Mês: maio 2022

Qual a relação do minério de ferro e a China?

Você já se perguntou qual é o país que mais produz minério de ferro no mundo? Em quais setores eles utilizam toda essa matéria prima?  

Se você pensou na China, sua resposta está parcialmente correta. Se você quer saber com mais detalhes as respostas das perguntas feitas anteriormente, basta continuar conosco! 

O que é minério de ferro e para que ele serve? 

Em primeiro lugar, antes de começarmos a realmente entrar no tema de hoje, é preciso que você saiba o que é o minério de ferro e para que ele serve, porque isso facilitará muito o seu entendimento durante a leitura desse artigo. 

ENTENDA O QUE É MINÉRIO DE FERRO, REJEITO E BARRAGEM | BRASIL MINING SITE
Minério de Ferro. Fonte: Reprodução.

Bom, vamos lá, o minério de ferro é encontrado na natureza na forma de rochas, misturado a outros elementos. Por meio de diversos processos industriais com tecnologia de ponta, o minério é beneficiado para posteriormente ser vendido para as indústrias​ siderúrgicas. Ademais, ele é muito utilizado na construção de casas, na fabricação de carros e na produção de eletrodomésticos. 

Uma curiosidade muito interessante sobre o minério de ferro, é que apesar da China ser a maior produtora mundial deste mineral, é na mina Carajás situada no Norte do Brasil onde encontramos o mineral de maior qualidade do mundo! 

Serra dos Carajás - Geografia - InfoEscola
Mina Carajás. Fonte: T photography / Shutterstock.com. 

Então, agora que você já sabe o que é o minério de ferro e para que ele serve, podemos dar continuidade ao tema. 

Qual a relação da China com o minério de ferro? 

A pergunta que você deve estar se fazendo desde o começo do artigo é “O que a China tem a ver com a o mercado do minério de ferro?”, bom, como já mencionamos anteriormente, a China é a maior produtora deste mineral e por isso tem uma ligação direta com a produção e estabilidade comercial.  

Ainda pode estar um pouco confuso, mas explicaremos a seguir! 

O minério de ferro produzido na China é usado para fazer aço. Para entender a demanda de ferro, precisamos entender o mercado de aço.  

A China produz cerca de 60% do aço global e demanda uns 70% do minério de ferro global. Portanto, a demanda de aço da China é 37% property (como incorporadoras aqui no Brasil). Na imagem a seguir podemos ver onde a China usa o aço: 

China, minério e para onde vão as commodities agora
Gráfico de setores sobre a demanda de aço na China Fonte: Reprodução. 

De acordo com os especialistas existem uma série de fatores vem ocasionado a desaceleração dos preços do minério de ferro. Temos como alguns exemplos: o próprio movimento do governo chinês para derrubada dos preços, a partir da redução da produção de aço, seja para controlar a inflação ou até mesmo conter as emissões de carbono na atmosfera; a retomada econômica de países compradores além do esperado; e, mais recentemente, a crise da incorporadora Evergrande e uma consequente desaceleração da economia do gigante asiático, estão entre os motivos para oscilações na cotação – no curto e no médio prazo. 

A evergrande

Além disso, como a Evergrande se trata da maior construtora da China, acaba impactando toda a cadeia do aço e empurra os preços do aço e minério de ferro para baixo. Acredita-se que o governo não vai deixar a empresa quebrar, já que ela é muito importante, além de gerar muitos empregos e ter um papel importante na sociedade local. Mas, também é de conhecimento do governo chinês que com a queda no preço do minério de ferro, bem como de outras commodities, vai pressionar a balança comercial. 

Para ficar ainda mais claro para você, iremos falar sobre a queda na cotação de preço internacional vem sofrendo desde o ano passado até hoje. O insumo siderúrgico despencou abaixo dos US$ 100 a tonelada, pela primeira vez em mais de um ano, sendo comercializado na casa dos US$ 90. Em maio de 2021, a commodity chegou a valer mais de US$ 237. Desde então, a queda acumulada é de mais de 60%. Muito assustador! 

Exportações de minério de ferro no Brasil 

Para você ter noção, a queda da produção na China acaba impactando o Brasil também, e não é um impacto positivo, infelizmente.  

Em setembro de 2021, as exportações recuaram, no Rio de Janeiro as exportações de minério de ferro do Brasil desaceleraram, e em setembro registraram média diária de 1,346 milhão de toneladas no acumulado do mês até a terceira semana, contra 1,714 milhão de toneladas na primeira semana, dados apontados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

O recuo nas vendas externas da commodity, que haviam registrado em agosto o maior volume em 11 meses, ocorre em meio a restrições na produção de aço na China, que estão pressionando os preços da commodity. 

