Mês: março 2021

Conheça os minerais mais usados na construção civil

Acho que vocês sabe que a mineração é uma das principais atividades econômicas do Brasil, mas o que eu acho que você não esperava, é que todos os objetos e construções que existem, tem um toque da mineração, vou citar um exemplo: a argila, ela é usada tanto na construção de cerâmicas (telhados), como parte que compõe o cimento.

Ficou surpreso, né? Eu também fiquei quando soube disso, e o mais legal é que existem vários outros minerais importantíssimos que são usados na construção civil. Se ficou curioso para saber quais são eles, eu te convido a continuar comigo neste artigo, e aprender um pouco mais sobre esse mundo lindo que é a mineração.

Quais são os materiais mais utilizados na construção civil e onde eles são aplicados?

Como já escrevemos no artigo de Recursos Minerais do Brasil, o Brasil possui formações rochosas muito antigas, o que nos garante o privilégio de uma grande variedade e quantidade de minerais.

No entanto, esses materiais retirados da natureza ou obtidos por meio de processos industriais físicos ou químicos, se destacam, principalmente, por possibilitar a elaboração de elementos que são indispensáveis para a construção civil, que vão desde a elaboração da parte elétrica quanto para a criação das estruturas de uma obra.

Os materiais mais consumidos pela construção civil são: areia, brita, saibro, arenito, cascalho, ferro. Importante lembrar que estes minerais podem ser utilizados de forma bruta.

Calcário: O calcário é uma rocha sedimentar química originada em ambientes marinhos, ou de água doce, a partir de processos inorgânicos controlados pela temperatura, pressão e pela quantidade de CO2 dissolvido na água. A calcita (CaCO3) é o principal mineral constituinte dos calcários.

PRNT do calcário: Como ele pode mudar toda sua correção de solo
Figura 1. Cálcario. Foto: Reprodução.

Dolomito: O dolomito é uma rocha muito semelhante ao calcário, composta basicamente por dolomita [CaMg (CO3)2], um mineral que resulta da transformação da calcita a partir de reações com soluções hipersalinas, ricas em magnésio, marinhas ou de origem magmática.

Rocha Sedimentar Dolomito 1,19 Kg #51 | Mercado Livre
Figura 2. Dolomita. Foto: Reprodução.

Na forma britada, essas rochas (calcário e dolomito) produzem agregados miúdos, comumente utilizados como componente do concreto, para a confecção de fundação de casas ou como material base para pavimentação de estradas.

A cal e o cimento são os principais tipos de aglomerantes provenientes do calcário. Abaixo, segue uma breve definição da cal, do cimento e seus produtos principais:

Cal: tipo de aglomerante encontrado em rochas carbonáticas, como o calcário e, em menores quantidades, no dolomito. A principal aplicabilidade da cal hidratada na construção civil é como um dos componentes, juntamente com areia e cimento, para a produção de argamassas utilizadas em revestimento de muros e paredes. Nesse caso, o papel da cal é aumentar o poder de retenção de água, evitando destacamentos entre argamassa e os componentes da alvenaria.

Cal para construção no Guarujá - Almeida Materiais para Construção
Figura 3. Cal. Foto: Reprodução.

Cimento: tipo de aglomerante obtido a partir da mistura (denominada clínquer) entre o pó de calcário e argilominerais que, ao reagirem com água, forma uma pasta gelatinosa que endurece e fica rígida após secagem simples. Para melhorar a qualidade do produto, o cimento pode conter também algumas pequenas quantidades de outros materiais aglomerantes como a cal e o gesso. O cimento é um dos principais componentes do concreto e também é utilizado na construção civil para a confecção de chapiscos e reboco;

O que é cimento? | Portal do Concreto
Figura 4. Cimento. Foto: Reprodução.

Asfalto: conjunto de materiais aplicados na pavimentação de estradas. É a mistura constituída por um aglomerante asfáltico (ex.: cimento de petróleo) com areia e brita;

Asfalto e brita: você sabe o que é cada um? - Britagem Vogelsanger
Figura5. Asfalto. Foto: Reprodução.

Argamassa: mistura homogênea composta por aglomerantes (cal, gesso ou cimento), areia e água, com propriedades de aderência e endurecimento. Pode conter ainda a presença de pequenas quantidades de aditivos químicos ou minerais que visam o melhoramento na qualidade da mistura. As argamassas são utilizadas para assentamento de tijolos, azulejos, cerâmicas, revestimento de paredes ou como material impermeabilizante e de regularização de defeitos na superfície (buracos, desníveis, rachaduras etc;

Qual a diferença entre as argamassas? Conheça os 4 tipos
Figura 6. Argamassa. Foto: Reprodução.

Concreto: material resistente formado pelo endurecimento de uma mistura homogênea composta por aglomerante (cimento), areia, brita e água. Pode ainda conter componentes minoritários (aditivos químicos ou minerais) que conferem maior qualidade ao produto. A proporção entre os ingredientes utilizados para formar o concreto é variável, o que implica na existência de vários tipos no mercado, uma proporção usual para o concreto compreende na utilização de 42% de brita, 40% de areia, 10% de cimento, 7% de água e 1% de aditivos químicos;

Produção do concreto
Figura 7. Concreto. Foto: Reprodução.

