Ano: 2024

Métodos de enchimento em minas subterrâneas

Métodos de enchimento em minas subterrâneas: a mineração ocupa um papel essencial na economia e, ao mesmo tempo, gera grandes volumes de resíduos. Esses resíduos incluem dois tipos principais: rejeitos e estéreis. Os rejeitos resultam do beneficiamento dos minerais de interesse, enquanto os estéreis consistem em rochas extraídas que não possuem valor econômico (Costa, 2018).

Durante a extração, desmontes movimentam grandes quantidades de material, utilizando explosivos ou equipamentos específicos. Essa escolha depende do método de lavra, da dureza das rochas e das condições econômicas. Diante desse cenário, surge um desafio importante: como descartar esses resíduos de maneira sustentável, reduzindo os impactos no meio ambiente?

A deposição dos rejeitos

Uma das principais formas de armazenar os rejeitos gerados no tratamento químico e em diversos outros processos de beneficiamento é, sem dúvida, a construção de barragens de rejeitos. Esse procedimento, embora amplamente utilizado em todo o mundo, apresenta um custo bastante elevado. Além disso, a segurança dessas estruturas está diretamente relacionada ao método adotado para sua construção. Entre os modelos mais comuns, destacam-se o alteamento a montante , a linha de centro e o alteamento a jusante , conforme ilustrado na figura 1.

Porém, é importante ressaltar que, mesmo com métodos consolidados, a falta de monitoramento adequado ou a não realização de reparos necessários no tempo certo pode transformar essas barragens em estruturas perigosas. Nesse sentido, a negligência no envio pode representar um risco significativo, tanto para as comunidades próximas quanto para o meio ambiente. Portanto, garantir inspeções periódicas e adotar tecnologias modernas de monitoramento torna-se essencial para minimizar possíveis falhas e evitar tragédias.

Métodos de enchimento em minas subterrâneas
Figura 1 – Método construtivo de barragem de rejeito (Araújo, 2006).

Diante dos desafios e preocupações com as barragens de rejeitos, este artigo apresenta três técnicas mais econômicas e sustentáveis, que também garantem maior segurança. A primeira alternativa é a técnica de enchimento de mina , conhecida como backfill . Nesse método, o rejeito tratado retorna para o interior da mina subterrânea, preenchendo galerias desativadas após o beneficiamento.

Nos últimos 30 anos, essa prática trouxe benefícios ambientais e geomecânicos importantes. Como resultado, as empresas passaram a adotar o aterro com mais frequência, impulsionando estudos sobre o comportamento e as propriedades físicas dos materiais utilizados (Vissoto, 2013).

Além disso, a classificação do enchimento da mina varia de acordo com o material e o método de transporte. O enchimento pode ser cimentado ou não cimentado , sendo os tipos mais comuns preenchimento hidráulico , preenchimento com pasta e preenchimento com rocha (Costa, 2018).

Métodos de enchimento em minas subterrâneas/ “hydraulicfill”

O hydraulic fill (enchimento hidráulico), ilustrado na figura 2, utiliza principalmente rejeitos finos em sua composição, com uma percentagem de sólidos que varia entre 50% e 70%. Esse material é transportado por meio de bombas e tubulações, o que torna o processo eficiente. No entanto, devido ao elevado teor de água presente nesse tipo de enchimento, torna-se essencial considerar sistemas de drenagem e contenção, pois a água exerce uma pressão adicional sobre a estrutura.

Além disso, quando o enchimento possui uma superfície livre e exposta, torna-se necessário o uso de ligantes para garantir uma maior resistência, especialmente em superfícies verticais. Geralmente, utiliza-se cimento Portland, amplamente empregado na mineração com adições como pozolanas ou escórias, que aumentam sua durabilidade e eficiência.

O enchimento hidráulico também desempenha um papel importante como suporte primário do maciço rochoso a longo prazo. Ele se destaca especialmente no controle da subsidência em minas com rochas mais resistentes, já que consegue fluir e preencher os vazios gerados durante as operações, ao mesmo tempo em que distribui uniformemente as tensões no ambiente subterrâneo (Gomes, 2016).

Métodos de enchimento em minas subterrâneas
Figura 2 – Exemplo de utilização do método hydraulicfill (Shae e BengHOns, 2007)

Métodos de enchimento em minas subterrâneas/“Pastefill”

O Pastefill (enchimento de massa), ilustrado na figura 3, é composto por rejeitos finos e cimento como ligante. Sua concentração de sólidos varia entre 78% e 87% , o que elimina a necessidade de drenagem da água. Isso acontece porque a água não apresenta material que atua como hidratante do cimento, sendo completamente incorporada à matriz do enchimento durante o processo.

Uma das maiores vantagens do Pastefill em comparação ao Hydraulicfill é a quantidade reduzida de água necessária. Nesse caso, uma quantidade de água é apenas o suficiente para hidratar o cimento, evitando o uso excessivo de ligantes e, assim, garantindo a resistência desejada com mais eficiência.

Por outro lado, o Pastefill apresenta uma fluidez menor em relação ao Hydraulicfill . Essa característica acaba elevando os custos associados aos mecanismos de transporte, que precisam ser mais robustos e sofisticados para garantir o deslocamento do material com eficiência (Gomes, 2016).

Métodos de enchimento em minas subterrâneas
Figura 3 – Realce preenchido com pastefill na Mina Caraíba, Jaguarari, Bahia (Andrade Filho, 2002)

Métodos de enchimento em minas subterrâneas/“Rockfill”

O Enrocamento (enchimento de enrocamento), mostrado na figura 4, é composto por fragmentos de rochas agregados a rejeitos finos . Esse tipo de enchimento costuma ter um custo mais elevado, principalmente devido à maior quantidade de ligante necessária para alcançar a resistência desejada.

No transporte do material, utilizamos equipamentos simples e específicos para lidar com agregados mais grosseiros. Já para os materiais hidráulicos e finos, o transporte ocorre por meio de tubos e bombas , o que garante a colocação eficiente do material (Gomes, 2016).

Métodos de enchimento em minas subterrâneas
Figura 4 – Fotografia do material utilizado como enchimento rockfill na Mina Bonito I (Zingano et al, 2009).

Conclusão

Os três principais métodos de preenchimento são definidos com base em análises previstas que consideram tanto as características físicas quanto os aspectos econômicos. Esses métodos envolvem estudos cuidadosos desde a etapa de implantação até o transporte, a necessidade de infraestrutura e os resultados esperados. Eles podem substituir ou complementar as tradicionais barragens de rejeitos, proporcionando diversos benefícios ao meio ambiente e às comunidades próximas às minas.