Minério de ferro: condição inédita da pandemia explica escalada do preço
Produção de ferro. Fonte: Reprodução. 

Em setembro de 2020, as exportações de minério de ferro somaram média de 1,784 milhão de toneladas diárias. Até a terceira semana, o valor do minério do Brasil embarcado foi em média de 124,2 dólares por tonelada, ante US$ 163,3 por tonelada em agosto. O valor, no entanto, permanece bem maior que o registrado em setembro de 2020, de US$ 82,9 por tonelada. 

Em receitas, os embarques somaram US$ 2 bilhões, versus US$ 3,108 bilhões na mesma base de comparação. 

Os efeitos da queda

O recuo das vendas externas vem em um momento em que a Vale, principal exportadora do Brasil e uma das maiores produtoras globais, reduziu a previsão de capacidade produtiva de minério de ferro para o fim deste ano, que atingirá agora 370 milhões de toneladas, contra 400 milhões previstas anteriormente 

Conforme uma apresentação feita a investidores, a mudança de previsão se deve a atrasos em projetos, incluindo no Sistema Norte, onde está sua principal mina. Atualmente, a capacidade é de 335 milhões de toneladas. 

Enfim, o minério de ferro vem passando por tempos difíceis na China e podemos fazer uma suposição de que esta situação não mudará tão cedo, pois o país quer diminuir a emissão de carbono. Mas, essa suposição pode falhar, e é por isso que precisamos ficar atentos as novas notícias. 


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Entenda o que são os minerais de evaporitos

Você conhece ou já ouviu falar nos minerais de evaporitos? Apesar do nome e da formação dos minerais evaporíticos não serem muito conhecidos, eles são de grande importância e bem utilizados no mundo todo. Se você não conhece, não se preocupe, vamos conhecer agora! 

O que são evaporitos e minerais evaporíticos e onde são formados? 

Bem, os evaporitos são rochas sedimentares compostas por minerais salinos, minerais estes que são depósitados por precipitação química de salmouras (são soluções de água com grande concentração de sal, e em altas condições de evaporação e precipitação). Assim, nessas condições, são gerados os minerais de evaporitos.

Como falamos agora a pouco, os minerais de evaporitos são formados a partir de uma evaporação intensa de determinadas substâncias e alta evaporação do solvente, podendo também ser formados em ambientes marinhos ou em lagos salinos em áreas continentais.  

Mar Morto é considerado o maior spa natural do mundo
Lago salino: Mar Morto. Fonte: Reprodução. 

Os principais elementos formadores de minerais evaporíticos são: 

  • Cloro (Cl) 
  • Sódio (Na) 
  • Potássio (K) 
  • Enxofre (S) 
  • Cobalto (Co) 

Uma outra informação importante sobre a formação dos minerais de evaporitos é que quando ocorre este processo de evaporação, a precipitação segue uma certa ordem prevista. Primeiramente ocorre a saturação dos elementos menos solúveis e assim depois os elementos mais solúveis são saturados, legal, não é? 

Os primeiros minerais que tendem a se formar são os carbonatos. Posteriormente são formados os minerais de sulfeto de cálcio, que com a mudança da pressão e da temperatura podem se transformar em um outro sulfeto de cálcio. Seguindo o processo de concentração das salmouras, quando essa concentração chega a 27% são precipitados os cloretos de sódio. E depois são precipitados sais complexos de potássio e magnésio. 

Quais são os minerais de evaporitos? 

Agora que já contamos para você a ordem que ocorre a precipitação dos minerais evaporíticos, com certeza você, assim como nós, deve estar querendo saber quais são esses minerais, e nós vamos falar agora! 

Seguindo a ordem de precipitação anteriormente dita, os minerais formados são: 

Calcita, Aragonita e Dolomita: Carbonatos 

Esses são os minerais que antecedem a deposição de evaporitos, primeiramente ocorre a formação da Calcita e da Aragonita e posteriormente pode ser formada a Dolomita. Isso acontece quando a solução tem aumento de salinidade, já que nesse processo ocorre o aumento do magnésio. 

Dolomita - Materiais Didáticos
Dolomita. Fonte: Geociências USP. 

Gipsita e Anidrita: Sulfetos de Cálcio 

Após a deposição das lâminas de carbonatos é formada a Gipsita e, posteriormente, com ocorre a perda da água na composição desse mineral é formada a Anidrita. 

Gipsita - Materiais Didáticos
Gipsita. Fonte: Geociências USP.  