Saibro: No mercado de construção civil também é comum a utilização do produto conhecido como saibro, definido como um solo de cores variadas, proveniente da decomposição de granitos e gnaisses. Trata-se de um material granular composto por um misto entre grãos de areia, argila e fragmentos de minerais como feldspato e micas. O saibro é utilizado basicamente para a confecção de argamassas para alvenaria, como material de revestimento ou confecção de quadras para práticas esportivas;

Saibro Claro – GRUPO 500
Figura 8. Saibro. Foto: Reprodução.

Areia: As rochas mais favoráveis para a produção de areia são aquelas que detêm altos valores de um mineral denominado quartzo, um silicato composto por dióxido de silício (SiO2). Além de ocorrer em abundância na crosta terrestre, o quartzo apresenta grande resistência frente aos processos de decomposição física ou química, ou seja, não se deteriora facilmente e tende a se acumular em depósitos inconsolidados;

Areia de Fingir (Recife) 10 m³ | Materiais de construção civil, Materiais  de construção, Construção
Figura 9. Areia. Foto: Reprodução.

Cascalho: Com relação à composição dos grãos de cascalho, além de fragmentos maiores de quartzo (normalmente oriundos de veios desagregados), é bastante comum a presença também de fragmentos de rocha.

Cascalho – Wikipédia, a enciclopédia livre
Figura 10. Cascalho. Foto: Reprodução.

Os depósitos de areia e cascalho podem ser formados em diversos ambientes, tais como canais fluviais, praias, lagos, desertos, vales encaixados e topos de morros ou chapadas. No Brasil, os sedimentos inconsolidados mais explorados são as areias e cascalhos provenientes de aluviões, que são aqueles formados em leitos, planícies de inundação ou leito de rios.

As areias e o cascalho são materiais essenciais nas construções modernas, sendo largamente utilizadas para pavimentação e confecção de argamassas, concretos, revestimento e filtros para tratamento de água.

A maior aplicabilidade do cascalho na construção civil é como componente do cimento na fabricação de concretos e sua função é conferir resistência, durabilidade e trabalhabilidade a esse produto.

Ferro: Eles são essenciais para a produção de vigas, encanamentos, parafusos, pregos, ferragens, esquadrias, fios elétricos, vergalhões e dentre outros. Além de estarem presentes em portas, janelas e portões;

Argilas: a argila é um agregado fino, natural, abundante e que pode ser moldado facilmente na presença de água, secando e endurecendo na presença de calor. Possui textura terrosa, são constituídas essencialmente por argilominerais, podendo conter pequenas quantidades de outros minerais (quartzo, micas e óxidos de ferro), bem como matéria orgânica.

Na construção civil, além de serem usadas para a produção de cerâmicas, as argilas também são amplamente utilizadas como um dos componentes do cimento com a finalidade de conferir impermeabilidade e resistência térmica aos concretos. Em alguns casos, para atender exigências específicas de uma obra, tais como promover melhor isolamento térmico ou acústico em uma parede, é gerado um cimento contendo maiores proporções de argila (“concreto leve” ou “concreto celular”).

Brita: A ABNT define o termo “brita” como sendo o agregado graúdo artificial, gerado a partir da cominuição mecânica de uma rocha. Tais materiais são as matérias-primas básicas na construção civil e, à exceção da água, correspondem a um dos recursos naturais mais acessíveis ao homem.

Quando um corpo rochoso é submetido a detonação ele se divide em fragmentos menores, que são beneficiados em britadores e posteriormente separados em peneiras específicas, cujas aberturas das malhas são definidas pela ABNT. Os materiais mais finos são separados por decantação ou flotação em água.

A princípio, qualquer rocha com alta resistência mecânica pode ser britada e usada na construção civil. As rochas mais comuns utilizadas para a produção de brita são o calcário (ou dolomito. No Brasil, cerca de 85% da brita produzida é oriunda de granito/gnaisse, 10% de calcário/dolomito e 5% de basalto ou gabro.

Onde encontramos os minerais que são mais utilizados na construção civil?

Areia para construção civil: São Paulo é o estado com maior produção, concentrando, em 2014, 22% do total nacional. Em segundo lugar se encontra o estado de Minas Gerais, com 11%, seguido por Rio de Janeiro (7%), Paraná e Bahia (6%) e Rio Grande do Sul e Pernambuco (5%).

Brita e cascalho: O tipo de rocha utilizada para a confecção de brita depende das características geológicas do local. No estado de São Paulo, por exemplo, 73% da produção de britas ocorre em granitoides e gnaisses, 23% são britas de basalto ou diabásio, 3% de calcário ou dolomito e 1% são provenientes de quartzito ou cascalho. As reservas de brita e cascalho no Brasil são abundantes. As britas de granito e gnaisse ocorrem na maioria dos estados, ao passo que as britas de basalto predominam nas regiões sul-sudeste, e as britas de calcário se concentram nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás e Rio de Janeiro.

Cal: As reservas lavráveis de calcário no Brasil estão relativamente distribuídas em todos os estados, sendo Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás os que mais se destacaram no cenário nacional. Juntos, esses estados detêm 60% de todo o calcário de todo o país.

Argilas (bentonita, caulim e vermiculita): As reservas nacionais de bentonita ocorrem, principalmente, nos seguintes estados: Paraná, São Paulo, Paraíba e Bahia. Muito em função da geologia da região e da intensa atividade tropical intempérica, as reservas de caulim concentram-se em maiores quantidades nos estados do Pará, Amapá e Amazonas. A vermiculita, por sua vez, ocorre em regiões diversas e as principais reservas nacionais se concentram nos estados de Goiás, Paraíba, Bahia, Piauí e Pernambuco.

