Mês: junho 2020

Perfuratriz pneumática: seus componentes e como funciona

As perfuratrizes são equipamentos que servem para perfurar, principalmente, as rochas em etapas das operações minerárias. Esse equipamento é operado por um profissional especializado e treinado, com conhecimento técnico para essa operação. Esse profissional é o responsável pela operação das perfuratrizes. Sendo assim, as perfuratrizes são equipamentos de fonte de energia mecânica montados sobre uma estrutura, aos quais o operador consegue controlar os parâmetros da perfuração. Desta maneira, as perfuratrizes possuem vários tipos de atuadores em seus martelos, mas será dado foco, aqui, apenas na perfuratriz pneumática.

APLICAÇÕES DA PERFURAÇÃO

Os tipos de trabalho em obras de superfície e subterrâneas, podem ser classificadas nos seguintes exemplos: perfuração de banco, perfuração de produção, perfuração de chaminés (raises), perfuração de poços (shafts), perfuração de rochas com capeamento e reforço das rochas.

COMPOSIÇÃO DA PERFURATRIZ PNEUMÁTICA

Segundo o livro Manual de perforacion y voladura de rocas (1994), a sua composição juntamente com o acionado por ar comprimido consta de:

• um cilindro fechado com uma tampa dianteira que dispõe de uma abertura axial onde é fixado o punho e as hastes de perfuração;

• um pistão que com o seu movimento alternativo golpeia o punho de perfuração, o qual transmite a onda de choque à haste;

• uma válvula que regula a passagem de ar comprimido em volume fixado e de forma alternada para a parte anterior e posterior do pistão;

• um mecanismo de rotação para girar a haste de perfuração;

• um sistema de limpeza do furo que permite a passagem de ar pelo interior da haste de perfuração e retirada dos detritos da rocha entre as paredes do furo e a parte externa da haste.

A profundidade máxima alcançada por este sistema não supera os 30 metros, devido as perdas de energia na transmissão das ondas de choque do martelo para a coroa. A cada haste adicionada na coluna de perfuração maior é a perda de energia devido a reflexão da energia nas conexões e luvas de perfuração.

O campo de aplicação das perfuratrizes pneumáticas de martelo de superfície está se reduzindo cada vez mais, devido à baixa capacidade de perfuração em rochas duras, à profundidade (em torno de 15 m), ao diâmetro de perfuração (de 50 a 100 mm) e ao alto consumo de ar comprimido, aproximadamente, 2,4 m³/min por cada cm de diâmetro, além de apresentar alto desgaste das ferramentas de perfuração: hastes, punhos, coroas, mangueiras etc., em função da frequência de impacto e na forma de transmissão da onda de choque do pistão de grande diâmetro.

COMPONENTES

ROTAÇÃO/ CORTE

Este método é usado principalmente em rochas brandas com resistência à compressão de até 1500 bar. A perfuração por rotação necessita de uma forte capacidade de empuxo na broca e um mecanismo superior de rotação. A pressão aplicada e o torque rompem e moem a rocha.

Neste método a energia é transmitida ao cortador pelo tubo de perfuração, que gira e pressiona o mesmo sobre a rocha. A área de corte da ferramenta exerce pressão sobre a rocha e as lascas são arrancadas.

A relação entre a pressão necessária e a faixa de rotação, determina a velocidade e a eficiência da perfuração:

a) a rocha branda requer menor pressão e rotação mais rápida;

b) a rocha dura necessita de alta pressão e rotação mais lenta.

A velocidade de rotação é de 120 rev/min para um furo de 110 mm e 300 rev/min para furos de 60 mm de diâmetro.

FONTES DE ENERGIA

As fontes primárias de energia podem ser: motores diesel ou motores elétricos. Nas perfuratrizes com um diâmetro de perfuração acima de 230 mm é generalizado o emprego de energia elétrica a média tensão, alimentando a perfuratriz com corrente alternada com cabos elétricos revestidos.

Porém, se a lavra é seletiva e há grande necessidade de deslocamento do equipamento de perfuração, pode-se adotar máquinas a motor diesel. As perfuratrizes médias e pequenas, que são montadas sobre caminhões, podem ser acionadas por motores a diesel.

Uma divisão média da potência instalada nestas unidades para os diferentes mecanismos é a seguinte:

• Movimento de elevação e translação: 18%

• Rotação: 18%

• Avanço: 3%

• Nivelamento: 2%

• Limpeza dos detritos com ar comprimido: 53%

• Equipamentos auxiliares: 3%

• Outros: 3%.