Halita: Cloreto de Sódio

Às vezes se precipita quase junto a gipsita e a anidrita. Sendo a mais comum entre os sais, a Halita é bastante utilizada como sal de cozinha e na fabricação de soda cáustica, inseticidas e conservantes. 

Halóides - Materiais Didáticos
Halita. Fonte: Geociências USP. 

Carnalita: Cloreto de Magnésio e Potássio  

Esse mineral é, geralmente, precipitado após os sais de halita, se formando de forma intercalada com suas lâminas. Geralmente os cristais da Carnalita são mais grossos, mas também podem se formar em cristais finos. 

Clerisvaldo B. Chagas: CARNALITA
Carnalita. Fonte: Reprodução. 

Taquidrita: Cloreto de Magnésio e Potássio

Esse mineral de fórmula bem parecida com a carnalita, a taquidrita é considerada uma variedade da carnalita. Esse mineral é formado quando a salmoura está altamente concentrada, cristalizando assim, no final da precipitação. A taquidrita quando exposta em temperatura ambiente é dissolvida rapidamente.  

Silvita: Cloreto de Potássio

De origem secundária, a silvita é formada pela solubilização dos compostos da carnalita. A silvita tem grande importância para a indústria, por causa da sua estrutura química de cloreto simples. 

Silvina – Wikipédia, a enciclopédia livre
Silvita. Fonte: Reprodução. 

Diferenças dos minerais evaporíticos 

Como falamos acima, os minerais de evaporitos seguem uma certa ordem de cristalização, e isso se dá principalmente pelo nível de concentração de matérias e pela variação da temperatura nas salmouras, com isso haverá também variação na evaporação da água. Esses fatores influenciam muito a estrutura química dos minerais que serão formados, assim ocorre a variação de dureza, cor e outras características, como até mesmo o sabor. 

A importância dos minerais de evaporitos  

Você já pôde perceber que alguns minerais de evaporitos são bastante utilizados no dia a dia da sociedade, como por exemplo a halita (cloreto de sódio) que é bastante utilizado, seja para conservação de alimentos, seja como um dos principais temperos da culinária. Os minerais evaporíticos são aplicados em vários segmentos da indústria, como por exemplo na fabricação de produtos de limpeza e de dedetização.  

Além disso, você sabia que esses minerais também têm sua importância quando entramos na área de petróleo? Pois é, o sistema petrolífero necessita da impermeabilização para que haja o seu acúmulo e retenção, e é aí que os sais entram. Apesar dos sais serem solúveis, eles se tornam impermeáveis após a diagênese, formando as bacias sedimentares, que condicionam fortemente a migração e acúmulo de fluidos, como o petróleo. 

Então, chegamos ao fim da nossa conversa sobre os minerais de evaporitos. Hoje discutimos informações importantes sobre a formação, estrutura e aplicação dos minerais de evaporitos., esperamos que tenha gostado.


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Conheça a história da mineração no Brasil

Você tem ideia sobre como a história do Brasil foi impactada com a mineração dos recursos naturais? Como a descoberta de reservas de ouro ressignificaram as riquezas locais? Então, neste artigo abordaremos sobre a mineração no Brasil falando sobre momentos importantes que geraram impacto no país e transformou a vida, não só dos brasileiros, mas como também a vida de outros povos. 

Primeiras ocorrências da mineração de minérios no país 

Um fator importante para o início das descobertas de minérios no solo brasileiro foi o problema ocorrido na exportação de outro bem natural: o açúcar. Isso ocasionou uma grave crise no século XVII. Com isso, a atividade agropastoril foi deixada um pouco de lado e surgiram as migrações para regiões mais ao interior do país, a fim de explorar o solo. 

Cerca de 30 anos depois, a intensificação das expedições, que infelizmente trouxera mais cobranças aos índios e também destruições de quilombos, teve êxito. Foram encontradas enormes reservas de ouro em Minas Gerais, na região que ficou conhecida logo depois como Vale do Ouro Preto, atraindo centenas de bandeirantes paulistas e aumentando a riqueza do local. 

Posteriormente, foram encontrados mais reservas de ouro em Goiás e no Mato Grosso, onde eram encontrados inicialmente em forma de aluviões, nós já falamos sobre aluviões em um outro artigo, caso queria saber mais clique aqui!  

Com essas novas descobertas tivemos então, a época denominada de Mineração Colonial do Brasil, intensificando ainda mais a migração de pessoas de outras regiões da colônia e de Portugal para essas áreas, e também muitos nativos e africanos escravizados que foram obrigados a realizar as atividades minerárias, compondo a base da mineração no Brasil. 

O extrativismo mineral se tornou então, a principal atividade econômica do Brasil no século XVIII. 

