No processo de cristalização dos minerais, vários fenômenos são necessários para a formação dos minerais. Este artigo tem como objetivo apresentar, de forma breve, um dos principais fenômenos ocorridos no processo de formação dos minerais: a cristalização. Do ponto de vista prático, o estudo da cristalização é altamente relevante para a identificação e classificação dos mais diversos minerais, bem como para compreender suas propriedades e características específicas. Portanto, acompanhe esta leitura para entender mais sobre esse fascinante processo.
Da cristalização
Segundo Klein e Dutrow (2012), a cristalização ocorre quando o magma esfria, em um processo de equilíbrio entre a fusão e a precipitação dos cristais devido à diminuição da temperatura.
Primeiramente, o processo de cristalização começa com a formação do magma em zonas de subducção. Quando a placa subductada funde parcialmente o manto, os minerais presentes na placa também se fundem parcialmente e se incorporam ao magma.
Além disso, dependendo das condições de temperatura e pressão durante a subducção da placa, ocorre uma fusão parcial, gerando magmas com diferentes tipos de minerais.
Em seguida, devido à sua menor densidade, o magma gerado consegue migrar e ascender, podendo se alojar em câmaras magmáticas. Em zonas de divergência, geralmente debaixo do oceano ou em hotspots (fraturas no interior das placas tectônicas), o magma esfria e solidifica.
No entanto, durante o processo de acomodação ou migração para a superfície através dos pontos de fraqueza, ocorre a cristalização do magma. Nesta fase, os minerais se cristalizam em uma ordem específica: os minerais com maior ponto de fusão cristalizam primeiro, seguidos pelos demais em ordem decrescente de ponto de fusão.
Diferenciações
A partir de diferentes condições físicas, os materiais que formam os cristais se organizam no interior da Terra por meio de processos chamados de difusões. Exemplos desses processos incluem:
- Diferenciação por gravidade: Os materiais mais densos e pesados tendem a se depositar no fundo, enquanto os mais leves se movem em direção à superfície e possivelmente cristalizam primeiro.
- Diferenciação por compressão: Neste processo, alguns materiais não se depositam de maneira convencional, formando uma malha de cristais consolidados, onde a compressão do magma favorece o crescimento de mais cristais.
- Diferenciação por difusão térmica: Esse processo ocorre quando as diferenças de temperatura dentro da massa magmática fazem com que os materiais dissolvidos se concentrem na zona de maior temperatura, enquanto os minerais cristalizados se acumulam na zona mais fria.
Ordem continua x ordem descontinua
Na ordem descontínua, a cristalização começa com a formação da olivina. Após a olivina se formar, o magma continua a subir e gera outros minerais. As olivinas, piroxênios, anfibólios e biotitas, ricas em magnésio (Mg) e ferro (Fe) e pobres em sílica, se cristalizam em temperaturas altas, superiores a 1000°C. Esses minerais são mais semelhantes ao magma de origem devido às suas altas temperaturas de cristalização.
Na ordem contínua, os únicos minerais que se formam são os plagioclásios, começando com a anortita como o primeiro a se cristalizar. Conforme o magma esfria, a anortita reage com o líquido e se transforma em plagioclásios mais ricos em sódio. Em seguida, os K-feldspatos se formam a partir de resíduos não consumidos nas formações anteriores, sendo ricos em silício (Si), potássio (K) e alumínio (Al). Se a pressão do líquido aumenta após a cristalização dos K-feldspatos, a moscovita pode se formar e cristalizar.
Continuando na sequência contínua, o quartzo é o último mineral a se cristalizar na escala de Bowen, pois funde em baixa pressão e temperatura. O quartzo, rico em sílica, é bastante diferente do magma original de sua formação. Além disso, é um dos minerais mais prevalentes na crosta terrestre, representando cerca de 12%.
Conclusão
Diante do exposto, entender a cristalização é essencial para compreender a formação dos minerais e a diversidade de minerais e rochas. As características do magma influenciam diretamente o tipo de mineral que se precipita.
Portanto, concluímos que a ordem de cristalização de Bowen é extremamente importante para a geologia e áreas afins. Ela permite uma análise mais profunda das condições necessárias para a ocorrência de determinados minerais, além de explicar o processo de formação e como a composição química do magma original influencia a cristalização.
Ficou interessado? Quer saber mais? Entre em contato com a gente por nossas redes sociais e tire suas duvidas.
Será um prazer atender você! Precisa de assessoria em seus serviços minerários? Interessado em nossos cursos? Entre em contato com a gente, aqui, nossa prioridade é você!