Você já ouviu falar da Lei Federal nº 6.567/78?

A Lei Federal nº 6.567/78, que dispõe sobre regime especial para exploração e o aproveitamento das substâncias minerais empregadas na construção civil, é uma das principais normas sobre a exploração de minérios destinados à construção civil e o aproveitamento das substâncias minerais.

Por meio dessa lei foi criado um regime especial de licença para as explorações de minérios destinados à construção civil. Diferentemente de outras formas de exploração minerária, a concessão dessa licença em específico é de responsabilidade do Poder Público Municipal, mas que ainda assim deverá ser homologada pela Agência Nacional de Mineração (ANM).


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Conheça os equipamentos mais utilizados na mineração

Os equipamentos utilizados na mineração são fundamentais para assegurar que todos os processos do ramo sejam efetuados com sucesso. Assim como em muitas empresas, esses mecanismos são aplicados de acordo com as etapas que a mineração envolve, desde a extração, beneficiamento e o transporte do minério.

Você conhece quais são esses equipamentos e em qual etapa da mineração nós utilizamos? Hoje eu irei te contar um pouco e muito mais sobre esse tema tão recorrente.

Principais Equipamentos usados na lavra

Em primeiro lugar, a lavra é o conjunto de operações a fim realizar o aproveitamento industrial da jazida, passando pela explosão das rochas, extração do minério até o seu beneficiamento.

Do mesmo modo, os equipamentos utilizados dependem de cada operação que é realizada durante todo o processo, a seguir eu te explico melhor quais são eles…

Mecanismos para a preparação e o decapeamento

Então, a preparação do terreno para início das operações de lavra, em uma pedreira, constitui uma fase muito importante para o bom andamento dos futuros trabalhos de desmonte da rocha.

Dessa forma, é nessa fase, é importante se preservar parte do solo removido para posterior recuperação da área degradada pela lavra. Nesse sentido, é recomendável que seja reservada uma área para estocagem de solo durante o planejamento das operações.

Além disso, os equipamentos que são normalmente utilizados no processo de decapeamento em pedreiras incluem: tratores de esteira, carregadeiras frontais, escavadeiras e caminhões.

Carregadeiras Frontais. Fonte: Reprodução.

Equipamentos de perfuração

Antes de tudo, as operações de perfuração das rochas na lavra de pedreiras são de extrema importância para o sucesso do desmonte, e cada equipamento apresenta melhores resultados de furação com um diâmetro bem determinado de furo.

Ainda assim caso você não saiba, o mecanismo de perfuração atualmente no mercado consiste em marteletes manuais para serviços pequenos e leves e carretas de perfuração sobre pneus ou esteiras para serviços de vulto e pesados. Em outras palavras a escolha do equipamento vai depender do volume a ser desmontado em um prazo determinado.

Da mesma forma, outra ferramenta que também é muito utilizada é a perfuratriz. As perfuratrizes são equipamentos que servem para perfurar, principalmente, as rochas em etapas das operações minerárias.  Ou seja, esse tipo de ferramenta pode ser utilizada tanto em aplicações em lavra a céu aberto quanto na lavra subterrânea.

Leia também: Lavra a céu aberto: conheça esse método e 10 incríveis minas pelo mundo!

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Perfuratriz. Fonte: Reprodução.

Quer uma dica?  Confira o nosso artigo sobre perfuratriz e saiba mais sobre essa ferramenta tão utilizada na perfuração.

Perfuratriz: conheça um pouco sobre esse equipamento essencial na mineração.

Equipamentos para o desmonte de rochas

Primordialmente o desmonte de rochas é uma das operações unitárias mais importantes da atividade de lavra, que consiste em realizar a ruptura de superfícies rochosas por meio de explosivos que são dispostos em furos verticais ou inclinados.

Os equipamentos utilizados nessa etapa devem ser muito bem manuseados, pois a detonação das rochas se torna um trabalho extremamente arriscado caso o profissional de blaster não se atente às falhas e todas as operações que envolvem esse tipo de trabalho.

Afinal de contas o desmonte é realizado tradicionalmente por meio de explosivos. O tipo de explosivo a ser utilizado e a qualificação da equipe de desmonte são, por exemplo, fatores relevantes para o sucesso do desmonte, mas, as condições geológicas têm papel fundamental e sempre devem ser consideradas no projeto. Os explosivos podem ser divididos em dois tipos:

Explosivos Primários:  são extremamente sensíveis ao estímulo, tal como impacto, fricção, calor, percussão, ou fontes eletrostáticas de inicialização de sua detonação e por conta disso são utilizados como iniciadores de cargas dos explosivos secundários.

São todos aqueles materiais utilizados nos processos de iniciação dos explosivos propriamente ditos (são os que acionam os explosivos secundários): espoletas, cordéis detonantes, boosters, etc.

Explosivos Secundários: São menos sensíveis, mais estáveis e largamente usados em uma maior variedade de aplicações. Exemplos de explosivos secundários incluem o TNT e o RDX.

Explosivo Secundário. Fonte: Reprodução.