Além disso, a indústria de mineração tem intensificado seus esforços na busca por alternativas de reaproveitamento de estéreos e rejeitos. Essa prática não apenas permite o uso interno desses materiais, mas também possibilita sua comercialização como subprodutos, promovendo sustentabilidade e inovação no setor.


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Oque é uma Bomba de Vareta e Como Ela Funciona?

Qual a função daquela estrutura estranha que parece um martelo gigante nas estradas? Saiba tudo sobre o cavalo de pau!

A bomba de vareta de sucção, também conhecida como “cavalo de pau”, é uma das estruturas mais icônicas que podemos observar durante uma longa viagem de carro. Certamente, muitos já repararam nessa curiosa máquina preta e amarela, que se assemelha a um grande martelo e se movimenta de forma repetitiva, subindo e descendo. Geralmente, ela aparece em áreas mais remotas, longe dos centros urbanos, compondo a paisagem de regiões afastadas.

Apesar disso, nem todos sabem o que realmente é ou como funciona essa máquina. De forma simples, o “cavalo de pau” é uma bomba mecânica que desempenha um papel fundamental na extração de petróleo. Mas afinal, como ela opera? Continue lendo, e vamos explicar tudo sobre essa fascinante tecnologia.

Introduzindo a bomba de vareta de sucção

Embora o nome “cavalo de pau” soe mais amigável e descontraído, o termo técnico dessa máquina é bomba de vareta de sucção. Certamente, esse apelido curioso desperta a atenção de quem observa a máquina em funcionamento. Ele surgiu porque, segundo alguns, sua estrutura lembra a cabeça de um cavalo. Aliás, os trabalhadores da indústria do petróleo parecem ter bastante criatividade para dar nomes às máquinas – basta lembrar da “árvore de Natal” usada nos poços.

A bomba de vareta de sucção desempenha um papel essencial na indústria do petróleo. Normalmente, ela é instalada sobre um poço e seu movimento constante é utilizado para trazer o óleo à superfície. Isso se torna necessário especialmente quando a pressão natural do poço diminui e a engenharia precisa intervir para manter a produtividade.

Basicamente, essa bomba é composta por duas partes principais. A parte externa, visível acima do solo, realiza o movimento mecânico contínuo que todos observam. Já a parte interna, localizada dentro do poço, é responsável por puxar o petróleo e garantir que ele alcance a superfície. Dessa forma, o “cavalo de pau” se mantém como uma das tecnologias mais confiáveis e utilizadas no setor petrolífero.

Funcionamento da bomba de vareta de sucção

O funcionamento da bomba de vareta de sucção é um processo fascinante que combina engenharia mecânica e hidráulica. Tudo começa com um motor elétrico, que fornece energia para um redutor. Esse redutor, por sua vez, gera um movimento rotativo. Em seguida, por meio de um mecanismo de ligação, esse movimento rotativo é transformado em um movimento alternado, que faz uma haste conectada à cabeça da bomba se mover para cima e para baixo.

Na extremidade dessa haste, existe um sistema que penetra no poço e inclui uma válvula chamada de válvula de saída. Além disso, na base do poço, há outra válvula, conhecida como válvula de entrada. O processo ocorre em ciclos: primeiramente, quando a haste sobe, a válvula de saída se eleva, criando um vácuo que suga o óleo para cima. Ao mesmo tempo, o óleo passa pela válvula de entrada, que contém uma esfera de metal em seu interior. Essa esfera se desloca para cima, permitindo que o óleo flua através dela.

Posteriormente, quando a haste desce, a válvula de saída se fecha, impedindo que o óleo volte. Simultaneamente, a esfera na válvula de entrada também desce, vedando o caminho inferior e garantindo que o óleo continue subindo. Esse movimento cíclico e coordenado é repetido continuamente, transportando o óleo pelo poço até que ele alcance a superfície.

Por fim, o óleo extraído é coletado em um sistema de tubulação, onde é armazenado e posteriormente enviado para processamento em sistemas especializados. Dessa maneira, a bomba de vareta de sucção mantém sua eficiência como uma ferramenta essencial na extração de petróleo em poços de baixa pressão.

Algumas curiosidades

O mecanismo da bomba de vareta de sucção combina simplicidade com uma eficiência surpreendente. Comprovadamente, ele funciona de forma confiável há mais de um século, consolidando-se como uma tecnologia indispensável para a extração de petróleo. Atualmente, cerca de 80% dos poços terrestres utilizam esse sistema de bombeamento, demonstrando sua durabilidade, praticidade e ampla aplicação.

Além disso, esse método oferece um desempenho versátil, atendendo poços de diferentes profundidades. Especificamente, ele se destaca em operações que alcançam até 3.000 metros, adaptando-se às condições mais desafiadoras. De acordo com as características do poço, a produção diária pode variar entre 20 e 180 metros cúbicos de óleo, o que ressalta sua eficiência em atender diversas demandas.

Portanto, a bomba de vareta de sucção confirma que a eficiência não depende necessariamente de sistemas complexos. Mesmo diante dos avanços tecnológicos modernos, ela permanece como uma das ferramentas mais confiáveis, versáteis e amplamente utilizadas na indústria do petróleo.


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Formação do petróleo no mundo

A formação do petróleo no mundo: o petróleo, composto por uma mistura de hidrocarbonetos, é um recurso natural de enorme relevância para a economia global. Extraído de camadas profundas do subsolo, ele dá origem a uma ampla variedade de aspectos essenciais, usados ​​tanto na geração de energia quanto na fabricação de numerosos produtos.

Embora sua formação seja cercada de mitos, como a ideia de que se origina de ossos de dinossauros ou surge rapidamente de forma espontânea, a realidade é bem diferente. O petróleo se formou ao longo de milhões de anos, por meio de processos geológicos complexos.

Quer saber mais? Explore nosso artigo para descobrir detalhes fascinantes sobre a origem, as mitos e a importância desse recurso indispensável.

Formação do petróleo no mundo
Foto: Jan-Rune Smenes Reite


Formação do petróleo no mundo/Composição

Antes de compreender o processo de formação geológica do petróleo, primeiramente, é essencial analisar sua composição química. De maneira geral, o petróleo não é uma substância única, mas uma mistura complexa de hidrocarbonetos, composta principalmente por carbono e hidrogênio, que representam cerca de 98% de sua estrutura.