É possível notar que a distribuição de energia, acima, a grande importância do ar e da potência de rotação para o método rotativo. Os equipamentos elétricos têm um custo de 10 a 15% mais baixos que os de acionamento a diesel.

Estes últimos são selecionados quando a região da explotação não dispõe de adequada infraestrutura de suprimento de energia elétrica ou quando a máquina é montada sobre caminhão.

SISTEMA DE AVANÇO E ELEVAÇÃO

Para se obter uma boa velocidade de penetração na rocha, a perfuratriz pneumática precisa ser aplicada com uma determina força de avanço, que depende, tanto da resistência da rocha, como do diâmetro que se pretende utilizar.

Como o peso da coluna de perfuração (hastes, estabilizador e broca) não é suficiente para se obter a carga necessária, é preciso aplicar forças adicionais.

Existem quatro sistemas de avanço e elevação, que são:

• cremalheira e pinhão direto;

• corrente direta;

• cremalheira e pinhão com corrente.


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Perfuratriz hidráulica: vantagens, como funciona e seus componentes

A perfuratriz hidráulica é um equipamento que serve para perfurar, principalmente, as rochas em etapas das operações minerárias. Esse equipamento é operado por um profissional especializado e treinado, com conhecimento técnico para essa operação.

Sendo assim, as perfuratrizes hidráulicas são equipamentos de fonte de energia mecânica montados sobre uma estrutura, aos quais o operador consegue controlar os parâmetros da perfuração. Desta maneira, as perfuratrizes possuem vários tipos de atuadores em seus martelos, mas será dado foco, aqui, apenas nas perfuratrizes hidráulicas.

Origem da perfuratriz hidráulica

No final da década de 60 e início da década de 70 houve um grande avanço tecnológico na perfuração de rochas com o desenvolvimento das perfuratrizes hidráulicas.

Mesmo que os elementos construtivos de uma perfuratriz pneumática sejam iguais a uma hidráulica, conseguimos saber a diferença mais importante entre ambas, que é que no lugar de se utilizar ar comprimido, gerado por um compressor acionado por um motor diesel ou elétrico, para o acionamento do motor de rotação e para produzir o movimento alternativo do pistão do martelo, utiliza-se um grupo de bombas que acionam estes componentes.

Muito se discute sobre qual melhor opção escolher, mas as razões pela qual as perfuratrizes hidráulicas possuem uma melhor tecnologia sobre as pneumáticas são as seguintes:

• Menor consumo de energia: as perfuratrizes hidráulicas consumem apenas 1/3 da energia, por metro perfurado, em comparação com os equipamentos pneumáticos;

• Menor desgaste da broca de perfuração;

• Maior velocidade de penetração: a energia liberada em cada impacto do martelo é superior à do martelo pneumático, resultando em maiores taxas de penetração;

• Melhores condições ambientais: a ausência de exaustão de ar resulta em menores níveis de ruído quando comparadas com perfuratrizes pneumáticas;

• Maior flexibilidade na operação: é possível variar a pressão de acionamento do sistema, a energia por impacto e a frequência de percussão do martelo;

• Maior facilidade para a automação: os equipamentos são muito mais aptos para a automação das operações, tais como a troca de haste e mecanismos antitravamento da coluna de perfuração.

Os componentes do martelo da perfuratriz

A perfuratriz possui um martelo com acionado por hidráulico, que consta de:

• Um cilindro  fechado com uma tampa dianteira que dispõe de uma abertura axial onde é fixado o punho e as hastes de perfuração;

• um pistão que com o seu movimento alternativo golpeia o punho de perfuração, o qual transmite a onda de choque à haste;

• uma válvula que regula a passagem de hidráulica de forma alternada para a parte anterior e posterior do pistão;

• um mecanismo de rotação para girar a haste de perfuração;

• um sistema de limpeza do furo que permite a passagem de ar pelo interior da haste de perfuração e retirada dos detritos da rocha entre as paredes do furo e a parte externa da haste.

APLICAÇÕES DA PERFURAÇÃO 

Dando foco na mineração, servem como trabalho, tanto em obras de superfície como subterrâneas, podendo classificar-se nos seguintes: perfuração de banco, perfuração de produção, perfuração de chaminés (raises), perfuração de poços (shafts), perfuração de rochas com capeamento e reforço das rochas.

