Sondagem de Petróleo: por que é feito, como é feito e quais equipamento são utilizados

Antes de mais nada, você sabe o que é Sondagem de Petróleo ou já ouviu falar sobre isso durante alguma conversa? Você sabe para que serve?

Se as respostas das perguntas anteriores foram não, então continue lendo esse artigo para não ficar perdido (a) quando o assunto da conversa for sobre Sondagem de Petróleo, garanto que você vai sair daqui sabendo muito.

O que é Petróleo e o que é sondagem?

Bom, primeiramente sabendo que iremos falar sobre sondagem e petróleo, nada mais justo do que definirmos cada um:

Petróleo: é um líquido natural, inflamável, oleoso, de cheiro característico e com densidade menor que a da água. É uma mistura complexa de hidrocarbonetos, ou seja, de substâncias orgânicas formadas apenas por hidrogênio e carbono. Além disso, é a principal fonte de energia da atualidade, daí sua enorme importância. Ainda nesse sentido, existem petróleos leves, médios e pesados, além de óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão.

Leia também: Entenda um pouco mais sobre o petróleo no Brasil.

Sondagem: então, a sondagem é uma forma que os especialistas utilizam para saber se tem petróleo naquele lugar ou não.

Enfim, agora que já está explicado resumidamente sobre o que é petróleo e sondagem, podemos começar de verdade nosso artigo, bora comigo!

Para que serve a sondagem?

A princípio quando se inicia um poço, ninguém tem certeza de que será encontrado um reservatório petrolífero. Sendo assim, para descobrirmos se realmente tem petróleo ou não, dependemos da sondagem, é ela que vai revelar a quantos metros de profundidade o Petróleo se encontra, qual tipo de Petróleo tem naquele local, entre outras coisas.

Como são feitos os furos de sonda?

Como em toda sondagem de superfície, os poços são, em sua maioria, verticais, mas, se necessário, podem ser inclinados. A coroa, peça que corta a rocha, é presa a uma haste metálica com nove metros de comprimento, que gira continuamente.

Dessa forma, quando a haste está totalmente introduzida no subsolo, outra é acoplada a ela e a perfuração prossegue, sempre com acréscimos de novas hastes. Há vários tipos de coroa, mas a mais usada na indústria petrolífera é formada por três cones denteados.

Este conjunto de coroa e hastes, junto com as peças que conectam uma haste à seguinte, é chamado de composição.

A coroa aquece-se devido ao atrito contra a rocha e, para resfriá-la, circula entre a composição e as paredes do furo a lama de sondagem, uma mistura composta principalmente de água e bentonita (um tipo de argila), que serve também para trazer até à superfície os fragmentos de rocha que a coroa vai produzindo.

Em seguida esses fragmentos são analisados pelos geólogos, para saber que tipo de rocha a coroa está atravessando. Conforme eles os descrevem, anotam também a profundidade de onde vieram. Como resultado dessa descrição temos o chamado perfil descritivo do furo de sonda.

Assim também, os furos de uma mesma área têm seus perfis comparados, o que permite ter uma visão tridimensional da sequência de rochas da área. Portanto esse trabalho é chamado de correlação estratigráfica.

A lama de sondagem tem outra importante função: impedir que a água subterrânea e o gás ou petróleo eventualmente encontrados deixem as rochas em que estão e cheguem, à superfície durante a fase de perfuração. Mas, se mesmo havendo a lama isso ocorrer, dispositivos chamados blowout preventers, instalados na boca do poço, impedem que eles jorrem para fora do poço.

E após a perfuração?

Concluída a perfuração, o poço deve ser completado. Dessa maneira ele recebe um revestimento de cimento em toda a sua extensão, para evitar que fluidos saiam das rochas quando for removida a lama de sondagem. Logo depois, na profundidade correspondente ao horizonte portador de óleo o revestimento é rompido com explosivos, de modo que o petróleo possa sair da rocha para dentro do poço.

Por outro lado, caso o petróleo esteja sob pressão e suba até à superfície espontaneamente, é instalado um conjunto de engrenagens, na boca do poço, chamado árvore-de-natal; contudo, se não houver pressão suficiente que justifique isso, o que acontece na maioria das vezes, é instalar o cavalo-de-pau, equipamento que vai bombear o petróleo até à superfície.