Além disso, o petróleo contém pequenas quantidades de enxofre, oxigênio e metais. Embora estejam presentes em menores proporções, esses elementos desempenham um papel crucial ao influenciar suas propriedades químicas e o processo de refino. Dessa forma, essa composição impacta diretamente a qualidade e a variedade dos produtos derivados.

Com o auxílio de técnicas avançadas, os hidrocarbonetos são convertidos em produtos indispensáveis, como gás de cozinha, gasolina, querosene e diesel. Adicionalmente, o petróleo serve como base para fabricar plásticos, asfalto e outros materiais essenciais para uma infraestrutura moderna.


Formação do petróleo no mundo/Origem

O petróleo se formou a partir do acúmulo de matéria orgânica de seres vivos ao longo de milhões de anos. Inicialmente, os restos desses organismos se depositam no fundo de lagos, solos ou leitos oceânicos. Posteriormente, camadas de sedimentos minerais os cobrem, e a alta pressão, combinada com temperaturas elevadas, acelera a manipulação celular. Nesse ambiente específico, as estruturas orgânicas se fragmentam em moléculas menores, que, ao longo do tempo, se transformam no petróleo.

Embora seja popular, a ideia de que o petróleo se origina de dinossauros é um equívoco. Na realidade, a maior parte da matéria orgânica responsável pelos hidrocarbonetos vem de organismos microscópicos mais simples. Plantas planctônicas unicelulares, como diatomáceas e algas, e pequenos animais planctônicos, como foraminíferos, desempenham o papel principal. Esses organismos habitavam diversos ambientes aquáticos — água doce, salobra ou salgada — e existiam em grande abundância muito antes da Era Paleozóica.

Assim, a formação do petróleo destaca a importância dos organismos microscópicos e demonstra como esses seres simples foram cruciais para a criação dessa fonte de energia tão necessária. Portanto, o petróleo é mais do que um recurso estratégico; é também um testemunho do impacto de formas de vida minúsculas na história geológica do planeta.

Condições de formação

A formação do petróleo é um processo longo e complexo, que começa com a deposição de plâncton e outros organismos em ambientes como lagos, rios e leitos oceânicos. Inicialmente, esses restos orgânicos, rapidamente cobertos por sedimentos, passam a apresentar condições de pouco ou nenhum oxigênio, essenciais para sua configuração anaeróbica. Nesse estágio inicial, forma-se uma lama escura rica em matéria orgânica.

À medida que os sedimentos continuam a se acumular, a pressão gradualmente aumenta, transformando essa lama em querogênio, uma substância escura e insolúvel que atua como precursor dos hidrocarbonetos. Em seguida, quando soterrado em profundidades maiores, o querogênio é exposto a temperaturas crescentes e a processos térmicos prolongados. Nesse contexto, ocorre o craqueamento, processo no qual moléculas maiores se fragmentam em compostos menores e mais leves.

A geração de hidrocarbonetos, por sua vez, acontece entre 760 e 4.880 metros de profundidade, sob temperaturas de 65 °C a 150 °C, uma faixa conhecida como a “janela do óleo”. A partir desse ponto, o petróleo pode migrar para outras rochas ou até emergir na superfície, dependendo diretamente das condições geológicas.

Por fim, todo esse processo, desde a formação até a migração para áreas exploráveis, leva centenas de milhares de anos. Essa longa trajetória destaca não apenas a complexidade do processo, mas também o tempo necessário para que o petróleo, um recurso tão estratégico, se torne disponível.


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Biomineração de Rejeitos

Na Biomineração de Rejeitos, você sabia que os resíduos da mineração podem ser transformados em recursos valiosos? Com a biomineração de rejeitos, você não apenas reduz o impacto ambiental, mas também aumenta a lucratividade da mineração. Essa tecnologia inovadora está revolucionando a indústria e, com ela, você pode transformar resíduos em riqueza.

Mas como isso funciona? A biomineração utiliza microrganismos específicos para extrair metais e minerais de rejeitos, aproveitando o que antes era descartado. Além disso, essa abordagem sustentável contribui para a recuperação de áreas degradadas, fortalecendo o compromisso da mineração com o meio ambiente. Portanto, ao adotar essa prática, você agrega valor à sua operação e promove um modelo de economia circular.

Quer saber mais sobre como aplicar essa tecnologia e quais são os benefícios diretos para o seu negócio? Continue lendo este artigo e descubra como a biomineração de rejeitos está mudando o cenário da indústria, tornando a mineração mais rentável e sustentável. Não perca a chance de transformar resíduos em novas fontes de riqueza e fazer parte de uma revolução no setor.

Biomineração
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O que é Biomineração de Rejeitos?

A biomineração de rejeitos revoluciona a forma como lidamos com os resíduos da mineração. Nessa técnica inovadora, microrganismos, como bactérias, extraem metais preciosos de resíduos que, de outra forma, seriam descartados ou deixados como passivos ambientais. Esses microrganismos atuam diretamente nos minerais presentes nos rejeitos, digerindo-os e liberando os metais que, em seguida

Além disso, essa abordagem melhorou a eficiência da degradação mineral, tornando o processo mais produtivo e sustentável. E não para por aí: a biomineração também contribui significativamente para a recuperação ambiental das áreas afetadas pela mineração. Portanto, ao adotar essa técnica, você transforma resíduos em recursos valiosos e promove prá

Assim, a biomineração de rejeitos não é apenas uma solução viável, mas também uma oportunidade para remunerar a indústria e investir em um futuro próximo.

A Importância da Biomineração de Rejeitos

A mineração tradicional gera grandes quantidades de resíduos, muitas vezes visíveis como inúteis ou até perigosas. No entanto, esses rejeitos contêm metais valiosos que, por diversos motivos, não foram totalmente extraídos durante o processo inicial. Com a biomineração de rejeitos, você pode recuperar esses metais e, ao mesmo tempo,

Por exemplo, pense nas barragens de rejeitos, que muitas vezes representam um risco de rompimento e contaminação. Com a biomineração, essas estruturas ganham uma nova utilidade: tornam-se fontes de metais como cobre, ouro, zinco e níquel. Essa mudança de perspectiva transforma passivos ambientais em ativos valiosos, oferecendo uma solução que combina economia e sustentabilidade

Portanto, ao aplicar a biomineração, você não apenas aproveita ao máximo os recursos disponíveis, mas também contribui para a segurança e a recuperação ambiental das áreas de mineração. Essa abordagem moderna e estratégica redefine o papel dos rejeitos na indústria, provando que inovação e responsabilidade ambiental podem.

