Mês: agosto 2023

Biorremediação e o derramamento de petróleo

Você já deve ter ouvido sobre os ciclos da terra e, possivelmente, sobre a homeostase ecológica, ou, de maneira mais informal, sobre a mitologia de Gaia, divindade primordial que representa a terra e funciona como um organismo e participa ativamente nos processos da terra em busca do equilíbrio. Nos acompanhe nesse artigo, e saiba como a biorremediação está envolvida sobre todo esse processo.

Ciclos da terra

Embora de maneira não tão romântica assim como a hipótese de Gaia, a ideia de que a Terra busca sempre o equilíbrio tem um fundo de verdade, quando se leva em conta as hierarquias desenvolvidas e como, em algumas situações, o desequilíbrio em uma parte da cadeia é compensada avidamente em outra parte.

Além da gama de hierarquias e cadeias ocasionadas em função da seleção natural e condicionamento, as situações regionais e os ciclos biogeoquímicos desempenham uma função primordial para a manutenção do equilíbrio da biosfera. Dos quais temos:

  • Ciclo do nitrogênio: Corresponde à etapa de captação de nitrogênio do ambiente e transformação em compostos assimiláveis pelos seres vivos; 
  • Ciclo do carbono: Trata-se do elemento que constitui as moléculas orgânicas. Portanto, é essencial para fotossíntese e a respiração e consequentemente para a base da cadeia alimentar;
  • Ciclo do oxigênio: O oxigênio é o elemento mais abundante no planeta. Ele é liberado e consumido pelos seres vivos em diferentes formas químicas;
  • Ciclo do fósforo: O fósforo é o material genético constituinte das moléculas de RNA e DNA. Também pode ser encontrado nos ossos e dentes;
  • Ciclo da água: sendo representado basicamente pelas mudanças de seu estado físico, através de fenômenos como evaporação e transpiração;

Estes são os ciclos mais conhecidos, que desempenham papel fundamental para equilíbrio das condições da vida, da maneira que se é conhecida até o presente momento.

Biorremediação

Mas você deve estar se perguntando “o que a biorremediação tem a ver com tudo isso?”, ou até mesmo, “o que é a biorremediação?”. De maneira simples, a biorremediação é entendida como um processo que envolve degradação de produtos tóxicos e tem o intuito de transforma-los em produtos não tóxicos.

Normalmente, está bastante associada medidas paliativas sobre derramamentos de petróleo, ou mesmo, na mineração em determinados casos. A remoção ou redução destes contaminantes tóxicos no ambiente pode ser entendida também como uma forma de biorremediação.

Derramamento de Petróleo. Fonte: CRBio-07

De maneira mais informal, pode-se dizer que consiste em utilizar fungos e bactérias que são considerados agentes decompositores para acelerar o processo de decomposição daquela matéria toxica. Portanto, é fundamental entender as condições de contorno que esses microrganismos vivem e quais são os nutrientes necessários para a vida desses agentes. A partir disso surgem conceitos interessantes, denominados: bioestimulação e bioaumentação.

Bioestimulação e bioaumentação

A bioestimulação é compreendida como uma técnica que consiste na aplicação de um produto composto por micro e macronutrientes, vitaminas e enzimas. Elas são capazes de fracionar matérias orgânicas e acelerar o processo natural de degradação por estimulação da colônia de microrganismos já existentes, e em atividade, nos sistemas biológicos de tratamento de efluentes. Ou seja, busca fornecer mais nutrientes para que os agentes decompositores, tenham um melhor desempenho.

Processo de análise da microbiota de um local para possível biorremediação. Fonte: UFBAConquista

A bioaumentação é um processo que utiliza microrganismos específicos na biodegradação de resíduos orgânicos. Essas pequenas comunidades aumentam as chances dos autóctones reagirem aos flutuantes, durante as biodegradações. Em resumo, visa aumentar a população de agentes decompositores na tentativa de acelerar o processo de decomposição.

Biorremediação in situ e ex situ

A biorremediação realizada in situ é aquela aplicada no próprio local da análise, e apresenta uma série de vantagens, destacando-se:

  • Redução nos custos e distúrbios ambientais associados com o movimento de solos e águas de um local contaminado para outros destinados ao tratamento;
  • Efetividade e preço da técnica, quando comparada a outras, como a incineração, por exemplo;
  • Segurança oferecida aos trabalhadores, no que diz respeito aos riscos associados à escavação e à remoção do solo contaminado;
  • Adequação para o tratamento de grandes áreas.

