Perfilagem: na mineração e indústria petrolífera

Você já ouviu falar de perfilagem? Embora não tão comumente mencionada em conversas casuais, a perfilagem é um dos métodos de investigação mais utilizados, seja na área de petróleo, poços de água e até mesmo nas sondagens para mineração. Quer saber um pouco mais sobre esta importante técnica? Então nos acompanhe nesse artigo.

Sobre a perfilagem

A perfilagem é basicamente uma “imagem” que detalha determinados comportamentos das propriedades das rochas ao longo de um poço ou furo de sondagem, traçando assim um perfil daquela localização. Como já foi mencionado em diversos de nossos artigos, cada rocha tem uma propriedade intrínseca que diferencia elas de seu conjunto, e a perfilagem busca encontrar justamente essas distinções, dentro de um escopo de seu respectivo projeto.

Esse método acontece através da inserção de uma sonda até o fundo do poço ou furo de sondagem, e, a partir disto, a sonda faz diversas medições em direção da parede do poço, obtendo diversos parâmetros das propriedades petrofísicas das rochas. Quando devidamente observados, estes parâmetros podem demonstrar a possível presença, ou mesmo a ausência, de determinados elementos dentro do poço.

A perfilagem na mineração?

Nas etapas iniciais do processo  de exploração de minérios, a perfilagem junto com os métodos potenciais geofísicos, podem desempenhar papel crucial para se obter determinada informações, que podem vir a demarcar um perímetro inicial para o projeto. Dentre os seus usos podemos citar:

  • Delimitação e complementação de contatos litológicos, isto é, de acordo com as características petrofisicas, pode  se estabelecer uma zona estatigrafica e assim delimitar a zona de interesse.
  • Determinação de densidades in situ em minérios friáveis, ou seja, minérios que se fragmentam facilmente.
  • Angariar parâmetros como resistividade, magnetismo, hábitos da rocha. Informações que podem ser cruciais, se por exemplo, estiver em busca de minerais como magnetita, hematita ou demais minérios que tem propriedades que se sobressaem, dentro do conjunto das rochas.
               Perfilagem, Fonte: UFRGS

 A perfilagem geofísica nos poços artesianos?

A perfilagem de poços artesianos pode ser classificada como preventiva ou diagnóstica. A preventiva tem como intuito checar as condições do poço, garantindo assim a continuidade do abastecimento da agua, bem como aumentar a vida útil do poço; já a diagnostica, tem o intuito de reconhecer determinadas avarias que o poço venha ter, que podem ocasionar perda parcial ou total da vazão do poço.

  • Garante maior probabilidade de uma perfuração bem-sucedida e da estrutura adequada a ser instalada no poço;
  • Identifica dados em profundidade de uma maneira mais assertiva;
  • Não demanda grande infraestrutura nem investimento, além da aquisição do equipamento;
  • Possibilita um excelente controle estratigráfico (link estratigrafia) da região.

É importante notar que, a partir desse controle estratigráfico, torna-se possível entender melhor como funcionam as seções estratigráficas da região em profundidade e, a partir disso, construir um modelo mais detalhado da região. Ademais, caso seja necessária a perfuração de mais poços, ao utilizar o princípio da horizontalidade da geologia é mais provável a equipe tenha um maior índice de acerto para estudos futuros.

Litotipo, Fonte: UFRGS

A perfilagem na prospecção e produção de petróleo?

A construção de um perfil estratigráfico por meio da perfilagem também é essencial no contexto da exploração de petróleo e gás. Utilizando os dados obtidos, é possível delimitar um Play, que é um conjunto de informações todos com origem geológica similar e alimentados a partir de uma rocha geradora comum.

A perfilagem é utilizada até mesma na fase cimentação do poço, para verificar se há alguma avaria ao decorrer da coluna de produção, impedindo assim qualquer tipo de vazamento de gás e possível Blow-Out, caso semelhante ao que o ocorreu no Deepwater Horizon, no golfo do México.

Perfilagem óleo e água, Fonte: Nucleodoconhecimento

Principais métodos

Importante salientar, que cada método tem um objetivo específico buscando extrair características próprias das rochas. Dentre elas temos:

  • GAMA NATURAL – Mede a variação da radioatividade natural emitida por mudanças na concentração de radioisótopos. Aplicada para distinguir tipos de rocha, mapeamento litológico, correlação estratigráfica e detecção de zonas de alteração, estimativas de Urano e mapeamento de argila.
  • DENSIDADE GAMA– Mede a densidade das rochas em função da porosidade, do teor de fluído e da composição mineralógica. Aplicada para tonelagem e avaliação de reserva de minério, bem como para estimar informações referentes à mecânica da rocha, como módulo em massa.
  • RESISTIVIDADE – Mede a resistividade elétrica combinada da rocha, do solo e do fluido dos poros. Aplicada para identificara zonas de litologia e fraturas, podendo fornecer informações para identificação de contaminantes com base na condutividade de fluidos de poros. As altas do SP podem indicar sulfetos de metais comuns, minerais com baixa intensidade condutora.  Enquanto aumentos nas medições observadas de RPU acompanham o tamanho do grão, os valores para RPU diminuem na presença de fraturas e/ou em furos com maior diâmetro.
  • SÔNICO (onda P e S) – Registra a forma de onda acústica completa influenciada pelas propriedades elásticas da formação. Auxilia no cálculo da porosidade, impedância acústica, compressão e velocidade da onda de cisalhamento, detecção de fraturas e avaliação de ligação de cimento.
  • CEMENT BOND LOGS – Mede a qualidade da ligação do cimento entre o revestimento e a formação.

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