Benefícios da Biomineração de Rejeitos

Recuperação de Metais Valiosos:

Um dos principais benefícios da biomineração de resíduos é que você recupera metais que, de outra forma, seriam perdidos. Com isso, você pode aumentar significativamente a rentabilidade das operações de mineração. Além disso, essa técnica permite um uso mais eficiente dos recursos e reduz a necessidade de novas extrações, promovendo práticas mais sustentáveis ​​e econômicas. Portanto, ao adotar a biomineração de rejeitados, você não apenas otimiza o retorno financeiro, mas também contribui para um modelo de mineração mais consciente e responsável.

Mitigação de Impactos Ambientais:

Ao processar os rejeitos e reduzir sua quantidade, você contribui diretamente para a redução do impacto ambiental das atividades de mineração com a biomineração. Essa técnica inovadora também auxilia na recuperação de áreas degradadas, tornando o ambiente mais seguro e estável. Além disso, ao implementar a biomineração, você promove práticas mais sustentáveis ​​e demonstra um compromisso com a preservação ambiental. Dessa forma, a biomineração não só transforma passivos em ativos valiosos, mas também reforça a responsabilidade ambiental da operação.

Redução de Riscos Associados às Barragens de Rejeitos:

Ao diminuir o volume de resíduos armazenados, você reduz significativamente os riscos de rompimento e contaminação associados às barragens de resíduos com a biomineração. Essa prática oferece uma solução mais segura e eficiente para a gestão desses resíduos, fortalecendo a segurança das operações de mineração. Além disso, ao adotar a biomineração, você minimiza as preocupações ambientais e sociais relacionadas a essas estruturas, promovendo uma abordagem mais sustentável e responsável. Dessa forma, a biomineração transforma a gestão de rejeitos em um processo mais controlado e seguro.

Sustentabilidade Econômica:

Além de oferecer benefícios ambientais, você pode gerar receitas adicionais para sua empresa de mineração ao adotar a biomineração de rejeitos. Essa prática torna o processo de redução de recursos mais sustentável e economicamente viável. Com a recuperação de metais valiosos presentes nos resíduos, você maximiza o retorno financeiro das operações e reduz a dependência de novas extrações. Portanto, ao investir em biomineração, você não só impulsiona a lucratividade, mas também fortalece a imagem da empresa como uma líder em práticas responsáveis ​​e inovadoras.

Desafios e Perspectivas Futuras:

Embora você encontre inúmeras vantagens na biomineração de resíduos, ainda há desafios a superar. A eficácia do processo pode variar de acordo com a composição dos rejeitos e a adaptabilidade dos microrganismos utilizados. Além disso, para implementar essa tecnologia em larga escala, você depende de avanços contínuos na biotecnologia e na engenharia de processos.

No entanto, o futuro da biomineração de rejeitos promete ser promissor. Com o aumento da demanda por metais e a pressão por práticas de mineração mais sustentáveis, a relevância da biomineração cresce cada vez mais. Pesquisadores focados em aprimorar a eficiência dos microrganismos e ampliar a gama de metais que podem ser extraídos. Com esses avanços, você poderá ver essa prática se transformando em um padrão na indústria, redefinindo o papel da mineração em um mundo mais consciente e sustentável.

Conclusão

A biomineração de resíduos oferece mais do que uma alternativa inovadora para a gestão de resíduos de mineração; ela representa uma oportunidade de transformar desperdícios em recursos valiosos. Ao adotar essa tecnologia, você possibilita que a indústria mineral dê um passo importante em operações mais sustentáveis ​​e responsáveis. Além disso, essa prática se alinha com as crescentes demandas globais por práticas ambientais mais conscientes. Dessa forma, você promove uma mineração que combina eficiência econômica e compromisso ambiental, moldando um futuro mais sustentável para o setor.


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Das cavernas até a mecânica das rochas

Das cavernas até a mecânica das rochas, as pedras desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento humano ao longo da história. Desde os primórdios da nossa espécie, as rochas foram utilizadas principalmente como ferramentas e utensílios. Além disso, elas serviram como abrigo e, em muitos casos, inspiraram reflexões filosóficas profundas, como a famosa alegoria da caverna de Platão. Portanto, prepare sua picareta e coloque seu capacete, pois convidamos você a nos acompanhar nesta jornada fascinante por este artigo.

Rochas

Segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), rochas são associações naturais de dois ou mais minerais, em proporções definidas, cobrindo uma área considerável. Esse conceito é amplo, refletindo a realidade, pois uma grande parte da Terra é composta por rochas ou seus fragmentos.

Desde a época das cavernas, entender as propriedades das rochas era essencial para atividades cotidianas, como caça e abrigo. Com o tempo, essa necessidade cresceu exponencialmente.

Na era pré-cristã, a mineração tornou-se vital para a sociedade. Saber onde escavar e quais maciços rochosos remover era crucial para a segurança dos operários, não apenas devido ao risco de desabamentos, mas também pela presença de gases tóxicos que geravam superstições.

No século XIX, a presença de canários junto aos mineiros tornou-se uma prática importante para a segurança. Quando os pássaros morriam, isso indicava vazamentos de gás, sinalizando a necessidade de evacuação.

Das cavernas até a mecânica das rochas
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Desenvolvimento/Das cavernas até a mecânica das rochas

Com o tempo, as questões relacionadas às rochas, juntamente com a crescente demanda da sociedade por projetos complexos, tornaram esse conhecimento essencial nas engenharias civil, de minas e de petróleo. Na década de 1920, experiências nos túneis de Amsteg e Ritan, na Suíça, demonstraram que as rochas, até então vistas como indeformáveis, eram, na verdade, deformáveis.

Além disso, em 1959, a tragédia da Barragem de Malpasset, causada por chuvas intensas, resultou no colapso da estrutura, ceifando vidas e comprometendo a segurança de muitos. Esse desastre, junto a outros incidentes, despertou um forte desejo de pesquisa entre os estudiosos da época. Assim, nas décadas seguintes, várias descobertas relacionadas ao tema foram feitas, levando ao estabelecimento da Mecânica das Rochas, um campo fundamental de estudo que gerou importantes publicações.

Elementos essências para um projeto em mecânica da rocha

Objetivo do Projeto:

Definimos objetivos claros para o projeto em mecânica das rochas, que incluem, por exemplo, a análise de estabilidade de encostas, a avaliação de túneis e a previsão do comportamento de fundações.

Estudo Geológico:

Analisamos detalhadamente as características geológicas da área de estudo, identificando os tipos de rochas, a estrutura geológica, e examinando falhas, fraturas e outras características relevantes.