Ouro no Brasil: Entenda como está a exploração desse minério.
Figura 1: Ouro. Fonte: Reprodução.

O ciclo do ouro 

No final do século XVII, o Brasil passava a ter como sua principal atividade econômica a extração e exportação de ouro, como falamos anteriormente, sendo assim, uma fase de esperança para Portugal, o seu colonizador, que sofria dificuldades econômicas por conta da má administração e de desastres naturais. 

Nessa época, as jazidas que foram encontradas em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás foram divididas em lotes auríferos para a exploração. Com isso, a população do Brasil também crescia, aumentando de 300 mil para 3 milhões de pessoas aproximadamente. E, a fim de fiscalizar melhor as regiões de mineração, a capital do Brasil deixava de ser Salvador e se tornava a cidade do Rio de Janeiro.  

Com o esgotamento das minas, o ciclo do ouro entrou em declínio no final do Século XVIII. 

Ciclo do Ouro
Figura 2: Ciclo do ouro. Fonte: Reprodução 

Consequências da mineração 

Durante o ciclo do ouro um outro fato que aconteceu foi a aumento do abuso e da dominação do Brasil pelos países europeus, isso devido aos altos impostos definidos pela coroa Portuguesa sobre os minérios extraídos, taxados pela Casa de Fundição. 

Para controlar os ganhos com a exploração e garantir o lucro para a coroa portuguesa foram criados alguns mecanismos, como: o Quinto, a Derrama e a Capitação. Com isso, a população brasileira sofria punições, cobranças e abusos políticos, que geraram vários conflitos, como por exemplo a Inconfidência Mineira. 

Com o fim do ciclo do ouro, parte da população foi sujeita a ficar à margem da sociedade devido à grande desigualdade econômica, essas pessoas precisaram recorrer a agricultura para garantir a sobrevivência. 

Principais áreas de mineração no Brasil 

Nos dias atuais, o Brasil continua firme na exploração de suas riquezas naturais, sendo um país com grande destaque no setor mineral mundial.  

A seguir, listamos as principais áreas de mineração no país hoje, por região. 

Norte: Pará, Amazonas e Rondônia; 

Nordeste: Bahia; 

Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; 

Sudeste: Minas Gerais e São Paulo; 

Como podemos ver, mesmo após séculos os locais com as primeiras jazidas de ouro continuam sendo explorados, não só devido as jazidas de ouro, mas também pela ocorrência de outros minérios. 

Importância da mineração para o Brasil 

A mineração do Brasil não só gerou impacto no período do Brasil Colônia, mas continua, ainda, sendo uma das atividades mais importantes para o desenvolvimento do país e também do mundo. 

Atualmente os principais minérios explorados no país de acordo a ANM são: ferro, ouro, cobre, manganês, estanho, níquel, nióbio e alumínio, onde somados chegam a aproximadamente 98% da produção mineral comercializada no Brasil. Eles são importantes obras primas para vários seguimentos da economia, seja do setor de construção, siderúrgico a até mesmo o farmacêutico.  

Além de atrair os investimentos nacionais e estrangeiros, a mineração brasileira, também é uma propulsora de empregos, sejam eles diretos, com profissionais atuando diretamente na extração mineral, e indiretos vindo através da indústria abastecidas pela mineração.  

Nesse artigo contamos sobre como se deu o início da mineração no país, seus impactos negativos e positivos. Então, muito interessante a história da mineração no Brasil, não acha?  

Mesmo com as várias consequências, a mineração continua sendo muito importante para o desenvolvimento de muitas outras áreas.


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Entenda como as cavernas são formadas

Conhece o ditado popular “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”? Um jargão utilizado para evidenciar a persistência por algo remete a um tipo de cavidade formada em rocha muito recorrente no planeta: as cavernas! Este tema é tão relevante que existe uma área específica voltada para as especificidades do tema, denominada espeleologia. 

De acordo com o Decreto N. 6.640, de 07/11/2008, caverna é “todo e qualquer espaço subterrâneo acessível pelo ser humano, com ou sem abertura identificada, incluindo seu ambiente, conteúdo mineral e hídrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, desde que tenham sido formados por processos naturais, independentemente de suas dimensões ou tipo de rocha encaixante”.  

Fique conosco e se aprofunde mais sobre este tema curioso e importante para setores como mineração e turismo. 

Caverna - tipos de Cavernas - Geologia - InfoEscola

Caverna. Fonte: Reprodução.  

Tipos de cavernas 

No senso comum da população, as cavernas são classificadas exclusivamente como buracos no subsolo, porém vamos descobrir que são muito mais que isso agora, definindo os vários tipos e como ocorre a formação dessas cavidades naturais. 

