Você já se perguntou como um vulcão se forma? Ou ainda, por que no Brasil não tem atividade de vulcanismo?
Bom, nesse artigo te contaremos tudo sobre o que você precisa saber de informações técnicas sobre os vulcões. Em outro artigo nós te contaremos sobre as cidades que sofrem ou/e já sofreram com esse fenômeno da natureza.
O que é um vulcão? E vulcanismo?
Em primeiro lugar, concorda conosco que antes de falarmos sobre como os vulcões são formados, precisamos saber o que ele é?
Então, o vulcão é uma estrutura geológica constituída de massa de rocha fundida, devido às altas temperaturas em seu interior. Basicamente, representam uma abertura na superfície terrestre capaz de expelir material magmático e gases vindos do interior do planeta.
Você já reparou que visualmente os vulcões assemelham-se amontanhas?
Pois é, eles podem até ser confundidos, especialmente quando se encontram inativos. Além disso, os vulcões podem ser localizados tanto nos continentes quanto nos oceanos, e o estudo dessas estruturas é bastante relevante para compreender os eventos ocorridos no interior da Terra.
Já comentamos sobre o que é um vulcão, agora saberemos o que é o vulcanismo. Bom, sabemos que é uma atividade pela qual o material magmático (sólido, líquido ou gasoso) atinge a superfície terrestre por meio de fendas abertas em rochas pouco resistentes da crosta terrestre.
Como eles são formados?
A princípio, a formação dos vulcões está associada com a existência das placas tectônicas. Sabemos que a litosfera terrestre não é formada por um bloco rochoso único e imóvel, e sabemos também que a Terra é formada por grandes blocos semirrígidos que se movimentam sobre o manto, de maneira lenta ou contínua. Essa movimentação pode fazer com que essas placas se aproximem ou afastem-se uma das outras.
É devido às altas temperaturas no interior do planeta que essa movimentação acontece. O calor gerado desencadeia umamovimentação circulardo manto (movimento convectivo), fazendo com que o calor existente no núcleo terrestre seja transferido para as outras camadas da Terra. Assim, provoca a movimentação das placas situadas sob o manto.
Assim, quando as placas tectônicas se chocam, ocorre o chamado movimento convergente, onde a placa mais densa afunda-se retornando ao manto e sofrendofusão, enquanto a outra placa, ao sofrer pressão no sentido oposto, origina então dobras na crosta terrestre. Essas dobras dão origem a pequenas ilhas vulcânicas na chamada zona de subducção. Assim, é possível afirmar que aocorrência dos vulcões está associada àsregiões de limite entre as placas tectônicas.
Vale a pena salientar que não é apenas o movimento de aproximação que provoca a formação de vulcões. O afastamento das placas tectônicas provoca a formação de vulcanismo submarino à medida que o fundo oceânico se expande.
Outro ponto importante a ser abordado é que não há ocorrência de vulcões apenas nos limites entre as placas. Podem encontrar-se em pontos quentes, nas regiões no interior da placa. Esses pontos são chamados e conhecidos, em inglês, de hot spot, havendo possibilidade de ascensão do magma. Um exemplo disso são os vulcões localizados no Havaí.
Do que é composto um vulcão?
Os vulcões, apesar de suas várias formas, possuem uma estrutura comum. Além disso, são formados principalmente por silicatos que se misturam com vapor d’água e gás, e possuem uma estrutura que se liga a uma câmara subterrânea profunda.
A seguir, você conhecerá um pouco mais sobre cada parte que compõem um vulcão:
-Câmara magmática: é o reservatório de rocha líquida que se encontra abaixo de um vulcão e tem origem no manto. O magma exerce pressão sobre a rocha, criando rachaduras e outros escapes por meio dos quais ele penetra. Quando o magma contido na câmara magmática exerce pressão suficiente para vencer a resistência das rochas que formam o teto da câmara, ele é libertado pela chaminé.
–Chaminé: é a passagem pela qual o magma sobe da câmara magmática até a superfície. Chaminés secundárias também podem ocorrer como ramificações da chaminé principal.
–Cratera: é a “boca do vulcão”, isto é, o orifício por meio do qual o magma alcança a superfície. Grandes vulcões podem apresentar outros orifícios secundários.