Caracterização das Rochas:

Realizamos testes laboratoriais para determinar as propriedades físicas e mecânicas das rochas da área, incluindo resistência à compressão, cisalhamento, módulo de elasticidade, porosidade e densidade.

Análise de Tensões e Deformações:

Utilizamos métodos analíticos e computacionais para analisar tensões e deformações nas rochas sob diversas condições de carregamento, como carga estática, carga dinâmica e variações térmicas, o que nos permite compreender melhor seu comportamento.

Modelagem Numérica:

Desenvolvemos modelos numéricos para simular o comportamento das rochas em situações específicas, como a análise de estabilidade de taludes, interações solo-rocha e comportamento de estruturas subterrâneas, proporcionando uma visão clara das condições geológicas.

Instrumentação e Monitoramento:

Implementamos sistemas de instrumentação para monitorar em tempo real o comportamento das rochas, medindo tensões, deformações, deslocamentos e variações de temperatura, o que permite uma avaliação contínua e precisa das condições geológicas.

Avaliação de Riscos e Mitigação:

Identificamos e avaliamos riscos geotécnicos associados à mecânica das rochas, como deslizamentos de terra, instabilidades de encostas e colapsos de cavernas. Em seguida, desenvolvemos medidas de mitigação para minimizar esses riscos e garantir a segurança das estruturas.

Normas e Regulamentos:

Asseguramos a conformidade com normas técnicas e regulamentos, como as da ABNT e a legislação ambiental sobre a exploração de recursos naturais. Assim, garantimos que nossos projetos atendam aos padrões de segurança e sustentabilidade.

Análise de Estabilidade:

Realizamos análises de estabilidade para avaliar o potencial de instabilidade das formações rochosas em diversas condições. Essas análises incluem a avaliação de taludes, cavernas e túneis, considerando fatores como a presença de água, variações sazonais e atividades humanas.

Estudo de Interação Solo-Rocha:

Quando necessário, investigamos a interação entre o solo e as rochas adjacentes em projetos de fundações ou escavações. Essa investigação nos permite compreender como as propriedades do solo influenciam o comportamento das rochas e vice-versa.

Em resumo, o estudo da mecânica das rochas é vital para garantir a segurança, a eficiência e a sustentabilidade em diversas áreas que envolvem a interação com o subsolo rochoso.


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Descoberta de Petróleo na Antártida

Descoberta de Petróleo na Antártida: embora novas tecnologias e outras formas de energia estejam surgindo, o petróleo continua sendo um recurso natural altamente cobiçado. Ele frequentemente gera disputas e discussões políticas. Recentemente, a Rússia anunciou uma descoberta significativa: a maior reserva de petróleo do mundo na Antártida. Essa jazida contém 511 bilhões de barris de petróleo, um volume que é mais do que o dobro das reservas da Arábia Saudita. Além disso, essa quantidade é 32 vezes maior do que as reservas comprovadas do Brasil, que somam 15,8 bilhões de barris. Portanto, continue lendo para entender melhor essa descoberta e suas possíveis implicações.

Sobre o Tratado/Descoberta de Petróleo na Antártida

Apesar da riqueza escondida sob o gelo, a descoberta gerou preocupações em vários países sobre os riscos da exploração mineral na Antártida. Desde 1959, um tratado internacional proíbe qualquer forma de mineração na região.

O Tratado da Antártida é um acordo assinado em 1º de dezembro de 1959 por 12 países que participaram do Ano Geofísico Internacional, um programa de pesquisa geofísica realizado de julho de 1957 a dezembro de 1958. Entre os signatários, estão a Argentina e o Chile. Esse pacto entrou em vigor em 1961 e, desde então, 44 outros países, incluindo o Brasil e várias nações latino-americanas como Equador, Peru e Uruguai, aderiram ao tratado.

Atualmente, o tratado permanece em vigor indefinidamente e não sofreu alterações até agora. Entretanto, a partir de 2048, qualquer parte consultiva poderá solicitar sua revisão, sujeita à aprovação da maioria relativa. Embora a Antártida não tenha um governo central, países como Reino Unido, Argentina, Chile, Austrália e Nova Zelândia reivindicam historicamente partes de seu território.

A descoberta foi revelada pelo jornal britânico Telegraph. Navios de exploração da agência russa Rosgeo localizaram o petróleo no mar de Weddell e informaram o governo russo, conforme relatórios entregues à Câmara dos Comuns do Reino Unido no início de maio de 2024.

Descoberta de Petróleo na Antártida
Mapa do Mar de Weddell – Litoral Norte da Antártida (es.wikipedia.org)

Sobre os Recursos Naturais Disponíveis na Antártida

Entre os diversos tipos de pesquisas científicas na Antártida, destacam-se, primeiramente, os dados que geógrafos coletam para mapear a superfície. Além disso, meteorologistas estudam padrões climáticos, enquanto climatologistas analisam o clima da Terra para traçar uma linha histórica. Da mesma forma, biólogos marinhos observam o comportamento dos animais, e astrônomos utilizam a localização do continente para realizar observações do espaço, pois essa posição oferece uma visão mais clara do cosmos.

Nesse contexto, a enciclopédia explica que “o alto grau de certeza de que existem depósitos minerais baseia-se nas estreitas semelhanças geológicas entre áreas da Antártida e províncias ricas em minerais na América do Sul, na África do Sul e na Austrália”. Além disso, os estudos são apoiados pelo consenso científico sobre a configuração do supercontinente Gondwana, que existiu ao sul do planeta durante o período Mesozoico.

Outro fator que, sem dúvida, reforça a riqueza mineral da região é a presença de valiosos minérios encontrados por expedições científicas. Esses minérios incluem, entre outros, antimônio, cromo, cobre, ouro, chumbo, molibdênio, estanho, urânio e zinco, segundo a Britannica. No entanto, a enciclopédia também observa que “devido aos altos custos das operações polares, é provável que poucos recursos viáveis sejam explorados”.

Além de seus recursos naturais, a Antártida é, indiscutivelmente, um local de grande interesse científico. Mais de 1.000 pesquisadores de diferentes partes do mundo chegam ao local durante o inverno. Esse número pode aumentar significativamente para até 5.000 no verão, quando realizam uma ampla gama de estudos.