Carregamento e transporte

Conforme você acompanhou nesse artigo e agora finalmente conhece os equipamentos que utilizamos no desmonte das rochas, chegamos na etapa final do processo. Dessa forma o carregamento e transporte em pedreiras, tradicionalmente, é feito com o sistema carregadeira frontal/caminhão. Ao mesmo tempo, existem outras opções de equipamentos para o carregamento que incluem pás-carregadeiras (shovels) ou escavadeiras.

O transporte por caminhão vai desde a frente de lavra, até a unidade de britagem e depois para o mercado consumidor.

Escavadeira. Fonte: Reprodução.

Um bônus para você: Mecanismos usados na britagem

Com certeza você deve saber sobre isso, mas já que eu te contei sobre os equipamentos das outras etapas, irei te contar um pouco sobre a fase de britagem.

Os mecanismos de britagem são de extrema importância para pedreiras, mineradoras, portos de areia, concreteiras, construção civil, entre outros segmentos, pois fazem parte do sistema de funcionamento dessas indústrias.

Esses equipamentos têm inúmeras funções em áreas específicas, uma vez que a linha de equipamentos de britagem instalada em ambiente industrial é usada em muitos processos, como escoamento, transporte, separação e fragmentação.

Nesse sentido, destacam-se como equipamentos de britagem as seguintes máquinas:

  • Alimentadores vibratórios;
  • Britadores cônicos e girosféricos;
  • Britadores de mandíbulas;
  • Calhas vibratórias;
  • Filtros de manga;
  • Moinhos de martelo;
  • Peneiras desaguadoras;
  • Peneiras vibratórias;
  • Silos de armazenagem;
  • Tambores secadores;
  • Transportadores de correia;
  • Hidrociclones.

Conclusão

Enfim, neste artigo apresentei para você os principais equipamentos utilizados nas operações de lavra, focando na preparação do processo, na perfuração do maciço rochoso, no desmonte da rocha com explosivos e no carregamento e o transporte do minério desmontado à unidade de britagem.


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Alvará de Pesquisa: o que é, quais as obrigações e riscos associados

Você já se perguntou o que fazer após protocolizar o requerimento de pesquisa na ANM? Ou o que fazer quando você já possui o título do Alvará de Pesquisa?

Ou ainda, quais os riscos associados ao título? Quais as obrigações?

Se você tem interesse em saber as respostas das perguntas feitas anteriormente e outras respostas, continue lendo esse artigo e fique por dentro do que acontece quando o minerador possui o Título do Alvará de Pesquisa.

O que é o Alvará de Pesquisa?

Antes de tudo para conseguir extrair algum bem mineral, é necessário seguir uma série de procedimentos exigidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Na maioria dos regimes de extração, a primeira etapa é a realização do Requerimento de Pesquisa.

Todavia se ainda não sabe como funciona este requerimento, não se preocupe, basta acessar nosso artigo “Autorização de Pesquisa: tudo que você precisa saber” e ficar por dentro de tudo que precisa ser feito nessa primeira etapa.

Em seguida, após o deferimento do requerimento de pesquisa, o Título do Alvará de Pesquisa é publicado no Diário Oficial da União (DOU). Esse título concede ao minerador, por até 3 anos, o direito de realizar a Pesquisa Mineral naquela área, bem como o dever de realizar esses estudos e de cumprir todas as obrigações inerentes ao título em questão.

O que deve ser feito ao adquirir o Título do Alvará?

Como foi já foi dito anteriormente, ao obter o título, o minerador terá o prazo de até 3 anos, havendo pedido de prorrogação, para realizar toda a pesquisa mineral na área solicitada. Em seguida, após esse período deverá ser entregue o Relatório Final de Pesquisa (RFP) na ANM, constando todas as informações resultantes do período de pesquisa.

Além disso, vale ressaltar que é de suma importância que o titular do Alvará tenha a noção prévia de todas as obrigações necessárias para dar prosseguimento ao processo minerário e evitar multas. Se ainda não sabe quais são essas obrigações, irei te informar nesse artigo para evitar qualquer transtorno futuro, combinado? 

Quais são as obrigações do Alvará de Pesquisa?

Ninguém merece iniciar seu processo minerário, conseguir seu alvará de pesquisa e perder a área por falta de conhecimento, não é mesmo?

Por isso, vamos entender melhor quais são as obrigações inerentes ao titular do alvará, bem como suas implicações em caso de descumprimento.