Cavernas Calcárias: É, sem sombra de dúvida, a classificação mais comum, ocorrendo em regiões de zonas carbonáticas. A ação da água da chuva tem um papel fundamental na formação desse tipo de caverna, pois o dióxido de carbono (CO2) absorvido pela água auxilia na formação do ácido carbônico diluído, solubilizando o calcário. Enquanto a água vai se espalhando e aumentando a zona de contato com a rocha, a caverna vai crescendo. É interessante falar que quando o crescimento da caverna é muito grande, existe o risco de desmoronamento, provocando o surgimento de dolinas (depressão circular em forma de funil que ocorre na superfície de terrenos calcários. 

Conheça a caverna com o maior cone calcário do mundo

Caverna de Calcário. Fonte: Reprodução.

Cavernas Marítimas: dependendo do movimento das marés, podem ficar completamente inundadas e a sua entrada escondida de todos os observadores que também não estejam submersos. Por outro lado, se o nível da água diminuir ou o assoalho se elevar, ela pode ser encontrada em um penhasco, acima da zona de erosão provocada pelo mar, ou mesmo vários quilômetros no continente, caso o mar tenha recuado de uma forma significante. 

As 10 cavernas mais fantásticas do mundo | Super
Caverna marítima. Fonte: Reprodução. 

Cavernas de Lava: são encontradas normalmente em áreas com atividade vulcânica. Elas não possuem os elementos comuns às cavernas calcárias e marítimas. A menos que a caverna esteja situada em uma região com alto índice de chuvas, ou tenha uma elevação muito baixa, ela pode ser completamente seca. Devido a formação das cavernas de lavas, raramente são encontradas entradas, a não ser quando ocorre escavações ou desmoronamento na rocha magmática. 

Visitando uma Caverna de Lava e a Blue Lagoon na Islândia – London, sô!

Caverna de lava. Fonte: reprodução. 

Podemos dizer que estas são classificações mais gerais das cavernas, levando em consideração o tipo de rocha envolvida no momento da formação, porém, existem outros tipos descritos por especialistas da área espeleológica que levam em consideração o tempo em que se constituíram em relação a formação das rochas. Temos como exemplo as cavernas primárias, secundárias, terciárias de colapso, etc.  

Formação das cavernas 

Como podemos perceber no tópico anterior, não existe somente um tipo de caverna e isso nos dá um leque de possibilidades para abordar. Primeiramente falaremos sobre as cavernas primárias, secundárias e terciárias. 

Primárias: a formação da cavidade rochosa é contemporânea à formação da rocha. Ou seja, a caverna originou-se junto com o processo de formação da rocha. Nestes casos, podemos citar as cavernas vulcânicas e as cavernas de corais. 

Secundárias: originárias após a formação da rocha. A formação mais recorrente é por abrasamento da rocha. Ou seja, há um desgaste na rocha, causado por um agente externo, como o vento ou a água de rios e chuvas. Quando o desgaste é causado pela chuva (ação da água ácida) existe uma classificação especial chamada carstificação, já que a maior parte das cavernas são formadas desta forma. Para acontecer esse processo são necessárias algumas condições especiais como a presença de rocha solúveis e um indicie pluviométricos elevado. As cavernas de gelo e glaciais também são consideradas de formação secundárias, pois há a ação da água (descongelamento) no interior. 

Terciárias: resultado da fratura de duas cavernas próximas e a junção em uma. Outro processo que causa a formação de cavernas é o movimento das placas tectônicas e são geralmente chamadas de cavernas de colapsos. 

Cavernas e a mineração 

No que diz respeito à área da mineração, as cavernas são um impedimento natural para as empresas que desejam explorar áreas próximas devido a instabilidade que uma instalação (maquinário, fluxo de pessoas e extração) pode causar. Para se ter uma noção do tamanho do problema, existe uma legislação dedicada exclusivamente para empresas que tem interesse em minerar em áreas localizadas próximas à cavidades naturais. No momento, a lei mais recente quanto à preservação de cavernas é o Decreto Federal Nº 6.640 de 7 de novembro de 2008 e a Instrução Normativa 2 de 30 de agosto de 2017 do Ministério do Meio Ambiente. São elas que orientam as empresas sobre as cavidades naturais na mineração e você pode ler mais sobre o assunto clicando aqui

Conclusão 

Um ponto interessante é a importância histórica e turística das cavernas para a humanidade, já que antigamente eram abrigos naturais para os seres humanos se protegerem de predadores e das condições climáticas e, atualmente, são procuradas por diversas pessoas que visam desfrutar das belezas que são encontradas somente nessas cavidades. 


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