Sabemos que a mineração é uma atividade muito ampla, cheia de etapas, equipamentos, trabalho e investimento. Dentro dela temos uma atividade importantíssima para realizar o tratamento de minérios a fim de que posteriormente os materiais possam ser comercializados. No artigo de hoje você vai conhecer mais sobre a Moagem!
O que é Moagem?
Previamente, a palavra moagem nos remete a alguma atividade relacionada à fragmentação, não é mesmo?
Como você já deve saber, a mineração possui uma série de etapas, vão da extraçãoao beneficiamento, até que esteja pronto para a comercialização.
Aproveitando a oportunidade, logo de início, leia nosso artigo sobre Tratamento de minérios. Nele você vai encontrar a moagem como a segunda operação dentro do Tratamento de Minérios, antes dela temos a britagem que é o primeiro processo de fragmentação das rochas depois do desmonte.
Nesse sentido, a Moagem é a última atividade do estágio de fragmentação de rocha. Sendo responsável por reduzir ainda mais a granulometria do material.
Qual a importância e por que é feita?
Agora que você já sabe o que é a Moagem, podemos passar para outro ponto necessário, saber qual sua importância e por que ela é realizada.
A moagem é um processo fundamental no tratamento de minérios por ser a responsável pela redução da granulometria das rochas. Tudo bem, mas você pode se perguntar, por que isso é importante?
Então, para dar continuidade as etapas subsequentes do tratamento, o material precisa ter um tamanho especifico, variando, claro, a depender do que se trata e das suas necessidades particulares.
Vale lembrar que não é só pelas etapas seguintes de tratamento que o material deve passar pela moagem. Mas pode ser necessário também para condicionar o produto ao seu uso final.
Como dito anteriormente, a moagem é a segunda etapa de fragmentação. A britagem é responsável pela fragmentação mais grosseira, por assim dizer, enquanto a moagem por sua vez é a protagonista na produção de finos, graças aos equipamentos utilizados.
Se fossemos reduzir esse tópico, poderíamos dizer simplesmente que a moagem é fundamental por reduzir ainda mais a granulometria dos materiais para os fins que serão destinados.
Principais objetivos
Além do que já foi mencionado anteriormente, temos alguns pontos que também podem ser destacados como objetivos da moagem. Vamos conferir?
- Liberação das espécies minerais com vistas às outras operações de concentração subsequentes;
- Adequação de produtos específicos às especificações granulométricas industriais;
- Facilidade de transporte em minerodutos;
- Adequação à utilização subsequente;
- Aumento da área de superfície para facilitar a reação química em processos hidrometalurgicos.
Como funciona a moagem?
Antes de qualquer coisa, é importantíssimo você saber que a moagem é a etapa mais cara da cominuição. Espera que já já você entenderá o porquê disso.
A moagem é feita pelos equipamentos chamados de moinhos, estes por sinal possuem uma imensa variedade. Essas máquinas utilizam principalmente a combinação de forças de impacto, compressão e abrasão para reduzir o tamanho das partículas.
Quanto maior a necessidade de se ter um material com partículas mais finas, maior será o gasto de energia do equipamento. Por isto, como foi dito anteriormente, trata-se da etapa mais cara.
O que de fato vai impactar no resultado da moagem vai ser o tipo de equipamento a ser utilizado e se o procedimento está sendo feito a seco ou úmido. Mas o que isso quer dizer?
A moagem pode ser feita desses dois modos, a depender do processo posterior que precisará sofrer. Entenda melhor cada uma delas:
- Moagem a seco: é mais utilizada para alguns minerais específicos que podem sofrer alguma alteração nas suas propriedades, caso seja feita a úmido. Alguns exemplos de materiais que precisam passar por esse tipo de moagem são: a argila e o talco.
- Moagem a úmido: esse é o tipo mais utilizado no tratamento de minérios, por diversos motivos na verdade, mas principalmente por ser a mais econômica e mais adequada para os processos seguintes.
Confira uma breve lista das vantagens de se utilizar a moagem a úmido:
– Menor consumo de energia;
– Maior capacidade por unidade de volume dentro do moinho;
– Eliminação de problemas com poeira;
– Facilidade com o transporte do material (que poderá ser realizado através de bombas, canos e calhas, por exemplo).
Tipos de circuito de moagem
Existem dois tipos de circuito de moagem, o circuito aberto e o fechado. Quer saber como é cada um? Vem comigo!
No circuito aberto o material que está dentro do moinho passa por tamanha velocidade que em uma única vez já consegue atingir o tamanho de partícula desejado. No entanto esse circuito não é tão utilizado, pois não é possível ter um controle tão eficaz na distribuição do tamanho do material. Nesse meio, não ocorre classificação.
A moagem em circuito fechado é a mais utilizada industrialmente. Junto a ela são utilizados classificadores ou peneiras, para que a parte do material que permaneceu com a granulometria mais grossa seja retida e retorne ao moinho. Nesse processo, as partículas podem passar diversas vezes pelo moinho, até alcançarem a granulometria desejada.
Esse circuito ainda pode ser dividido em dois grupos:
- Direto: ocorre quando o minério alimenta o moinho junto com o underflow do classificador;
- Reverso: quando o minério alimenta diretamente o classificador e o underflow alimenta o moinho.
Tipos de moinhos e particularidades
No início desse artigo foi mencionado que existe uma grande variedade de moinhos, lembra?
Então, chegou a hora de conhecer alguns dos principais tipos!
- Moinho de barras – Esse tipo de moinho costuma operar em circuito aberto (ainda mais se for preparar o material para o moinho de bolas). Ele é utilizado na moagem primária. Sendo o ideal para moer material mais grossos já que seu ativo moedor são barras grossas e resistentes, produzindo impacto considerável com os materiais e gerando a fragmentação.
- Moinho de bolas – Quase sempre esse tipo de equipamento opera em circuito fechado e utilizando algum classificador. Nesse moinho, além da força de impacto tem-se também a abrasão e atrito.
- Moinho de martelos – Esse equipamento tem aplicação reduzida na concentração de minérios, isso se deve ao fato de que as gangas silicosas geram desgaste na superfície interna do moinho. Apesar disso, são amplamente utilizados na indústria química, cerâmica, cal, calcário e carvão mineral, onde os materiais são menos abrasivos. Consiste em um eixo que gira em alta velocidade, nele ficam presos vários blocos/martelos. O material sofre o impacto dos martelos e são lançadas na superfície interna no equipamento sendo fragmentada.
- Moinho de discos – Esse moinho possui dois discos internos, um é fixo e o outro é móvel. A granulometria obtida é dada pelo ajuste da abertura dos discos na zona periférica. Esse tipo de equipamento é muito utilizado para pulverizar amostras.
- Moinho de rolos de alta pressão – Esse moinho é composto por uma mesa giratória, nela existem rolos estacionários. A pressão desses rolos é controlada hidraulicamente. Nesse equipamento, o material fragmentado é arrastado verticalmente pelo ar, chegando ao interior da câmara de moagem é precipitado e posicionado sobre a mesa, e assim reiniciando o ciclo de moagem.
Conclusão
Nesse artigo te mostrei alguns aspectos fundamentais da etapa de moagem no tratamento de minérios, além de alguns exemplos de equipamentos e outras curiosidades desse processo tão importante na mineração.
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