PRINCIPAIS MÉTODOS DE PERFURAÇÃO

Existem três principais métodos de perfuração hidráulica para o desmonte de rochas com explosivos aplicados à mineração:

• perfuração rotativa com brocas tricônicas (Holler Bit);

• martelo de superfície (Top-Hammer, método roto-percussivo);

• martelo de fundo de furo ou furo abaixo (Down the Hole, método roto-percussivo).

FONTES DE ENERGIA

As  fontes primárias de energia podem ser: motores diesel ou motores elétricos. Nas perfuratrizes hidráulicas com um diâmetro de perfuração acima de 230 mm é generalizado o emprego de energia elétrica a média tensão, alimentando a perfuratriz com corrente alternada com cabos elétricos revestidos. Porém, se a lavra é seletiva e há grande necessidade de deslocamento do equipamento de perfuração, pode-se adotar máquinas a motor diesel.

As perfuratrizes médias e pequenas, que são montadas sobre caminhões, podem ser acionadas por motores a diesel. 

Uma divisão média da potência instalada nestas unidades para os diferentes mecanismos é a seguinte:

Movimento de elevação e translação: 18%

Rotação: 18%

Avanço: 3%

Nivelamento: 2%

Limpeza dos detritos com ar comprimido: 53%

Equipamentos auxiliares: 3%

Outros: 3%.

SISTEMA DE ROTAÇÃO

Com o objetivo de girar as hastes e a broca para efetuar a perfuração, as perfuratrizes hidráulicas possuem um sistema de rotação montado, geralmente, sobre uma unidade que desliza no mastro da perfuratriz. Esta unidade é geralmente denominada de cabeça rotativa.

O sistema de rotação é constituído por um motor elétrico e um sistema hidráulico. O sistema hidráulico consiste de um circuito hidráulico com bombas de pressão contínua, com um conversor, para variar a velocidade de rotação do motor hidráulico.

Equipamentos com perfuratrizes hidráulicas de superfície

1. TOP HAMMER

Os equipamentos de perfuração Top Hammer são equipados com perfuratrizes hidráulicas que possuem altas taxas de penetração, para a entrada de explosivos, perfuração de banco, perfuração de produção, perfuração de poços (shafts) ou perfuração de rochas com capeamento.

Perfuratriz hidráulica

Pantera DP1100i Surface tophammer drill rig. Fonte: rocktechnology

 Perfuração de rochas ornamentais

Os equipamentos de perfuração para a indústria de rochas ornamentais incluem módulos compactos que podem ser anexados a equipamentos como escavadeiras hidráulicas, bem como equipamentos completos de perfuração hidráulica, movidos a diesel, assim produzindo blocos de rochas desmontados. Cobrindo aplicações como perfuração de linha, corte, arremate e perfuração de furo piloto, eles são equipados com perfuratrizes hidráulicas e coletores de pó.

Perfuratriz hidráulica

Fonte: rocktechnology

 Equipamentos com perfuratrizes hidráulicas em ações subterrâneas e de atirantamento

JUMBO PARA ABERTURA DE TÚNEIS

O jumbo eletro-hidráulico de três braços é usual para perfuração rápida e precisa para abertura de túneis e escavação de galerias. O equipamento controlado por computador tem funções automáticas de perfuração e posicionamento de braço controlado pelo operador. Faz furos com um diâmetro de 45 a 64 milímetros com uma profundidade de 6,1 metros, seja para uso em perfuração rápida de face ou perfuração mecanizada de furo longo.  

Perfuratriz hidráulica

DS311 NA PERFURAÇÃO PARA ATIRANTAMENTO

O DS311 é um equipamento de perfuração eletro-hidráulico projetado para atirantamento em minas subterrâneas com seções pequenas e médias. Ele oferece tirantes com comprimento superior em relação à altura da galeria. Esse equipamento de atirantamento altamente versátil pode instalar todos os tipos de tirantes normalmente utilizados, com comprimentos de 1,5 a 3 metros.

Os equipamentos de perfuração para atirantamento servem para tornar as operações de perfuração e desmonte subterrâneos não apenas produtivas, mas também seguras.

Os equipamentos de atirantamento podem ser operados com segurança por apenas uma pessoa, sendo capazes de trabalhar com todas as dimensões típicas de tirantes, bem como com quaisquer tipos de tirantes e cabos normalmente utilizados.

perfuratriz hidráulica

DL431 NA PERFURAÇÃO DE FURO LONGO

Temos aqui o DL431. Ele é um equipamento de perfuração eletro-hidráulico projetado para furos longos de produção em minas subterrâneas. Este versátil equipamento foi projetado para grande cobertura vertical e horizontal. Faz furos com um diâmetro de 64 a 89 milímetros e uma profundidade de até 38 metros.