  • Após a publicação do alvará de pesquisa no Diário Oficial da União, é necessário iniciar a pesquisa mineral e comunicar à ANM, salvo se não houver acesso à área, sob pena de multa;
  • Caso haja descoberta de nova substância durante a pesquisa mineral, a ANM deverá ser prontamente comunicada, também sob pena de multa;
  • Não é permitido a interrupção dos trabalhos, sem justificativa, depois de iniciados, por mais de 3 meses consecutivos ou por 120 dias acumulados e não consecutivos. Lembrando que, o início ou reinício e as interrupções de trabalho, deverão ser prontamente comunicados à ANM;
  • É de obrigação do titular do processo entregar o Relatório Final de Pesquisa (RFP), mesmo que negativo, caso contrário pagará multas. No entanto, caso o minerador resolva renunciar do título com até 1/3 de vigência do Alvará, não será obrigatório apresentar o RFP;
  • O pagamento da Taxa Anual por Hectare (TAH) é uma das exigências feitas pela ANM. Em caso de não pagamento haverá multas e se mesmo assim a inadimplência se mantiver, o débito do titular irá para Dívida Ativa.Lembrando que o pagamento da TAH independe se o titular conseguiu ou não acessar a área. Se não pagar ou parcelar a dívida em até 30 dias o seu título é caducado.
    Além disso, o primeiro pagamento da taxa é obrigatório, a não ser que haja desistência do requerimento, assim sendo é possível se ausentar dessa obrigação. Com relação a segunda ou terceira taxa, é possível ser isento do pagamento caso seja apresentado o RFP em até um dia antes da publicação do Alvará de Pesquisa;
  • Caso haja alguma exigência no seu processo minerário durante a fase do Alvará de Pesquisa, deverá ser cumprida ou prorrogada no prazo de até 60 dias;
  • Sobre a Declaração de Investimento em Pesquisa Mineral (DIPEM), deverá ser entregue todos os anos até o dia 30/04 para alvarás vigentes durante o ano anterior. Ainda não há penalidade expressa na lei em caso de não cumprimento dessa exigência.
  • Entretanto, fiquem atentos quanto ao cumprimento desse quesito, pois ainda não está claro quais serão as implicações. Uma dica, DIPEM zerada pode configurar que não houve pesquisa mineral no ano e isso iria de encontro com exigências já mencionadas sobre o dever de realizar a pesquisa mineral, sendo assim, poderia acarretar em multas para o titular.

Saiba alguns riscos jurídicos associados

Já sabemos quais as obrigações devem ser cumpridas pelo titular do Alvará de Pesquisa, mas é sempre bom estar atento às possibilidades de recursos jurídicos para conseguir dar andamento ao processo de forma mais fluída e diminuir as chances de multas.

Sendo assim, irei pontuar alguns dos riscos jurídicos possíveis, informações relevantes nesses processos e dicas de como proceder nas situações que serão citadas abaixo.

  • O titular do alvará de Pesquisa responde, com exclusividade, por danos causados a terceiros decorrentes da pesquisa mineral;
  • Pesquisa em áreas degradadas: em alguns casos o requerimento de pesquisa é outorgado e é concedido o Alvará para uma área degradada ou que já ocorreu lavra ilegal.
    Para evitar qualquer risco jurídico, é importante que seja feito o registro da situação para que haja a comprovação de que o minerador não foi responsável por aquelas ações.
    Podendo caber em alguns casos, denúncia de lavra ilegal ou registro de Boletim de Ocorrência por conta da área degradada;
  • Em casos de resistência do superficiário da área em autorizar o acesso para realizar a pesquisa mineral, ocorrem ações judiciais de servidão, procedimento que ocorre a avaliação de rendas e danos ocasionados ao proprietário da área, para definir qual valor deverá ser ressarcido;
  • Nas situações onde é preciso ocupar o imóvel vizinho durante o período de pesquisa, é possível resolver essa questão de duas formas. Uma delas seria por acordo com o dono do imóvel em questão e a outra seria entrar com um processo judicial para conseguir o acesso ao imóvel durante esse período;
  • Havendo a necessidade de alterar ou adicionar novas substâncias no Alvará de Pesquisa, basta apresentar um ofício simples à ANM, solicitando esse tipo de alteração. Se o comunicado não for feito o titular estará sujeito a multas.

Por fim, depois de todas essas informações do processo, ficou mais claro de entender as obrigações e maneiras de lidar com o Alvará de Pesquisa.  Mesmo assim, em caso de dúvidas comente no nosso artigo e te ajudaremos a entender melhor todo esse processo. Ah, e não se esqueça de compartilhar essas informações para facilitar a atuação de outras pessoas.


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Conheça os 10 minerais mais caros e mais raros do planeta!

Você conhece quais são os minerais mais caros e mais raros do mundo? Alguma vez já se perguntou “qual é o mineral mais caro do mundo?” ou “qual é o mineral mais raro?” ou até mesmo “o que é um mineral?”.

Ficou curioso para saber as respostas? Então te convido a continuar lendo esse artigo, onde você não só descobrirá as respostas das perguntas feitas acima, como também saberá quais são os 10 minerais mais caros e os 10 mais raros do mundo, além de quanto são avaliados esses minerais e onde eles foram encontrados.

O que são minerais?

Os minerais são corpos naturais sólidos e cristalinos, com uma composição estabelecida, são formados a partir da interação de processos inorgânicos ou também oriundos de asteroides ou meteoritos que atingiram o planeta.

Eles podem ser formados no interior da Terra ou constituídos próximo à superfície, o que lhes dará características químicas e estruturais diferenciadas. Os seus processos de formação são variados, envolvendo a cristalização do magma, a condensação de materiais rochosos nas camadas inferiores, a modificação de minerais preexistentes sob condições específicas de pressão e temperatura, entre outros.

Top 10 dos minerais mais caros do mundo

Há séculos que a humanidade tem extraído minerais em benefício próprio – seja para a construção e produção de novos materiais, itens de consumo, ou simplesmente para queimá-los para outros usos. Hoje, há mais minerais do que nunca, entretanto, alguns valem muito mais que outros. Conheça agora os 10 minerais mais caros do mundo:

Ródio: é um mineral extremamente raro e útil. O metal nobre branco prateado é considerado um item incrivelmente caro no mundo, com mais de US $ 56 por grama.

