os períodos que seriam para a retirada dos incrementos.

Em outras palavras, quando isso pode ocorrer, não é adequado utilizar esse método. Por outro lado, caso seja o contrário, se não houver nenhum problema dessa natureza a amostragem sistemática poderá ser usada sendo equivalente a amostragem aleatória.


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