Seja como for, a partir do momento em que se inicia a perfuração, o processo não é mais interrompido até que se atinja o objetivo. Em síntese, a perfuração é a etapa na qual há um aumento na profundidade do poço.

Figura 1: exemplo de equipamento utilizado na sondagem.
Fonte: Reprodução.

Como são escolhidas as brocas?

A princípio é importante levar em consideração que para cada tipo de rocha é utilizada uma broca diferente, para vencer rochas muito duras, empregam-se brocas de tungstênio ou diamante. Por outro lado, no caso de rochas menos resistentes, são utilizadas brocas de dentes ou lâminas de aço. Há perfurações que progridem mais de 500 metros por dia. Porém, são conhecidas perfurações que não passam de 10 metros por dia (região do alto Juruá, Amazonas). Tais fatos demonstram a variação de dureza do terreno.

Figura 2: exemplo de broca.
Fonte: Reprodução.
Figura 3: exemplo de broca.
Fonte: Reprodução.

Quais são os tipos de sondagem que existem?

A seguir você conhecerá alguns tipos de sondagem:

Sondagens a trado: Primeiramente, existem dois tipos de sondagens a trado: a mecânica e a manual. Porém, ambas apresentam suas vantagens e desvantagens em relação a elas e os outros métodos de sondagem.

– A sondagem a trado manual é sem dúvida o método mais barato e por consequência a que consegue investigar a menor profundidade possível, além de ser realizada apenas em solos moles e apenas acima do nível do lençol freático.

– O método de sondagem a trado mecânico é semelhante ao trado manual, com a principal diferença de a rotação ser realizada por um motor. O método também é rápido e prático de se realizar, ainda mais que o método pelo trado manual, embora a prática necessite de equipamento que é mais caro que o usado no trado manual.

Sondagens SPT: As sondagens do solo realizadas pelo método do SPT são provavelmente as mais comuns por apresentar uma gama de vantagens a um preço acessível.O aparato consiste, resumidamente, em um tubo vertical que será golpeado por um martelo cujo peso é conhecido à uma altura também conhecida.

Por exemplo, a cada golpe do martelo no tubo, uma porção maior de solo é perfurada e mais amostras são coletadas para a análise e classificação. Além disso, neste método, algumas das características do solo já são coletadas durante a sondagem, sendo calculadas a partir da quantidade de golpes e a profundidade que cada golpe avança no solo.

Infelizmente, as sondagens do solo obtidas pelo método também só permitem que rochas relativamente moles sejam perfuradas, impossibilitando o reconhecimento de solos compostos por rochas cristalinas.

Sondagem Rotativa: Embora o maquinário seja relativamente fácil de ser transportado, o custo energético e, por consequência do estudo, acaba sendo alto, embora possibilite que maiores profundidades e muitos mais tipos de solo possam ser perfurados.

Neste método, uma broca é usada com o auxílio de um motor mais potente para que a perfuração seja realizada.

Curiosidades

  1. Embora seja comum ouvir-se e ler-se na mídia que foi “descoberto” um poço de petróleo, obviamente isso é um equívoco. O que se descobre é uma jazida de petróleo. O poço é uma perfuração feita no subsolo por uma empresa petrolífera em busca do produto ou para sua extração.
  2. Outro erro comum é pensar que, quando a sonda encontra o petróleo, ele jorra para cima. Se isso acontecer, é porque algo de muito errado aconteceu. O equipamento de perfuração está projetado para prever o aparecimento repentino de óleo sob pressão e evitar que ele jorre. Afinal, petróleo que jorra para o céu é petróleo que se perde. Esse jorro de petróleo acontecia nos primeiros tempos da pesquisa petrolífera, lá no início do século XX.
  3. O petróleo é um negócio tão rentável que se costuma dizer que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada e que o segundo melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo mal administrada.
  4. O primeiro poço de petróleo foi aberto nos Estados Unidos, no estado da Pensilvânia, em 1859. Tinha apenas 21 metros de profundidade, ao contrário dos atuais, que chegam a ultrapassar 6.000 metros. Ele e outros dos primeiros poços foram abertos, na verdade, em áreas aonde o petróleo chegou até à superfície (oil seeps, em inglês).
  5. Até ao início do século XX, acreditava-se que o petróleo fluía, no subsolo, como um rio subterrâneo.

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