Já a biorremediação ex situ é aplicada para o tratamento de solos, águas subterrâneas e residuárias. Aqui, há escavação, transporte e bombeamento para locais fora da zona de contaminação para posterior análise e tratamento. Geralmente, é utilizada quando há a possibilidade de contaminação ou quando o teor de concentração do material toxico é alto.

LEPETRO UFBA. Fonte: Autoria própria

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As 10 empresas de petróleo mais ricas do mundo

Por muito tempo, petróleo foi sinônimo de riqueza. Em nosso artigo sobre a história da indústria do petróleo, você deve ter percebido o quão inovador e benéfico foi o uso do petróleo e seus derivados  para o desenvolvimento da sociedade na época. Contudo, será que atualmente as empresas petrolíferas conseguem manter o seu louvor de outrora? Nos acompanhe nesse artigo, e descubra um pouco mais sobre as principais petrolíferas e essa fonte de energia que até hoje é motivo de disputa e controvérsias.

Conceito de riqueza

Antes de darmos prosseguimento com o intuito principal do artigo, é importante estabelecer algumas noções importantes e critérios utilizados para balizar essa pesquisa. Foram utilizadas basicamente três métricas para essa avaliação: receita, lucro líquido e valor de mercado. Estes últimos são parâmetros geralmente utilizados para definir a riqueza de determinada empresa.

            Receita: basicamente, são todos os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de serviços. Contudo, esta métrica não é suficiente para definir o índice de riqueza, pois não se leva em conta as despesas que são geradas para movimentar a venda ou a prestação daquele serviço.

            Lucro Líquido: em resumo, é quanto uma empresa lucrou depois de descontar todos os gastos, impostos e outros custos envolvidos na cadeia produtiva. Isto é, já estão inclusas as despesas fixas e variáveis embutidas em cada serviço prestado.

Plataforma de petróleo. Fonte: UDOP

Valor de mercado: também conhecida como Market Cap de uma empresa, este parâmetro é obtido facilmente pela multiplicação entre o Valor de uma ação e o Número de ações existentes, e é um dos parâmetros mais utilizados para mensurar tamanho de uma empresa em relação à outra.

Contudo, vale ressaltar que o valor de ação é bastante volátil, então não se espante se um ano, um mês ou mesmo uma hora depois da publicação deste artigo, essas posições tenham sido modificadas. Definidos e explicados esses parâmetros básicos, podemos então começar a elencar as empresas.

Top 10 maiores petrolíferas do mundo

10º. Temos a Valero Energy (VLOE34), que é uma empresa americana de energia e uma das maiores refinadoras de petróleo dos Estados Unidos.

Receita: 171,19 Bilhões USD

Lucro Líquido: 11,53 Bilhões USD

Valor de mercado: 41,82 Bilhões USD

9º Vem a Marathon Petroleum (M1PC34) é uma das maiores refinadoras de petróleo dos Estados Unidos

Receita: 178,24 Bilhões USD

Lucro Líquido: 14,52 Bilhões USD

Valor de mercado: 48,99 Bilhões USD

8º A BP (B1PP34), também conhecida como British Petroleum, é uma empresa petrolífera britânica. A BP está envolvida em exploração, produção, refino e distribuição de petróleo e gás natural, bem como em energias renováveis.

Receita: 239,74 Bilhões USD

Lucro Líquido: -2,49 Bilhões USD

Valor de mercado: 100,51 Bilhões USD

A Chevron (CHVX34) é uma das principais empresas petrolíferas dos Estados Unidos e opera em todo o mundo. A organização tem uma ampla base de ativos e uma presença significativa no setor de energia global.

Receita: 237,11 Bilhões USD

Lucro Líquido: 35,47 Bilhões USD

Valor de mercado: 292,11 Bilhões USD

A TotalEnergies é ativa globalmente e possui operações em exploração, produção, refino e comercialização de produtos petrolíferos. Além disso, possui e opera postos de gasolina em toda a Europa, Estados Unidos e África.