Braço com ampla cobertura de perfuração e rotação de 360° para flexibilidade em várias aplicações. Seu comprimento em operações mecânicas e automáticas de mineração subterrânea, cujo objetivo é ampliar a recuperação do minério e diminuir a diluição com a perfuração dos furos de suporte de produção.

Perfuratriz hidráulica

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Código da mineração: principais alterações no decreto de 2018

Em uma terça-feira, no dia 12 de junho de 2018, o até então presidente da república Michel Temer, assinou 2 decretos durante uma cerimônia que acontecia no Palácio do Planalto, um  dos decretos atualizava o Código de Mineração e outro trazia novas regras para a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).

código da mineração
Presidente Temer cumprimenta o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, na solenidade de assinatura do novo Código de Mineração (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A seguir você conhecerá as principais alterações sofridas pelo Código de Mineração no ano de 2018.

As 15 alterações feitas no código da mineração

No dia 12 de junho, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº 9.406, de 2018, que regulamenta o Código de Mineração, Decreto-Lei nº 227/67, bem como as Leis nº 6.567/78 e nº 7.805/89, e parte da Lei nº 13.575/17.
Confira as alterações a seguir:

• Previsão expressa do interesse nacional e utilidade pública como fundamentos da atividade mineral (Artigo 2º).

• Inclusão do fechamento de mina como etapa da atividade mineral (Artigo 5º).

• Previsão expressa da responsabilidade do minerador pela recuperação ambiental das áreas degradadas (Artigo. 5º, inciso 2º).

• Necessidade de atendimento aos padrões internacionais para cálculo dos recursos e reservas (Artigo 9º, inciso 4º).

• Previsão expressa da possibilidade de realização de pesquisa complementar após a entrega do relatório de pesquisa, podendo os resultados ser incluídos no PAE, mas vedada sua utilização para retificação do relatório de pesquisa (Artigo 9º, inciso 7º).

• Previsão da possibilidade e regulamentação do aproveitamento de rejeito, estéril e resíduos da mineração através de procedimento simplificado (Artigo 10, inciso 2º).

• Previsão expressa de prorrogações sucessivas do alvará na hipótese de falta de acesso, bem como falta de assentimento ou licença do órgão ambiental (Artigo 21, inciso 2º).

• Prorrogação automática do alvará enquanto estiver pendente a análise do pedido de prorrogação (Artigo 21, inciso 3º).

• Possibilidade de renúncia parcial do alvará de pesquisa (Artigo 22).

• Previsão de que a não entrega de relatório final ao fim do prazo de vigência do alvará coloca a área em disponibilidade. Tal previsão visa acabar com as filas para requerimento de áreas livres (Artigo 25, inciso 3º).

• Obrigação de o Requerente da Lavra comprovar a solicitação de licença ambiental no prazo de 60 dias, bem como de que o pedido se encontra em andamento e que tem adotado medidas necessárias para obtenção da licença, a cada seis meses (Artigo 31, inciso 4º).

• Possibilidade de Resolução da ANM – Agência Nacional de Mineração,  estabelecer outras hipóteses de oneração de direitos minerários (Artigo 44).

• Possibilidade de submeter a área colocada em disponibilidade a oferta pública prévia com vistas a avaliar seu potencial de atratividade. Tal medida favorecerá a liberação de áreas postas em disponibilidade sem que haja interessados, bem como a outorga de títulos nos casos de haver apenas um interessado, reduzindo a necessidade de criação de procedimentos de disponibilidade e/ou leilão eletrônico (Artigo 46).

• Taxa Anual por Hectare poderá ser fixada em valores progressivos em função da substância mineral objetivada, da extensão e da localização da área, e de outras condições (Artigo 48).

• Guia de Utilização, foi mantida mas deve ser outorgada em caráter excepcional, por meio de autorização prévia da ANM, observada a legislação ambiental pertinente, e será emitida uma vez, pelo prazo de um a três anos, admitida uma prorrogação por até igual período, conforme as particularidades da substância mineral, nos termos de Resolução da ANM (Artigo 24).


