Você sabia que só no estado de Minas Gerais existem mais de 400 minas abandonadas? Pois é, os números são alarmantes! E você sabia que algumas dessas minas abandonadas estão abertas para visitação? Continua conosco nesse artigo e vamos descobrir quanto custa para poder visitar uma mina, entre outras curiosidades interessantes.
O que é uma mina?
Antes tudo, vamos entender o que é uma mina, e quais os tipos que existem. Bom, uma mina é dita como uma escavação destinada à obtenção de substâncias úteis ao homem como: minérios, combustível, água etc.
Falando agora sobre os métodos de lavra, podemos encontrar dois tipos: a lavra a céu aberto e a lavra subterrânea, vamos conhecer um pouco sobre cada uma delas:
- Método de lavra a céu aberto: O método de lavra a céu aberto representa a mineração em depósitos com menor profundidade, próximos à superfície.
O método de lavra a céu aberto refere-se à extração de minérios que são encontrados em depósitos com menor profundidade, ou seja, as jazidas estão localizadas bem próximas à superfície. Normalmente, esse método explora o minério até o seu esgotamento.
Os principais métodos de lavra a céu aberto são:
- Encostas
- Cavas
- Fatias
- Lavra por dissolução
- Método de lavra subterrânea: Consiste na retirada de minérios em depósitos de maior profundidade.
O método de lavra subterrânea refere-se à extração de minérios que são encontrados em depósitos mais profundos, ou seja, as jazidas estão afastadas da superfície. Nesse método, o minério deve ser delimitado via sondas por meio dos serviços de topografia.
O método de lavra subterrânea possui variações como:
- Métodos com realces autoportantes;
- Métodos com realces das encaixantes;
- Métodos com abatimento.
Porque as minas são abandonadas?
Bom, agora que já conhecemos um pouco mais sobre o que é uma mina e os tipos que existem, vamos tentar entender porque as minas são abandonadas.
A princípio não sabemos ao certo qual o motivo que leva um minerador abandonar seu empreendimento, mas podemos especular que o motivo seja que a mina chegou no fim de sua vida útil, ou seja, todo o bem mineral já foi explorado e não tem mais nada economicamente viável para ser aproveitado.
Como resultado, nos deparamos com uma situação bastante triste e preocupante, pois as barragens que são feitas para armazenarem os rejeitos não são mais fiscalizadas, o que pode acarretar futuramente em algum acidente, e como sabemos, esse tipo de acidente causa grandes estragos na fauna e na flora brasileira.
As minas desativadas oferecem risco à população e ao meio ambiente?
Você sabia que alguns profissionais da mineração consideram as minas abandonadas como verdadeiras “bomba-relógio”?
Bom, as barragens mais vulneráveis de Minas Gerais, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), pertencem a empresas que hoje estão com as atividades paralisadas.
A barragem de mais alto risco de Minas Gerais é a da Mina Engenho, da Mundo Mineração, companhia que deixou de operar no município de Rio Acima há mais de seis anos. Sem manutenção desde então, a única sinalização que a barragem recebeu foram placas que alertam para a presença de material tóxico usado na extração de ouro, como arsênico e mercúrio.
Do total de áreas vistoriadas entre 2014 e 2015, 169 foram confirmadas como abandonadas e 231 como paralisadas, e 134 foram classificadas como paralisadas sem controle ambiental, muitas na categoria de baixo e médio risco. Outras 97 estão paralisadas com controle ambiental, o que equivale a 24% das minas.
Quantas minas desativadas existem no Brasil?
Como mencionado no início do nosso artigo, foi feito um levantamento em 2016 pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) de Minas Gerais, e foi detectado que o estado tem cerca de 400 minas abandonadas.
Importante ressaltar que esse levantamento está concentrado apenas nos sítios inoperantes e não a situação das barragens.
São dados alarmantes, pois estamos nos referindo a somente um estado do nosso país, imagine as centenas de minas abandonadas que devem existir pelo Brasil, é realmente bastante assustador.
Existem minas desativadas no Brasil que são abertas para visitação?
- Mina do Chico Rei: Fica no bairro Antônio Dias e dá para ir a pé da Praça Tiradentes. Foi uma mina de ouro que utilizava trabalho escravo. Uma grande curiosidade é que foi a única mina que pertenceu a um negro e ex-escravizado.
Informações sobre a mina:
Endereço: Rua Dom Silvério, 108 – Antônio Dias
Telefone: (31) 3551-1749/3552-2866
Horário de funcionamento: diariamente, das 8h às 17h
Valor: R$ 20,00 (preço único) – aceita apenas dinheiro – Confirme os valores antes de ir;
2. Mina du Veloso: Fica mais afastada no Centro, no bairro São Cristóvão. Em um dos salões da mina é possível ver estalagmites (mas não se entra nesse salão). Uma coisa diferente é que há um poço com água super cristalina, embora não-potável, devido à alta concentração de minérios. Em alguns pontos, samambaias estão brotando nas paredes.
Informações sobre a mina:
Endereço: R. Levindo Inácio André, 180 – São Cristóvão – Ouro Preto
Telefone: (31) 3551-0792
Horário de funcionamento: diariamente, das 9h às 18h
Valor: R$ 25,00 a inteira e R$ 15,00 a meia – aceita apenas dinheiro – Confirme os valores antes de ir;
3. Mina Felipe dos Santos: localizada no bairro Alto da Cruz. Foi aberta à visitação mais recentemente e é alvo de estudos de geólogos e engenheiros, que acreditam que a mina também era usada para exploração de ocre. Tem uma pequena queda d’água dentro da mina.
Informações sobre a mina:
Endereço: Rua 13 de Maio, 637, Bairro Alto da Cruz – Ouro Preto
Telefone: (31) 98679-6467
Horário de Funcionamento: diariamente, das 8h30 às 17h30
Valor: R$ 30,00 (preço único) – Confirme os valores antes de ir.
Saindo agora da cidade de Ouro Preto, temos outra mina aberta para visitação bastante conhecida no Brasil, é a Mina de Visitação Octávio Fontana, ela fica localizada na cidade de Criciúma e foi inaugurada em outubro de 2011. O complexo abriga loja de souvenires, exposições, a gruta de Santa Bárbara e estacionamento para carros e ônibus.
O visitante faz um percurso de cerca de 300 metros em uma mini locomotiva e durante o trajeto várias estações contam a história da extração carbonífera e da cidade.
Toda a infraestrutura foi preparada para receber os turistas, com atenção especial no quesito segurança. É a única mina de carvão aberta à visitação no Brasil.
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