Receita: 263,31 Bilhões USD

Lucro Líquido: 20,53 Bilhões USD

Valor de mercado: 141,65 Bilhões USD

Plataforma offshore. Fonte: INNOVATIVEWEALTH

Top 5 maiores petrolíferas do mundo

5º A Shell, anteriormente Royal Dutch Shell, é uma empresa multinacional petrolífera britânica. Conta com instalações em 70 países envolvidos na exploração, produção, refino e comercialização de petróleo e gás natural e na fabricação e comercialização de produtos químicos

Receita: 381,31 Bilhões USD

Lucro Líquido: 42,31 Bilhões USD

Valor de mercado: 198,35 Bilhões USD

4º A Exxon Mobil tem uma grande presença global e é conhecida por sua experiência em tecnologia e inovação no setor de energia. Comercializa combustíveis, lubrificantes e produtos químicos sob quatro marcas: Esso, Exxon, Mobil e ExxonMobil.

Receita: 402,22 Bilhões USD

Lucro líquido: 55,74 Bilhões USD

Valor de mercado: 429,00 Bilhões USD

3º A PetroChina é uma empresa estatal, e é a maior produtora e distribuidora de petróleo e gás na China, contribuindo com aproximadamente 50% e 60% do volume de produção doméstica de petróleo e gás do país, respectivamente

Receita:413,3 Bilhões USD

Lucro Líquido:19,5 Bilhões USD

Valor de mercado:184 Bilhões USD

2º Também conhecida como Sinopec (C1HI34), a China Petroleum & Chemical Corp. é uma das maiores empresas de petróleo e gás da China. A Sinopec tem uma ampla presença no mercado chinês e desempenha um papel importante no fornecimento de energia para o país

Receita:457,7 Bilhões USD

Lucro Líquido:9,2 Bilhões USD

Valor de mercado:972 Bilhões USD

A Saudi Aramco é a maior empresa petrolífera do mundo. É uma empresa estatal saudita responsável por uma grande parcela das reservas de petróleo do país. Embora não seja negociada publicamente, a Saudi Aramco é altamente lucrativa e desempenha um papel vital na economia da Arábia Saudita.

Receita: 612 Bilhões USD

Lucro Líquido:161,2 Bilhões USD

Valor de mercado: 2,1 Trilhões USD

É importante notar que muitas dessas empresas diversificam seus ativos para todo o ramo energético e em todas as etapas da cadeia produtiva do petróleo. A Saudi Aramco representa ainda hoje, uma das empresas com maior Market Cap do mundo.


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Presente e passado: ouro negro na Bahia

A história do início da exploração de petróleo no Brasil nos remete à época de 1930, onde moradores do bairro do Lobato, localizado em uma zona rural de Salvador, na Bahia, relataram a presença de um óleo preto e espesso na vegetação e diziam que a água retirada do poço, além de ser imprópria para consumo, “pegava fogo”. Depois de Lobato, foi descoberto o Candeias 1, primeiro poço de exploração comercial, localizado na cidade de Candeias, no recôncavo baiano. Nos acompanhe nesse artigo incrível, sobre a descoberta do petróleo na Bahia.

Contexto histórico

No auge do Brasil colonial, o café emergiu como a estrela brilhante da economia baiana. Das terras férteis e das mãos dedicadas dos agricultores, os grãos de café cresceram, espalhando um aroma irresistível de sucesso e prosperidade. A Bahia logo se tornou um polo produtor, exportando grãos de alta qualidade para a Europa. Com cada colheita bem-sucedida, o café se transformou em uma verdadeira moeda, impulsionando a economia e elevando a Bahia ao posto de destaque no cenário nacional.

Mas o tempo seguiu seu curso e como um tesouro escondido, o óleo jorrou dos  poços, trazendo consigo uma nova era de oportunidades. A economia baiana acendeu  com a chama dessa descoberta, criando empregos, atraindo       investimentos e  impulsionando o crescimento de toda a região.

Primeira jazida de petróleo brasileira. Fonte: Brasil de Fato

Nesse período, por conta da crise de 1930 e mudanças na estrutura econômica do estado brasileiro, o café tinha perdido força, mas não saiu sem antes deixar um substituto, um novo recurso valioso. Assim como no passado, onde a cafeína deu força e energia para uma sociedade em reinvenção, agora a combustão do hidrocarboneto era o combustível que movia máquinas, carros, empresas e nações. A Bahia se manteve gigante, como nasceu para ser.