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Perfuratriz: conheça um pouco sobre esse equipamento essencial na mineração

No processo de explotação mineral, a perfuração de rocha é uma atividade essencial. E para esse trabalho são utilizadas as máquinas de perfuração pois fazem serviços no solo ou rocha muito mais rápido do que um trabalho manual e em uma grande profundidade. A perfuratriz é um equipamento (como o próprio nome já diz) de perfuração, de rochas ou solo objetivando produzir um furo ou poço, de uma certa profundidade. Estas máquinas se dividem em três tipos: percussivas, rotativas e percussivo rotativa ou roto percussiva e podem ser de grande, médio e pequeno porte.

O uso de perfuratrizes data de muito anos, desde a antiguidade, usando a percussão e a rotação pode desfazer blocos de rochas, fincar estacas para construções, entre outras necessidades. Atualmente, essas máquinas são utilizadas em larga escala no desmonte de rochas.  As perfuratrizes podem ser diferenciadas pela sua aplicação ou sua mecânica e podem ser utilizadas em várias áreas, como mineração, prospecção, sondagem construção civil etc.

As de grande porte são a SKS (esteira) e 1190 (elétrica). Existem apenas duas perfuratrizes 1190 na América Latina e elas se encontram em Itabira-MG. Na de médio porte T4, há uma particularidade, nela há duas cabines uma para perfuração e outra para locomoção. A outra de pequeno porte L8 é usada para “fogo secundário” ou rapé. Podem ser movidas a diesel ou eletricidade.

Perfuração

Na lavra, durante a etapa inicial da extração do mineral, a primeira  operação a ser feita é perfuração de rochas. Seu principal objetivo é fazer furos de diâmetro, comprimento e distâncias previamente calculadas; para que tenham tamanho adequado para o alojamento de cargas de explosivos e acessórios iniciadores. Como exemplo de acessórios iniciadores podemos citar os clipes de ligação e a espoleta elétrica.

Abaixo, alguns tipos de trabalho na qual a perfuração é aplicada:

● Perfuração de banco – espaços que ficam no local (bancada);

● Perfuração de produção – a partir da mesma perfuração de banco, o material retirado é produto (possui minério e estéril);

● Perfuração de chaminés – que serve para tubulação (passagem de ar e resfriamento) ou para a passagem do minério;

● Perfuração de poços;

● Perfuração de rocha – capeamento, reforço ou desmonte de rochas.

Métodos de perfuração:

Para a fazer a perfuração é introduzida a broca (haste metálica) com pastilhas na extremidade (material duro) que perfura a rocha no equipamento em questão.

1 – Perfuração percussiva: reproduz o trabalho manual de perfuração em rocha. A maioria dos modelos de perfuratriz é acionada por ar comprimido apesar de existirem modelos acionados a gasolina, diesel, etc. (GERALDI, 2011).

Funcionamento: A perfuratriz realiza golpes, após duas percussões, reproduz um movimento de rotação (produz um giro na broca). Ou seja, produz dois movimentos distintos e independentes: Golpeamento da broca, seguindo de rotação da broca (uma rotação de pequeno arco de círculo) e a introdução de ar ou água de limpeza.

2 – Perfuração rotopercussiva: Segundo Jimeno (1995), a perfuração a roto- percussão é o sistema mais clássico de perfuração de bancadas e sua aparição no tempo coincide com a evolução industrial do século XIX. As perfuratrizes rotopercussivas têm sua aplicação limitada a pequenas e médias minerações, perfuração secundária, trabalhos de desenvolvimento e desmonte secundário.

As perfuratrizes rotopercussivas apresentam rotação contínua, além de percussões sobre a coroa. Segundo (Llera et al., 1987), a perfuração rotopercussiva se baseia na combinação das seguintes ações:

• Percussão: os impactos produzidos pelas batidas do pistão do martelo produzem ondas de choque que são transmitidas à rocha;

• Rotação: com esse movimento se faz girar a broca para que se produzam impactos sobre a rocha em diferentes posições;

• Pressão de avanço: para se manter a ferramenta de perfuração em contato com a rocha é exercida uma pressão de avanço sobre a broca de perfuração;

• Fluido de limpeza: o fluido de limpeza permite extrair os detritos do fundo do furo.

• Percussão: A energia do pistão é transmitida do martelo até à coroa de perfuração através da haste, em forma de ondas.

O deslocamento destas ondas é realizado em altas velocidades e sua forma depende fundamentalmente do desenho do pistão.