Conclusão/Descoberta de Petróleo na Antártida

A recente descoberta de petróleo na Antártida representa um marco significativo que pode alterar a dinâmica global da exploração de recursos naturais. No entanto, é fundamental equilibrar os interesses econômicos com a necessidade de proteger o meio ambiente e preservar o continente como um espaço dedicado à pesquisa e à cooperação internacional. À medida que discutimos o futuro da Antártida, devemos considerar tanto os potenciais benefícios quanto os riscos associados à exploração de seus recursos.


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A versatilidade do Manganês, sua ocorrência e principais usos

A versatilidade do Manganês, sua ocorrência e principais usos. Em síntese é um metal cinza-prateado com propriedades notáveis, ocupa uma posição central em diversas indústrias devido às suas múltiplas aplicações e ampla disponibilidade. Em primeiro lugar, ele é essencial na siderurgia e na fabricação de baterias. Além disso, o manganês também desempenha um papel importante na remediação ambiental e na saúde pública. Portanto, podemos afirmar que esse metal é crucial para o avanço tecnológico, a melhoria da infraestrutura e a elevação da qualidade de vida.

Neste artigo, vamos explorar os principais usos do manganês, suas ocorrências na natureza e os processos de extração que tornam possível sua utilização em diversos setores. Dessa forma, proporcionaremos uma visão abrangente sobre a importância desse elemento em nosso cotidiano.

A versatilidade do Manganês

O manganês, com seu número atômico 25, apresenta uma infinidade de aplicações devido às suas propriedades únicas. Um dos principais usos desse metal é na produção de aço e ferro fundido. Quando adicionamos manganês ao aço, ele aumenta a resistência, a dureza e a proteção contra desgaste e corrosão. Portanto, o manganês se torna um elemento indispensável na fabricação de materiais de construção, peças automotivas, trilhos ferroviários e componentes de máquinas.

A versatilidade do Manganês, sua ocorrência e principais usos
Ligas de ferro-manganês – fonte: Lishi Industrial

Utilização Manganês

Outra aplicação significativa do manganês surge na produção de baterias, especialmente as de íon-lítio. O óxido de manganês é comumente utilizado como material catódico em baterias recarregáveis devido à sua alta densidade de energia, estabilidade e custo relativamente baixo. À medida que a demanda por veículos elétricos e dispositivos eletrônicos cresce, as baterias à base de manganês se destacam como uma solução de armazenamento de energia confiável e econômica.

Além disso, o manganês desempenha um papel importante na mitigação da poluição do ar, da água e do solo. Os óxidos de manganês atuam como adsorventes e agentes oxidantes eficazes, removendo metais pesados, poluentes orgânicos e contaminantes prejudiciais de efluentes industriais, águas residuais e águas subterrâneas. Além disso, compostos à base de manganês são empregados em processos de tratamento de água para remover impurezas, desinfetar fontes de água e melhorar a qualidade geral da água.

Ademais, os compostos de manganês são amplamente utilizados em diversos processos industriais, na produção de fertilizantes e na síntese química. Por exemplo, o dióxido de manganês serve como catalisador na fabricação de ácido sulfúrico e como agente oxidante em reações de química orgânica. Também, pigmentos à base de manganês são utilizados em tintas, cerâmicas e plásticos, conferindo cores vibrantes e propriedades de resistência aos raios UV aos produtos acabados.

Ocorrências de Manganês:

O manganês ocorre naturalmente em várias formas minerais, sendo as mais comuns a pirolusita (MnO₂), a rodocrosita (MnCO₃) e a manganita (MnOOH). Esses minerais geralmente se encontram em depósitos sedimentares, veios hidrotermais e rochas metamórficas ao redor do mundo. Além disso, os nódulos de manganês, que são concreções de manganês e outros metais, existem no fundo dos oceanos, especialmente nas profundezas do Pacífico e do Índico. Assim, podemos ver que o manganês está amplamente distribuído na natureza, facilitando sua extração e uso em diversas aplicações.

A versatilidade do Manganês, sua ocorrência e principais usos
Pirolusita – Fonte: wikimedia commons

Depósitos significativos de manganês se concentram em países como África do Sul, Austrália, China, Brasil e Gabão. A África do Sul, em particular, detém as maiores reservas de minério de manganês de alta qualidade, o que representa uma parte substancial da produção global. Além disso, outras regiões notáveis na produção de manganês incluem a Bacia do Kalahari, na África, e a região de Pilbara, na Austrália. Portanto, esses locais desempenham um papel decisivo na oferta global desse metal essencial.

Ocorrências de Manganês
Mina abandonada de ferro e manganês – Fonte: blogspot.com

A versatilidade do Manganês/Brasil

No Brasil, o manganês foi o principal minério exportado até a década de 1950, quando o ferro assumiu esse posto. Atualmente, o país se destaca como um dos principais produtores de manganês no mundo, possuindo cerca de 20% das reservas mundiais em seu território. As principais reservas brasileiras estão localizadas em Serra dos Carajás, no Pará; no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais; e no Maciço do Urucum, em Mato Grosso do Sul. Além disso, as principais regiões consumidoras de manganês se encontram na Região Sudeste.

Como vimos, o manganês é um metal versátil, com uma ampla gama de aplicações em diversos setores. Desde o fortalecimento do aço até a alimentação de baterias e a catalisação de reações químicas, o manganês desempenha um papel vital na promoção da inovação tecnológica e no desenvolvimento econômico. Assim, com reservas abundantes, o manganês continua a ser um recurso valioso para atender às demandas da sociedade moderna, ao mesmo tempo em que avança nas metas de sustentabilidade.


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Os principais players da economia mineral.

A economia mineral desempenha um papel crucial na formação do nosso mundo. Desde alimentar as nossas indústrias até tornar possível os avanços tecnológicos, os minerais são a espinha dorsal da civilização moderna. Neste artigo, investigamos os principais intervenientes que impulsionam este setor dinâmico e examinamos a sua influência no mercado global.

Empresas de mineração

As mineradoras estão na vanguarda da extração mineral. Esses gigantes operam em todos os continentes, extraindo recursos valiosos da crosta terrestre. Suas atividades abrangem uma ampla gama de minerais, incluindo carvão, minério de ferro, cobre, ouro e elementos de terras raras. Algumas das principais empresas do setor incluem:

  • Grupo BHP: Uma mineradora diversificada com operações na Austrália, nas Américas e na Ásia. A BHP é um importante player na produção de minério de ferro, cobre e carvão.
  • Rio Tinto: Conhecida por suas vastas minas de minério de ferro na Austrália, a Rio Tinto também explora alumínio, cobre e diamantes.
  • Vale: Empresa brasileira que domina o mercado global de minério de ferro. As operações da Vale se estendem a níquel, cobre e carvão.