Figura 1: Ródio. Fonte: minilua.net

Painite: é um mineral incrivelmente bonito, mas um que irá custar $ 60.000 por quilate para você possuir. É também um dos mais difíceis de ser encontrado e foi descoberto em 1950.

Figura 2: Painite. Fonte: minilua.net

Diamante: tem sido o mineral comercial que a maioria das pessoas vai optar por uma compra. Este mineral sedutor vai custar até US $ 55.000 por grama.

Opala Negra: Opala Negra é na verdade é um mineralóide conhecida pelo seu preço e pela sua raridade. Tornou-se a pedra preciosa nacional da Austrália, onde mais de 95% são colhidos. O valor médio está em torno de US $ 2.350 por quilate.

Figura 4: Opala Negra. Fonte: minilua.net

Platina: Nós vemos um monte de platina falsa ao redor do mundo, mas a coisa real – que é um metal prateado – vale cerca de US $ 60 por grama. A maioria dos depósitos é encontrada na África do Sul e na Rússia.

Figura 5: Platina. Fonte: minilua.net

Ouro: Muitas pessoas pensam que o ouro é o mineral mais caro do mundo, mas isso está errado. Ele é caro, mas custa apenas cerca de US $ 56 por grama.

Figura 6: Ouro. Fonte: minilua.net

Rubis: Os rubis são outra joia maravilhosa conhecida por ser bastante cara. Eles são muitas vezes considerados a única pedra preciosa mais cara de sempre. Sua impressionante cor vermelha vem do cromo. Por quilate, o rubi custa mais de US $ 3.000.

Figura 7: Rubi. Fonte: minilua.net

Jadeíta: é um mineral único que é um mistério. É uma das gemas mais desejadas e valiosas do mundo inteiro, com mais de US $ 3 milhões por quilate.

Figura 8: Jadeíta. Fonte: minilua.net

Garnet azul: O Blue Garnet vem em uma variedade de outras cores, não apenas azul, incluindo verde, laranja, rosa, roxo e até amarelo. Eles foram descobertos pela primeira vez em Madagascar nos anos 90, e valem cerca de US $ 1,5 milhão por quilate.

Figura 9: Garnet Azul. Fonte: minilua.net

Lítio: O lítio tornou-se um mineral crucial na produção de baterias recarregáveis. O primeiro foi descoberto em 1817 em Estocolmo, na Suécia. Hoje, a produção de lítio e mineração é uma indústria multibilionária.

Figura 10: Lítio. Fonte: minilua.net

Top 10 dos minerais mais raros do mundo

Painita: até meados de 2005, a painita era o mineral mais raro do mundo. Descoberto na década de 1950, pelo mineralogista britânico Arthur Pain, por anos, havia apenas dois tipos de cristais conhecidos, do raro mineral hexagonal. Embora ele ainda seja escasso, o Painita não é mais tão raro. Segundo a divisão de ciências geológicas e planetárias de Caltech, um novo repositório de Painita foi descoberto em Mianmar. Lá, foram encontrados milhares de cristais fragmentados de Painita. Mas, mesmo assim, a pedra ainda permanece entre os minerais mais raros do mundo.

Figura 11: Painita. Fonte: pt.quora

Alexandrita: A alexandrita é uma variedade de crisoberilo. Do mesmo modo, pertence à mesma família de pedras preciosas da esmeralda. O diferencial dessa pedra é a sua incrível propriedade óptica, a depender do tipo de luz que é inserida, a alexandrita pode passar por mudanças drásticas na sua cor. Essa propriedade específica de cor e escassez se deve a sua composição, que inclui uma combinação rara de metais especiais, como titânio, ferro e cromo.

Figura 12: Alexandrita. Fonte: pt.quora

Tanzanita: A tanzanita é conhecida por ser 1000 vezes mais rara do que o diamante. E, de fato, ela merece esse título, já que o mineral é exclusivamente encontrado no sopé do Monte Kilimanjaro, em quantidades limitadas. Assim como a alexandrita, a tanzanita também tem propriedades ópticas que proporcionam mudanças radiais nas suas cores, dependendo da iluminação do ângulo.

Figura 13: Tanzanita. Fonte: pt.quora

Esmeralda vermelha: O berilo vermelho, ou esmeralda vermelha, foi descrito pela primeira vez em 1904. Mesmo fazendo parte do mesmo grupo químico da esmeralda comum, a vermelha é considerada muito mais rara. Principalmente porque a esmeralda vermelha pode ser encontrada apenas em poucas partes de Utah e do Novo México, nos Estados Unidos. Além de ser um mineral bastante complexo e difícil de se explorar. De acordo com cientistas, a esmeralda vermelha é 8.000 vezes mais rara do que os diamantes e rubis.

Figura 14: Esmeralda Vermelha. Fonte: pt.quora

Turmalina Paraíba: A turmalina Paraíba de cor verde azulada é bem diferente das demais variedades conhecidas de turmalina. Descoberta em 1989, em São José da Batalha, no estado da Paraíba, essa pedra preciosa é a variedade mais cara de turmalina que existe. Muito mais rara do que os diamantes, a turmalina paraíba é bastante limitada. Em suma, se tivermos em vista que as jazidas estão em ponto de esgotamento. Enfim, ela ainda pode ser encontrada em São José da Batalha, no Rio Grande do Norte, Moçambique e Nigéria.

figura 15: Turmalina Paraíba. Fonte: pt.quora

Diamante vermelho: Os diamantes incolores que você, provavelmente, está acostumado a ver, não são nem de longe, os mais raros entre todos os diamantes. O fato é que os diamantes vêm de uma variedade de cores. Assim, os mais coloridos são os mais raros, como por exemplo o diamante vermelho.