Quando a onda de choque alcança a coroa de perfuração, uma parte da energia é transferida à rocha e outra parte se perde em forma de calor.

3 – Perfuração rotativa: A perfuração rotativa é direcionada por uma broca que contém uma peça cavada em forma de cunha chamada de pá direcional, possibilitando um direcionamento para qualquer lado e  desvio de profundidade chegando ao seu destino principal conforme o projeto que chamamos de plano de furo.

A perfuração rotativa avança com acoplamento de barras, chamada de hastes de perfuração por meio de rotação e roscas. Usamos na broca de perfuração um dispositivo energizado que transmite a um receptor na superfície sinais capazes de informar a profundidade, a direção e angulação da broca.

Após sua chegada ao destino final, trocamos a broca de perfuração pelo alargador com diâmetros necessários para instalação da tubulação a ser inserida. Todo o trajeto do alargamento é o inverso do furo piloto, inclusive a puxada da tubulação a ser inserida.

Onde utilizar a perfuratriz

Operação das perfuratrizes: Aplicações a céu aberto

O sistema pneumático é o mais indicado para aplicações ao céu aberto, juntamente aos chassis ligeiros e pneumáticos, carros de esteiras ou sobre caminhões.
Em geral, o equipamento pneumático oferece vantagens quando está aplicado em carros de perfuração totalmente hidráulicos. Seus benefícios são:

● Redução da potência instalada;

● Redução do consumo de combustível;

● Velocidade de deslocamento maior;

● Maior poder de manobra;

● Maior gama de diâmetros de perfuração – entre 65 a 125 mm ou até 200 e 278 mm, dependendo da necessidade e do mercado;

● Redução de custos de perfuração;

● Melhores condições ambientais.

O sistema pneumático, usado em carros de perfuração, oferece ainda uma velocidade de 50 a 100% mais de perfuração. Na aplicação de perfuratrizes em céu aberto, usa-se marteletes para:

● Realizar a limpeza do furo;

● Executar furos;

● Perfurar chaminés.

Operação das perfuratrizes: Aplicações Subterrâneas

Existem três tipos principais de perfurações para aplicações de trabalhos subterrâneos:

● Jumbos – usado para escavações de túneis e galerias, explotações por corte e enchimento, por câmaras e pilares;

● Perfuratrizes de furos longos em leque – para o método de câmara por subníveis;

● Perfuratrizes de furos longos de grandes diâmetros – para sistemas de crateras invertidas e câmaras por barco.

O que são os jumbos?

Os jumbos hidráulicos são equipamentos de perfuração com um ou vários martelos. Esses equipamentos podem ser rebocados ou autopropulsões.

Entre as suas principais atribuições, os jumbos realizam trabalhos subterrâneos de:

● Aplicação de parafusos de sustentação da rocha e perfuração transversal;

● Furos horizontais;

● Mineração por cortes e enchimentos;

● Expansão e avanços de túneis e galerias.

É importante destacar que os jumbos são pouco usados em esteiras, apenas em ocasiões que há pisos ruins, galerias estreitas, poucas curvas e inclinações entre 15º e 20º.

Por outro lado, os jumbos pneumáticos possuem velocidade média de 15 Km/h. Seus braços são acionados hidraulicamente, conforme sua variedade de modelos.

Perfuratriz pneumática: seus componentes e como funciona

Quando usar as perfuratrizes de furos longos em leque?

Os métodos de explotação: retirada, extração ou obtenção de recursos naturais, geralmente não renováveis, para fins de aproveitamento econômico – conhecidos como câmaras, pilares e afundamento por subníveis, são aplicados com frequência na mineração metálica.

Contudo, nesse tipo de explotação, as perfuratrizes de furos longos em leque perfuram com precisão de 20 e 30m, ascendentes ou descendentes, para o arranque de explosivos. Nesse tipo de serviço, é utilizado o emprego de martelos hidráulicos e hastes pesadas, que podem chegar a diâmetro de 102 e 115 mm.

Quando usar as perfuratrizes de furos longos de grandes diâmetros?

Esse procedimento se tornou parte de uma grande revolução na mineração metálica subterrânea, permitindo assim o emprego de grandes diâmetros e esquemas de perfuração, que traduzem em altos rendimentos e produtividades.

O método também possui baixos custos de arranque, e permite uma perfuração que oscilam entre os 100 e 200 mm em diâmetros.

E então, esse artigo te ajudou a entender mais sobre esse equipamento tão importante?


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