–Magma ou lava: é a rocha derretida que escorre durante a erupção vulcânica. Quando a lava quente se solidifica do lado de fora do vulcão, a rocha resultante é chamada de rocha ígnea ou magmática. Os fluxos de lava podem ser rápidos ou lentos, dependendo da composição de lava.
-Nuvem de cinzas: são pequenas partículas de rocha pulverizada, minerais e areia que são lançadas no ar durante uma erupção. Esses pequenos fragmentos de rocha aquecidos podem ser transportados pelo vento a centenas de quilômetros. Nuvens de cinzas vulcânicas podem causar perigosos problemas para a aviação, bem como danos a edifícios.
Vulcão X Terremoto
Você sabia que há uma relação entre terremotos e a distribuição dos vulcões? Bom, antes vamos entender um pouco sobre o que é o Terremoto. O Terremoto é, de maneira geral, um abalo sísmico, ou seja, tremores provocados na superfície terrestre de alta ou baixa intensidade. Esses abalos podem ocorrer devido à movimentação das placas tectônicas e também pela atividade vulcânica que libera forças acumuladas.
Assim, as regiões onde as placas tectônicas convergem-se provocam acúmulo de pressão e descarga de energia, acionando então o vulcão. A intensidade da erupção vulcânica pode então provocar tremores na superfície, portanto, o terremoto.
Quais os tipos de vulcões existem?
Os vulcões diferem-se em sua forma e também quanto ao tipo de erupção (que pode ser explosiva, efusiva, mista ou catastrófica) e quanto ao material expelido (como as erupções havaiana, estromboliana, vulcaniana, pliniana, entre outras).
Os vulcões podem ser classificados segundo o material magmático expelido. Os principais tipos são:
-Vulcão-Escudo: é capaz de expelir enormes quantidades de material magmático que percorrem longas distâncias, formando uma larga montanha remetente a um escudo;
-Cone de escória: é o mais comum, apresenta menores dimensões, e o magma expelido é de baixa viscosidade;
-Estratovulcões: possui o formato de um cone, sendo, portanto, íngreme. Mantém-se em longa atividade, sua lava expelida é de alta viscosidade e, por vezes, ascende-se ao exterior do vulcão de forma violenta;
-Caldeira: possuiu um grande diâmetro, entre 15 km2 e 100 km2, podendo ser formado em horas ou dias. É caracterizado pela saída violenta de gases do interior do planeta;
-Vulcão submarino: encontra-se no fundo oceânico e é responsável pela formação de um novo assoalho.
Classificação dos Vulcões
Os vulcões são classificados em 3 categorias:
-Ativo: apresenta atividade, ou seja, demonstra sinais de instabilidade.
-Dormente: não está em atividade, contudo, pode ser que, em um dado momento, volte a apresentar sinais de instabilidade.
-Extinto: possivelmente não apresentará sinais de atividade.
Existem vulcões no Brasil?
Bom, para o alivio da nação brasileira, no nosso país não existe nenhum vulcão ativo. Entretanto, de acordo com o CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, o vulcanismo já existiu no Brasil no fim da Era Mesozoica, especificamente nas regiões Sul e Sudeste do país. Nessas são encontradas rochas basálticas.
O país atualmente tem sua área continental sobre a placa tectônica Sul-Americana, portanto, não está entre um encontro de placas, não havendo então formações de vulcões.
Curiosidades
- Enfim, para finalizarmos esse artigo, iremos te contar algumas curiosidades sobre os vulcões:
-De acordo com o CPRM, existem cerca de 20 vulcões em atividade no mundo todo; - -Em Marte há um vulcão, o Monte Olimpus, com cerca de 26 km de altura, além de outros três vulcões;
- -Segundo o CPRM, nos últimos 250 anos, houve cerca de 90 tsunamis provocados por erupções vulcânicas;
- -Há cerca de um vulcão, a cada 100 km, na Cordilheira dos Andes;
- -A ciência que estuda os vulcões é a Geologia, especificamente a Vulcanologia.
- -Os vulcões mais perigosos do mundo são: Vesúvio (Itália); Eyjafjallajökull (Islândia); Sakurajima (Japão); Kilauea (Havaí); e Merapi (Indonésia).
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