Figura 16: Diamante Vermelho. Fonte: pt.quora

Musgravite: Descoberto em 1967, na Cordilheira de Musgrave, na Austrália, o musgravite apareceu, em pequenas quantidades, também na Groenlândia, Madagascar e na Antártica. O primeiro musgravite, encontrado com tamanho realmente grande, e suficiente para ser cortado, só foi relatado até 1993.  Até hoje, acredita-se que existam apenas oito espécimes desse mineral no mundo.

Figura 17: Musgravite. Fonte: pt.quora

Benitoíte: A benitoíte é um mineral com coloração quase sempre azulada que pertence ao grupo dos ciclos silicatos, e foi descrita no início do século 20, pouco depois de sua descoberta. No entanto, apesar de sua composição química ser conhecida, uma das características mais interessantes da benitoíte é a sua fluorescência quando submetida à radiação ultravioleta, propriedade que ninguém sabe explicar ao certo.

Aliás, seu nome foi inspirado no local onde a benitoíte foi descoberta pela primeira vez, o condado de San Benito, localizado na Califórnia.

Figura 18: Benitoíte. Fonte: Tanzanite Experience

Poudretteite: Incrivelmente rara, a poudretteitefoi descoberta na década de 60 em uma pedreira chamada Poudrette — daí o nome da gema — localizada em Mont-Saint-Hilaire, no Canadá. Apenas pequenos cristaizinhos foram encontrados, e esse mineral só foi reconhecido como “nova espécie” no final dos anos 80.

poudretteite só foi descrita cientificamente em 2003 e, segundo os geólogos, são pouquíssimas as pessoas que sequer ouviram falar dela.

Figura 19: Poudretteite. Fonte: Super Curiosos

Jeremejevita: Apesar de a jeremejevita ter sido descoberta na Sibéria no final do século 19, cristais com pureza e tamanhos suficientes para a obtenção de gemas só foram descobertos na Namíbia — e em quantidades bem limitadas. A maior jeremejevita facetada do mundo conta com 60 quilates, o que equivale a aproximadamente 12 gramas. 

Figura 20: Jeremejevita

Concluindo…

Bom, chegamos no final do nosso artigo, e eu espero imensamente que você tenha memorizado a foto de cada um desses minerais e que você tropece em alguns deles andando por esse mundo. Se você ficou com alguma dúvida, entre em contato conosco!


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Lavra subterrânea e a geração de minas

Você por muitas vezes já deve ter ouvido falar sobre as minas subterrâneas. Mas você sabe ao certo o que elas são? Você já se perguntou também qual é o motivo que levam as empresas de mineração escolherem o método de lavra subterrânea? Fica aqui comigo que eu te conto tudo!

O que são minas subterrâneas

Antes de tudo, as minas subterrâneas são cavidades provenientes da extração mineral no subsolo através do método de lavra subterrânea. Sua estrutura se apresenta em forma de túneis e galerias, que por vezes são estreitos e extensos, podendo chegar a quilômetros de profundidade.

Mas então, vocês sabem o que é o método de lavra subterrânea? Como já citado, é importante a compreensão do método para o entendimento do que se consiste em uma mina subterrânea.

O método de lavra subterrânea se conceitua em um conjunto de operações coordenadas, que possui como objetivo a extração de minerais ou minérios no subsolo, dispondo de transporte até o seu tratamento. Geralmente refere-se à extração de jazidas em grandes profundidades.

Esse procedimento é realizado através do auxílio da topografia, para que haja abertura dos famosos poços verticais, os quais darão o acesso a todos os equipamentos e profissionais necessários para a retirada do minério. Com a abertura dos poços, ocorre a abertura das galerias horizontais, onde será explotado o minério.

Como saber o método de lavra a ser utilizado?

Então,agora que já conhecemos a definição, como sabemos se devemos utilizar esse método?

Para que ocorra a abertura de uma mina, ou seja, uma exploração mineral, existe um conjunto de fases em sequência a serem seguidas, nas quais podemos resumir em:

  • Pesquisa: onde ocorre a localização do minério;
  • Prospecção: determina a extensão e valor do minério localizado;
  • Estimativa dos recursos: extensão e teor do depósito;
  • Planejamento: ocorre análise da parte do depósito economicamente extraível. Esta fase é responsável pelo detalhamento de tudo que será realizado nesse projeto.
  • Estudo de viabilidade: avaliação geral do projeto onde ocorre a decisão de iniciar ou abandonar a exploração mineral. A decisão se baseia no teor do mineral;
  • Desenvolvimento: nessa fase inicia a abertura dos acessos ao depósito que será explorado;
  • Exploração: ocorre a extração de minério em grande escala;
  • Descomissionamento de mina: nesta etapa ocorre a desativação da mina e o seu fechamento.
  • Recuperação: conjunto de ações realizadas na zona afetada, de forma que seja possível sua utilização no futuro para algum fim produtivo em condições de equilíbrio ambiental.

Dessa forma, com os estudos na área a ser explorada, há diversas condições a serem seguidas para a escolha de qual método de lavra vai ser utilizado em sua exploração. São levadas em consideração questões econômicas, geológicas, ambientais, sociais, políticas e tecnológicas.