Efeitos causados pela descoberta do ouro negro

A descoberta do petróleo foi um divisor de águas para o estado. Os campos petrolíferos se tornaram uma fonte abundante de riqueza e progresso. Novas oportunidades surgiram, não apenas na extração e produção, mas também em setores relacionados, como a petroquímica e a produção de energia. As refinarias mudaram para sempre a vida de famílias que vivem, até hoje, em ilhas da Baía de Todos os Santos. A economia baiana floresceu com investimentos e desenvolvimento de infraestrutura, impulsionando o bem-estar da população e colocando o estado em destaque nacional e internacionalmente.

Elevação Artificial. Fonte: bahiaeconomica

O recurso valioso se tornou a força motriz da Bahia, impulsionando a indústria e promovendo o progresso. A região atraiu investidores e especialistas de todo o mundo, que contribuíram com seu conhecimento e experiência para o contínuo crescimento da indústria energética. Os lucros gerados por essa nova fonte de riqueza foram reinvestidos no desenvolvimento social e na melhoria das condições de vida da população.

Conjuntura atual

Hoje, é perceptível como o café e o recurso fóssil deixaram um legado duradouro. No entanto, a Bahia continua sua jornada de reinvenção, buscando um futuro mais sustentável e resiliente. O espírito empreendedor e a capacidade de adaptação dos baianos são características que definem a região e garantem seu contínuo sucesso, escrevendo uma história de sucesso que ecoa do passado até os dias atuais.

O compromisso com o desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental é uma das marcas registradas do estado. Através de políticas públicas e parcerias com empresas e instituições de pesquisa, a Bahia vem impulsionando a inovação tecnológica e promovendo a transição para uma economia mais sustentável.

SDE apresenta o potencial da Bahia para futuros investimentos em Energias Renováveis. Fonte: Governo da Bahia

Em conclusão, a Bahia é uma terra de contrastes e transformações. Do café ao combustível fóssil, a região tem sido capaz de se adaptar e se reinventar ao longo dos anos. Com uma história rica e um futuro promissor, a Bahia continua a brilhar como um exemplo de sucesso econômico e sustentabilidade. Seja através de suas riquezas naturais, sua cultura vibrante ou suas iniciativas inovadoras, o estado permanece como um símbolo de progresso e prosperidade. Ainda há muito caminho a ser percorrido e muita coisa a ser mudada, porém com a resiliência histórica do baiano, chegaremos lá, seja com o café, o petróleo ou qualquer uma das nossas muitas riquezas.


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A descoberta do petróleo salvou a vida das baleias?

Você certamente já ouviu falar do petróleo. Ele é um hidrocarboneto, composto essencialmente de carbono e hidrogênio, líquido, escuro e viscoso, resultado da decomposição da matéria orgânica presente no subsolo do planeta. Porém, o petróleo não foi a primeira fonte energética a ter uma grande importância econômica para a sociedade, a exemplo do óleo de baleia, amplamente utilizado como combustível até o fim do século XIX. Mas afinal, qual é a relação entre o petróleo e o óleo das baleias? E como o petróleo contribuiu para evitar a extinção desses animais?

A caça às baleias

A caça às baleias, também conhecida como, baleação, é uma prática consideravelmente antiga, uma vez que existem evidências ancestrais desse fenômeno, a exemplo de artes rupestres encontradas no Chile, datadas de 1500 anos atrás. Entretanto, já houve fatos mais recentes a respeito da prática da baleação.

 No século XII, nas proximidades do golfo da Biscaia entre a França e Espanha, os bascos adotaram a prática da caça às baleias. Já no Brasil, a baleação se iniciou no século XVII, e na cidade de Salvador foi implantada a primeira instalação baleeira no país. Desde então, as baleias foram caçadas descontroladamente, dizimando os grandes cetáceos da costa brasileira, em especial, a baleia-franca, que até os dias atuais encontra-se ameaçada de extinção.

Inicialmente, as baleias eram caçadas com o auxílio de arpões utilizados para fisgar os animais. Entretanto, uma tecnologia desenvolvida em 1879 pelo norueguês Sven Foyd, ficou conhecida como canhão lança-arpão, possuindo inclusive uma ponta explosiva, facilitando o abate do animal. Até o século XX, não existia nenhum tipo de restrição para a caça das baleias no Brasil, e somente após decretos de regulamentação e a pressão exercida por grupos ambientalistas, a caça de baleias finalmente foi proibida no ano de 1986.

