EXPLORAÇÃO ON SHORE: ENTENDA COMO FUNCIONA

Você sabe dizer o que é a exploração On shore? Não? Então, se trata de toda exploração de petróleo realizada em um continente, ou seja, em terra firme. Com esse tipo de exploração, o custo fica menor que a exploração offshore (exploração de petróleo no mar), isso porque os investimentos em equipamentos são bem menores, fazendo com que empresas de pequeno e médio portes tenham a oportunidade de participar do ramo petrolífero.

A história sobre a exploração On shore

Antes de mais nada, se analisarmos historicamente, os prelúdios das explorações de petróleo realizadas foram On shore. Nesse sentido, o início da exploração petrolífera, basicamente no final do século XIX nos Estados Unidos, era feito através das clássicas torres de extração de petróleo, que continuam atualmente como modelo mais comum de extração Onshore.

Ainda assim, o petróleo era conhecido pelos seus afloramentos, focado no Oriente Médio. Enquanto isso, a sua utilização era voltada para objetivos bélicos e iluminação. Mas foi no século XIX que iniciou as primeiras explorações de petróleo em terra, em 1850 na Escócia emposteriormente em 1859 nos Estados Unidos. A princípio e por muito tempo, os EUA se mantiveram como líder mundial na produção do petróleo, até o descobrimento de novos campos no resto do mundo.

Por outro lado, no nosso Brasil, a primeira descoberta do petróleo foi Onshore no ano de 1939, em Lobato, Bairro de Salvador. Enquanto a perfuração de poços nessa região estava sendo feita, na busca do óleo, em 1941 surgia a primeira refinaria do Brasil, no Campo de Candeias, que está em operações até hoje. Então, já é possível perceber o quanto esse campo foi importante para fornecer conhecimentos que foram aplicados em novos campos.

Conceito da prospecção de áreas

Você sabia que uma das primeiras etapas na parte de exploração Onshore é fazer a localização de bacias sedimentares? Então, caso ainda não saiba, esse processo é realizado por meio de um estudo e análise detalhada do solo e do subsolo.

O geólogo é o profissional que realiza o estudo e o trabalho para mostrar a chance de haver rochas-reservatório com petróleo aprisionado. Ele pode realizar o estudo de diversas maneiras, por exemplo, por meio de imagens de satélites. Ademais o  geólogo também utiliza alguns equipamentos, então vamos falar sobre alguns deles:

Gravímetro: esse equipamento detecta sutis modificações na gravidade que podem indicar o fluxo subterrâneo do petróleo;

Magnetômetros: ele mede pequenas mudanças no campo magnético, que também podem ser causadas pelo fluxo do petróleo;

Sniffers: Conhecido como farejadores, são narizes eletrônicos que identificam a presença de hidrocarbonetos;

Sismólogos: são aparelhos que criam ondas de choque que fluem pelas rochas e depois essas ondas irão refletir para a superfície. Estas ondas podem surgir por canhões de ar comprimido, que lançam pulsos de ar na água que captam as ondas refletidas por meio de hidrofones. Somado a isso, tem como utilizar a detonação com cargas explosivas no solo ou caminhões que golpeiam placas pesadas alocadas no solo.

Definição da perfuração Onshore

Após descobrir uma jazida de petróleo, realizamos a marcação em coordenadas, além de realizar perfuração do solo de um primeiro poço. Caso exista o petróleo, outros poços serão perfurados e será analisado a viabilidade econômica dessa extração. A perfuração em um poço Onshore é realizado através de uma sonda terrestre.

As rochas são degradadas pelo movimento rotativo de uma broca que existe na extremidade de uma coluna de perfuração (a coluna faz o movimento de rotação devido a ação da mesa rotativa). As rochas desagregadas são removidas pela atuação de um fluído de perfuração ou lama de perfusão que são injetados por bombeamento nesta coluna (descendo o fluido pela coluna e subindo pelos anulares).

Ao alcançar profundidade determinada, a coluna de perfuração é removida e é colocada uma coluna de revestimento com o diâmetro menor que o da broca. Após isso, é realizada a cimentação entre as uniões (anulares) dos tubos de revestimento garantindo então, uma maior segurança. Depois a coluna de perfuração é descida novamente ao poço com uma broca de menor diâmetro e mais nova, repetindo esse processo até o fim da perfuração.

Extração de petróleo em terra

Falando sobre a extração em terra, o petróleo é encontrado por cima da água salgada e por baixo do gás de alta pressão. Com isso, quando perfuramos o poço, o petróleo pode emergir facilmente até a superfície por causa da pressão do gás. Mas a pressão do poço pode cair, e quando cai, é necessário utilizarmos de equipamentos que bombardeiam o petróleo para a superfície, como por exemplo, a UBM, a unidade de bombeio mecânico (famoso Cavalo-de-Pau).

Figura 1: Unidade de Bombeio Mecânico Foto: Reprodução.

Se o petróleo extraído for muito denso, então é preciso fazer a injeção de vapor de água aquecido sob pressão em um segundo poço perfurado no reservatório. A temperatura do vapor diminui, logo a pressão e a viscosidade petróleo facilitam a sair do poço.


Caracterização da produção no Brasil a partir da exploração on shore

Logo após o descobrimento do primeiro campo comercializante na bacia do Recôncavo, a produção Onshore foi predominante no país até o ano de 1981. Em seguida, a sua participação na produção nacional total começou a ser menor do que a marítima. Posteriormente, em 2003, a produção Onshore no brasil atingiu o pico histórico com 219 mil barris por dia.

Desde que a pandemia se iniciou, 2020 teve uma produção bem baixa em Onshore, até mesmo com fechamentos de campos produtores por causa da falta de demanda. Hoje, as bacias do Solimões, Potiguar, Recôncavo, Sergipe, Alagoas e Espírito Santo respondem por 99% da produção terrestre do Brasil.

Ao mesmo tempo, o ponto contínuo da exploração de petróleo terrestre no Brasil surge como momento importante para operadores de médio e pequeno porte, com a existência de muitos campos maduros. O enorme aproveitamento em termos econômicos desses campos depende dos métodos de recuperação secundária e terciária.

A produção de petróleo Onshore no país é realizada principalmente no interior do Nordeste brasileiro, e, infelizmente, muitos municípios que estão alocados a produção são classificados como categoria de baixo desenvolvimento humano. Nessas localidades, o aumento na produção e a subida do preço do petróleo impactam enormemente as receitas municipais, com probabilidade de aumentar o PIB per capita e consequentemente a melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal.


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