Dentre alguns fatores essenciais na escolha do método, temos:

  • Geometria do depósito;
  • Características do minério como teor, disposição espacial, profundidade;
  • Produtividade;
  • Segurança;
  • Considerações geotécnicas;
  • Impactos ambientais;
  • Viabilidade econômica;
  • Operações de lavra.

Dessa forma, é notável que a escolha de um método envolve diversos fatores e um grande estudo, de forma que a sua escolha gere grande produtividade e um bom retorno econômico.

Por dentro de uma mina subterrânea

Você sabe quais as operações de exploração são realizadas em uma mina? A gente te explica!

As operações de lavra são o conjunto de processos realizados para que seja realizada com sucesso a extração mineral e seu transporte até o beneficiamento. Elas são divididas em:

  • Perfuração: processo em que o maciço é furado por uma máquina de perfuração, o diâmetro, comprimento e distâncias entre furos são previamente calculadas, a fim de introduzir os explosivos.
  • Desmonte: procedimento onde há o preenchimento dos furos feitos no processo de perfuração, com explosivos. Ocorre a detonação, gerando fragmentos.
  • Remoção: transporte do minério que foi fragmentado, por meio de caminhões, vagonetas ou outro meio de transporte, até a instalação de processamento, que geralmente é situada próximo da mina.

Os tipos de lavra subterrânea podem ser divididos em:

  • Realce autoportantes: nas aplicações tradicionais parte do minério é deixada como pilares de sustentação das paredes das encaixantes. É utilizado principalmente quando existe uma grande continuidade e homogeneidade de qualidade do minério a ser explorado, sendo operações consideradas simples e extremamente produtivas.
  • Abatimento: esse método recorre à gravidade e os níveis de pressão situados em cima do bloco de minério. Utiliza-se dos explosivos ou da retirada do terreno inferior ao maciço com forma de desprendê-lo. É considerado um método de alta produtividade e baixo custo.
  • Suporte das encaixantes: o suporte das paredes é feito pelo minério desmontado dentro de realces ou por um material externo. É considerado um método de alto custo e baixa produtividade, geralmente sendo usados na exploração de minérios de alto custo unitário.

O beneficiamento em uma mina subterrânea.

Antes de mais nada, é preciso entender o que é o beneficiamento.

Nem sempre os minerais que serão explorados se dispõem em locais sozinhos ou com as características físicas desejadas, diante disso é necessário um conjunto de ações que possibilite a forma necessária para que seja comercializado.

Este é descrito como o conjunto de operações realizadas após a lavra e transporte que geram uma transformação no mineral extraído, com o propósito de aumentar a qualidade e o teor dos minerais importantes, também os separando dos rejeitos e estéreis.

De forma geral, os processos envolvidos no beneficiamento são:

Amostragem: se consiste em uma retirada representativa do depósito mineral, de forma que possa avaliá-lo;

Fragmentação: nesse processo ocorre a diminuição de granulometria da amostra. São usados britadores e moedores.

Classificação: ocorre a separação das partículas da amostra de acordo a sua granulometria. Recorrem ao auxílio de peneiras, classificadores mecânicos e ciclone.

Concentração: fase onde há a separação dos minerais presentes na amostra, aumentando seu teor. É nessa etapa em que a fragmentação se torna tão importante, visto que, os minerais não devem se encontrar fisicamente unidos.

Ainda nessa etapa, há diversas técnicas utilizadas para realizar essa concentração, elas vão de acordo com o mineral a ser separados. Dentre as técnicas temos:

  • Flotação;
  • Separação magnética;
  • Separação gravítica;
  • Hidrometalurgia;
  • Eletrometalurgia;
  • Lixiviação;
  • Desaguamento: a água é retirada do minério, para gerar um produto com baixa umidade. Também se encontram diversas técnicas como:
  • Sedimentação;
  • Filtragem;
  • Centrifugação;
  • Secagem;
  • Disposição de rejeitos: nessa etapa, retira os minerais de baixo interesse, considerados rejeitos do beneficamente, para um local reservado e seguro.

Os impactos ambientais de uma mina subterrânea e como remediá-los.

Bom, já aprendemos diversos assuntos referentes ao funcionamento de uma mina subterrânea, mas você sabe quais impactos ambientais ela gera?

Os impactos causados pela mineração são vastos e podem ser vistos em várias escalas do micro ao macro. Dentre eles temos a remoção da vegetação ao redor, poluição sonora e vibrações, bombeamento de água no subsolo causando rebaixamento dos lençóis freáticos e águas subterrâneas, contaminação do solo e rios próximos além da subsistência (afundamento) dos terrenos.

Existem diversas estratégias que visam à redução desses impactos e estas devem estar descritas no projeto no momento de sua concepção e de acordo com a legislação ambiental vigente.

Podemos citar as diversas medidas como a recarga artificial de aquíferos por injeção, ações e pesquisas com o foco no reaproveitamento dos rejeitos provenientes dos processos minerários, projetos de reabilitação das áreas degradadas com revegetação, e claro, um monitoramento correto e periódico.

Concluindo…

Nesse artigo te mostrei o conceito de mina subterrânea, escolha do método de lavra e até as operações envolvidas e os impactos ambientais ocasionados. Me diz aí o que achou do conteúdo deixando um comentário para a gente!


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