Caça as Baleia. Fonte: Kyoto News

Por que as baleias eram caçadas?

As baleias poderiam ser utilizadas como alimento, embora sua carne não fosse muito apreciada. Porém, suas barbatanas eram utilizadas para confeccionar objetos como guarda-chuvas, leques e espartilhos. Entretanto, a principal motivação da exploração desses cetáceos era a extração do óleo presente na gordura desses animais.

O óleo de baleia, ou azeite da baleia teve uma grande importância econômica para a sociedade dos séculos XVIII e XIX. Sendo utilizado como combustível para abastecer os candeeiros, dispositivos responsáveis pela iluminação das casas e das ruas, essenciais para o trabalho noturno. Além de outras utilidades, a exemplo da confecção de óleos lubrificantes para a manutenção de ferragens.

Baleia cachalote. Fonte: InfoEscola

A descoberta do petróleo

Apesar de haver registros sobre a existência do petróleo há milênios, a ideia da destilação do petróleo teve início no século XIX, quando o químico escocês, James Young, conseguiu refinar o carvão betuminoso, proveniente de uma região próxima a jazidas petrolíferas, obtendo, com sucesso, um óleo parafínico. Porém, em 1850, um americano chamado Edwin Laurentine Drake perfurou, na Pensilvânia, o primeiro poço para a extração de petróleo da história. Entretanto, esse poço foi encontrado a uma profundidade de aproximadamente 20 metros, que, apesar de tratar-se de uma pequena perfuração, ainda assim demonstrou ser produtiva. E até os dias de hoje, essa data ficou conhecida por ser considerada a origem da indústria petrolífera moderna.

Poço petróleo. Fonte: SpaceToday

Caso queira saber sobre a história desta indústria, leia este artigo: História da indústria do petróleo Cristal Jr Petróleo

Como o petróleo contribuiu para a vida das baleias?

Atualmente é praticamente impossível pensar em materiais do dia a dia sem perceber sua ligação direta com a indústria petroquímica. Uma vez que, o petróleo é a matéria-prima utilizada para a confecção dos mais diversos materiais e utensílios presentes no cotidiano, como, o plástico, a gasolina e até mesmo óleos lubrificantes.

Entretanto, o petróleo foi descoberto no século XIX, coincidente ao período em que a exploração dos grandes cetáceos deixou de ser abundante. Isso porque a gordura extraída das baleias, que anteriormente era utilizada como combustível, agora já não seria mais necessária, uma vez que o petróleo demonstrou ser muito mais versátil e conveniente para desempenhar todas as utilidades que anteriormente eram atribuídas ao azeite da baleia.

Dessa forma, com a exploração crescente das jazidas de petróleo, a caça às baleias se tornou cada vez mais obsoleta, contudo é necessário mais estudos que comprovem a correlação direta entre os casos, para assim saber se a exploração de petróleo foi realmente responsável que esses animais pudessem continuar a se reproduzir e minimizando os riscos de uma eventual extinção.


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Tipos de brocas de perfuração em poços de petróleo

No mundo da perfuração de poços de petróleo, existem diversos desafios científicos para alcançar eficiência e economia na abertura de poços. Um dos principais é: “qual broca utilizar?”. É possível notar que, no atual cenário, temos variância nos tipos de brocas de perfuração de poços oferecidas no mercado. Neste artigo, vamos citar as principais e descrever suas  funções e especificações.

Broca:

Esta é a principal ferramenta responsável por realizar as perfurações dos poços de petróleo.  Está localizada na extremidade inferior da coluna do poço, em contato direto com as rochas e são fabricadas de acordo com a formação geológica do local a ser perfurado, tendo como objetivo ocasionar a ruptura/desagregação do corpo rochoso em pequenas lascas, promovendo a perfuração.

Como citado acima, sua estrutura e mecanismo de funcionamento são específicos para fatores que se dão na análise dos parâmetros geológicos (tipo de rocha, terreno, dureza e abrasividade da rocha, profundidade do poço, preservação ambiental, dentre outros) para que assim possa encontrar a melhor forma de atacar as rochas, a fim de superar sua resistência.