Devido ao seu porte, essas empresas influenciam não só o mercado local, mas também o mercado internacional, sendo as maiores referências na mineração e contribuindo grandemente para a categoria.

Caso queira saber mais sobre estas e outras empresas que estão entre as maiores do setor, nós temos um artigo sobre.

Mercado de Commodities

Uma parte importante do comércio mineral mundial passa por bolsas de metais, como a London Metal Exchange (LME) e a Chicago Mercantile Exchange (CME) que atuam na definição de preços de referência, facilitando o estabelecimento de preços e fornecendo ferramentas de gerenciamento de risco para a indústria de metais.

Commodities minerais. Fonte: Pixabay

Caso queira saber um pouco mais como funciona a LME temos um artigo sobre.

Indústrias de Consumo Mineral

As indústrias são fortemente dependentes dos minerais, o que impulsiona a procura e influencia os preços destes. Alguns setores sobressaem-se fortemente e constantemente demandam mais da indústria extrativa, sendo eles: Indústria Automotiva: Os veículos requerem uma série de ligas metálicas, e com a crescente procura por carros elétricos (EVs), essa necessidade por metais tende a aumentar consideravelmente. A extração de minerais como o cobre, lítio, manganês, cobalto e grafite tem sido muito relevante para a mudança da indústria automotiva em direção aos veículos elétricos.

Tecnologia: Os elementos de terras raras (ETRs) são essenciais para smartphones, computadores e tecnologias de energia renovável. Atualmente a China domina a produção de ETRs, afetando as cadeias de abastecimento globais e fazendo com que alguns países como os Estados Unidos, por exemplo, invistam cada vez mais em pesquisas destes minerais.

Construção civil: Desde o início das civilizações, as construções dependem fortemente da mineração. Atualmente, cimento, aço, e outros materiais de construção modernos dependem de minerais como calcário, minério de ferro e sílica. Os “Booms” da construção civil impulsionam a demanda mineral por todo o mundo.

Principais Países de produção mineral

Os governos moldam a economia mineral através de políticas e regulamentações. Eles influenciam a exploração, extração e comércio. Alguns países priorizam o controle interno sobre os recursos minerais, o que impacta a oferta global.

Commodities minerais. Fonte: Pixabay

Os principais países no mercado atual da mineração são:

  • China: A China não é apenas um importante consumidor e exportador de minerais, mas também o maior país minerador do mundo. Em 2018, a China escavou quase 4,1 bilhões de toneladas de combustíveis fósseis, ferro e metais não ferrosos. O carvão foi o mineral mais lavrado, respondendo por quase 3,5 bilhões de toneladas, logo em seguida oferro, com um montante superior a 200 milhões de toneladas. Além da exploração, a China desponta como o maior consumidor de minérios do mundo, em especial minério de ferro, sendo  o setor da construção civil o maior demandante, transformando o país no mais relevante comprador de recursos minerais.
  • Austrália: A Austrália é um importante player na mineração, especialmente em termos da extração do minério de ferro, no país é atualmente extraído de 47% a 62% de todo ferro produzido no mundo. Ademais, também é o maior produtor de bauxita, principal fonte de alumínio e um importante produtor de chumbo, manganês, ouro, zinco,dentre outros minerais. Toda essa produção faz com que a mineração corresponda a mais de 10% do PIB local .
  • Estados Unidos: Embora não dependa exclusivamente de combustíveis minerais, a indústria mineira dos EUA está fortemente ligada ao consumo de combustíveis fósseis. Em 2018, mais de 90% da produção do setor da mineral nos EUA veio por meio  de matérias-primas fósseis, em especial petróleo e carvão. Além de minerais energéticos, o país também tem uma produção considerável de cobre, ouro e zinco.
Mina de cobre (Bingham Canyon Mine) – EUA. Fonte: www.thoughtco.com

Brasil: O Brasil é um player significativo na extração de ferro, sendo o segundo maior produtor mundial contribuindo assim para o abastecimento global. Além disso, extrai outros minerais como: manganês níquel, bauxita e nióbio, mas o ferro continua sendo o foco principal do país. A economia mineral é uma rede complexa de intervenientes interligados. Dos gigantes da mineração aos inovadores tecnológicos, cada entidade influencia a oferta, a procura e os preços.A mineração não envolve apenas rochas e metais, trata-se de moldar o nosso futuro.


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Desvendando os segredos do gás natural

A Engenharia de Petróleo desempenha um papel crucial na extração e gestão de recursos fundamentais para a nossa sociedade. Dentro desse contexto, o gás natural emerge como uma fonte de energia estratégica, desempenhando um papel multifacetado. Neste artigo vamos explorar o papel do gás natural na indústria do petróleo, destacando suas características, processos de produção, aplicações e  desafios enfrentados pelos profissionais dessa área.

O Gás Natural e suas Características Distintivas:

O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, com o metano sendo o principal componente. Sua composição química confere-lhe propriedades únicas, tornando-o uma fonte de energia eficiente e versátil. Extraído de reservatórios subterrâneos por meio de técnicas avançadas, o gás natural se destaca pela sua contribuição significativa para a matriz energética global.

A fase de exploração e produção de gás natural envolve um conjunto complexo de processos, nos quais engenheiros de petróleo  desempenham um papel vital. A utilização de tecnologias como sísmica, perfuração horizontal e fracking permite a identificação e extração eficiente de reservatórios de gás natural. A expertise desses profissionais é essencial para garantir a segurança e a eficácia dessas operações.

O gás natural é uma peça-chave em várias etapas da indústria do petróleo. Na produção de petróleo, é frequentemente utilizado para geração de calor e vapor, otimizando os processos de recuperação. Além disso, serve como matéria-prima essencial na produção de produtos químicos  utilizados na extração e no processamento de recursos naturais.

Eficiência e Vantagens Ambientais:

Um dos atributos mais notáveis do gás natural é sua eficiência energética comparativa a outras fontes. Sua queima libera menos poluentes atmosféricos em comparação com outros combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Essa eficiência não apenas atende às demandas crescentes por sustentabilidade, mas também posiciona o essa fonte de energia como uma ponte para fontes de energia mais limpas.

Apesar das vantagens, a indústria de gás natural enfrenta desafios. A flutuação nos preços do mercado global e as preocupações ambientais, como vazamentos de metano durante a produção, são questões que exigem abordagens inovadoras. Engenheiros de Minas e Petróleo estão na vanguarda desses esforços, trabalhando para desenvolver e implementar tecnologias de mitigação, como sistemas de monitoramento avançados e práticas de extração mais sustentáveis.