Perfuração petróleo. Fonte: Freepik

As formas de ataque são: acunhamento, cisalhamento, esmerilhamento, esmagamento e até mesmo a utilização de jatos de fluidos de perfuração, que outrora serve para resfriamento da broca e elevação dos detritos.

Brocas de perfuração podem ser divididas em duas grandes partes:

Brocas com partes móveis:

Revolucionando a área de perfuração, as brocas com partes móveis surgiram substituindo o retrógado método de perfuração por percussão. Tais brocas se caracterizam pela presença de peças móveis que mantém o contato de seus dentes de forma intermitente com a rocha e causa a sua ruptura.

Visto que todas as brocas com partes móveis têm o mesmo princípio de funcionamento, podemos dar ênfase às tricôniocas, caracterizadas por três cones rotativos entre si com dentes diamantados ou de aço em suas superfícies, que não se interceptam. Mantendo uma relação de rotação entre os cones, ao girar a broca, os cones rotacionam entre si, assim empurrando seus dentes contra a rocha e desagregando-a por fratura,  na grande maioria das vezes.

Temos que as principais vantagens desses movimentos circulares são: a penetração direta na rocha e a sua trituração. Posteriormente, isto é levado para parte superior da coluna até que seja expelido, assim apresentando um desgaste considerado menor. Estas brocas são mais vantajosas quando o assunto em pauta é economia, devido ao contato intermitente e oscilativo entre seus dentes com a rocha que prolonga o seu tempo de desgaste.

As brocas tricônicas ou cônicas rotativas têm cada vez mais sofrido mudanças devido às novas tecnologias na área de perfurações petrolíferas e ao aumento da complexidade na perfuração dos poços que, cada vez mais, exige melhor desempenho das brocas.

Broca tricônica. Fonte: Rigzone

Brocas sem partes móveis:

Caracterizada por um corpo rígido estático, e inteiriço, tais brocas possuem peculiaridades interessantes que trazem vantagens e desvantagens um pouco diferentes das brocas com partes móveis.

Sua fabricação é dada a partir de Metais Duros ou Metais Duros associados a diamantes em seu corpo. Em brocas inteiriças em Metal Duro, temos a presença de lâminas (Fish Tail); já em brocas com associação de tais materiais temos as pedras de diamante tipicamente “incrustadas” na matriz, e sobressaindo um terço de seu tamanho sobre a superfície. Os mecanismos de perfuração destas brocas se dão por raspagem e esmerilhamento do fundo do poço.

Nesta categoria temos o contato direto, intensivo e constante dos seus dentes (ou lâminas) com o corpo rochoso, o que nos traz desvantagens, como o desgaste prematuro dos seus dentes/lâminas (quando comparada às Brocas com Partes Móveis), que implica em uma vida útil menor. Porém, por outro lado, a inexistência de partes móveis – como buchas mecânicas e rolamentos – aumenta a confiabilidade destas brocas.

Brocas diamantes sintéticos. Fonte: Camposmarginais

Este tipo de broca é tipicamente usado com motores de fundo ou turbinas de alta rotação associadas a uma alta vazão de fluido de perfuração para resfriar a broca (uma vez que o contato constante dos seus dentes com a rocha aquece a peça à altíssimas temperaturas, o que é indesejado, a fim de se manter a têmpera do material) e também facilitar o alcance de altas rotações.

Conclusão

Obviamente temos apenas um básico resumo sobre brocas de perfuração e suas características específicas, podendo se estender por paginas e paginas de descrição sobre o assunto. Por fim, podemos concluir que a escolha da broca de perfuração de poços de petróleo é um desafio crucial na Indústria.

Em síntese, existem dois grandes principais tipos de brocas: aquelas com partes móveis e as sem partes móveis. As brocas com partes móveis, como as tricônicas, têm peças móveis que entram em contato intermitente com a rocha, trazendo algumas vantagens como penetração direta e trituração eficiente. Já as brocas sem partes móveis tem um corpo rígido e estático, realizando a perfuração por raspagem e esmerilhamento do fundo do poço. Embora tenham um desgaste mais rápido, oferecem maior confiabilidade. A escolha da broca adequada depende de fatores geológicos e necessidades específicas, como eficiência e economia. A seleção correta é fundamental para uma perfuração e segura.


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