 O Papel Estratégico dos Engenheiros de Petróleo: 

Os engenheiros de petróleo desempenham um papel estratégico na gestão eficiente do gás natural. Sua expertise abrange desde a identificação de reservatórios até a implementação de práticas ambientalmente conscientes, exigindo um trabalho junto a um equipe multidisciplinar. Além disso, eles são agentes cruciais na busca por soluções inovadoras que enfrentem os desafios em constante evolução da indústria.

À medida que a indústria avança, a busca por fontes de energia mais sustentáveis e limpas torna-se uma prioridade. Engenheiros de Minas e Petróleo estão na linha de frente dessa transição, explorando novas tecnologias, como a integração de energias renováveis e métodos avançados de captura de carbono, para garantir a sustentabilidade a longo prazo do setor.

O gás natural, com suas propriedades únicas e aplicações versáteis, permanece no epicentro da indústria de Energia. Engenheiros desempenham um papel vital na exploração, produção e gestão desse recurso, enfrentando desafios e impulsionando inovações. A medida que a demanda por energia aumenta e a busca por fontes de energia mais limpas se intensifica, a expertise desses profissionais torna-se ainda mais crucial. O gás natural, não apenas impulsiona o presente da indústria, mas também desempenha um papel fundamental na moldagem de um futuro sustentável para  a mesma.


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Segurança no uso de explosivos e a NR – 19

Os explosivos são peças essenciais na exploração mineral. Apesar de apresentarem um certo nível de periculosidade, sem a sua eficiência destrutiva a mineração não seria metade do que é hoje, mas é claro que existem um conjunto de regras que controlam o seu uso. O próprio espaço de mineração apresenta instabilidades naturais em muitos casos, fora que a onda de choque e os estilhaços são um perigo constante em qualquer situação, para os trabalhadores, sendo assim, o seu uso deve ser bem rígido e cauteloso. Achou interessante? Aqui detalharmos melhor sobre isso!

Os primeiros explosivos

            Não se tem uma noção certa de quando os primeiros explosivos foram usados para extração de recursos minerais, visto que muitas substâncias foram utilizadas ao longo da história e a mineração no passado não tinha a fiscalização e a regulamentação que tem hoje, mas uma coisa certa é que no final do século XIX e começo do século XX essa prática foi intensificada graças à invenção de Alfred Nobel: a dinamite.

Além de ser um excelente composto para detonar rochas, apresentava estabilidade e um bom controle sobre seu uso, mas ainda assim, os mineiros estavam se familiarizando com essa tecnologia e obviamente não haviam normas bem definidas.

NR – 19 e sua importância

Com o passar dos anos, os países foram criando normas a fim de tornar o uso de explosivos mais seguros, e com o Brasil isso não foi diferente. A NR – 19 é um conjunto de normas de técnicas de segurança, sendo umas das diversas Normas Regulamentadoras do Governo Federal, que visam diminuir riscos e prejuízos em diferentes operações. A NR – 19, no caso, se refere ao uso dos explosivos, não só na mineração, mas também nas mais diversas atividades. Suas observações são aplicadas a todas as etapas, desde produção, transporte, distribuição e armazenamento. Caso tenha interesse, temos um artigo detalhando melhor sobre os explosivos em si.

Armazenagem

  • A NR – 19 concede orientações principalmente sobre a armazenagem, medidas de segurança, entre outros. Quando se trata de paióis ou depósitos permanentes, as paredes devem ser duplas, alvenaria ou concreto, com intervalos vazios de pelo menos 0,5 metros (50 centímetros).
    • Os depósitos também devem ser construídos com materiais incombustíveis, maus condutores de calor, em terreno firme, seco, salvo de inundações e ventilados.
    • Os depósitos também devem permanecer em constante monitoramento tanto por seguranças contratados pelo dono do depósito, como também pela Diretoria de Fiscalização do Exército Brasileiro.

Segurança dos trabalhadores

            Os trabalhadores devem usar vestimenta de trabalho completa em algodão ou outros tipos de tecidos antiestáticos similares, que por obrigação devem ser oferecidos pelo empregador e com os devidos cuidados para não haver acúmulo de poeira e resíduos químicos. Além disso, as vestimentas dos trabalhadores que manipulam pólvora negra, branca e afins devem ser lavadas semanalmente pela organização.

            Os trabalhadores também sempre devem estar calçados adequadamente, além de estarem portando os protetores oculares para prevenir o dano de partículas em alta velocidade na direção dos olhos, os protetores auditivos devido às ondas de choque e capacetes para uma proteção mais geral. Claro que todos esses itens citados serão utilizados de acordo com a distância e periculosidade da situação.

Manipulação dos explosivos

            Os explosivos podem ser utilizados de muitas formas. Tanto na ampliação de túneis, quanto na destruição de camadas de rochas em minas a céu aberto. Geralmente é utilizada uma máquina que irá perfurar a rocha em certos pontos, e serão inseridos os materiais. Na mineração é muito comum o uso de explosivos com bases em nitratos de amônia, além de outros compostos que já citamos no nosso artigo sobre explosivos. Esses materiais são ligados à detonadores, que são cobertos com materiais como areia e cascalho. Em meio à areia e o cascalho são transpassados fios elétricos que se estendem por uma distância segura, onde serão detonados por uma pessoa com permissão técnica legalizada.  O aparelho de detonação também emite um sinal sonoro na hora da explosão, para manter os trabalhadores atentos ao perigo.

            Tanto os trabalhadores que elaboram o mapa de fogo, como os que são responsáveis pela manipulação direta dos explosivos precisam ser profissionais capacitados e legalizados, devido à importância e risco de suas atividades. Como muitos explosivos são colocados em série, um pequeno erro pode causar a morte de trabalhadores e gerar muitos prejuízos econômicos.

            Também não podem ser esquecidas as regras de segurança básica, que apesar de simples, são bem reforçadas pela NR – 19, como o cuidado com objetos que soltam faíscas em atritos, como placas de metal por exemplo, uso de cigarros e isqueiros.

Conclusão

            Mesmo com possíveis riscos, os explosivos são ferramentas fascinantes e seu uso é indispensável para mineração. Com a ajuda das normas que dão o passo a passo de todo o seu processo de uso e manipulação, podemos traçar um caminho seguro, sem renunciar à eficiência, ainda mais para uma atividade que é a base de toda a nossa sociedade moderna e desenvolvimento tecnológico, que é a mineração.


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