Mês: dezembro 2020

Crátons e bacias sedimentares: o que são?

Com milhares de anos de idade e sendo portadoras de recursos importantíssimos para a subsistência humana, os Crátons e as Bacias Sedimentares carregam a história da Terra e guardam grandes depósitos minerais. 

O que são Crátons? 

Os Crátons são formações geológicas muito antigas caracterizadas fundamentalmente pela sua estabilidade, ou seja, suas atividades geológicas não são muito intensas e por isso não ocorrem terremotos. 

Mas se os Crátons são estáveis então eles não sofrem alterações, certo? Errado!

As alterações que eles sofrem estão relacionadas a fatores exógenos, fatores externos. É por esse motivo que sua estrutura é desgastada por fora devido as ações da água, vento e também do clima. 

Como e quando foram formados? 

Já que sabemos que os Crátons são estruturas muito antigas, que tal conhecermos melhor da sua formação? 

Falando mais especificamente, os Cratóns são originários do período Pré Cambriano (mais de dois bilhões de anos atrás). Eles foram formados basicamente por placas continentais, as quais não sofrem alterações de atividades vulcânicas e tectonismos há muito tempo.

Existem dois tipos de estruturas provenientes dos Crátons, são elas os escudos cristalinos (também conhecido como maciços antigos) e as bacias sedimentares (conhecida também como plataformas). 

Nesse primeiro momento você vai conhecer mais sobre os escudos cristalinos, mas acompanhe até o final para adquirir informações bem completas sobre as bacias sedimentares também, certo? 

Escudos cristalinos

Os Escudos Cristalinos são formações geológicas muito resistentes. Isso se deve ao fato de serem compostas por rochas magmáticas e metamórficas. 

Foram geradas no início da formação do nosso planeta, passando pelas etapas de resfriamento e solidificação, gerando as superfícies e posteriormente sofrendo intemperismo, dando origem aos escudos cristalinos que são hoje as rochas mais antigas da Terra.

Esse tipo de Cráton aflora na superfície e não são cobertos por outras estruturas geológicas. Além disso, por serem de origem muito antiga, os escudos cristalinos são grandes hospedeiros de recursos minerais. 

Crátons no Brasil 

O Brasil possui cerca de 36% do seu território formado por escudos cristalinos. Dessa porcentagem, 32% correspondem a terrenos formados no período arqueozoico e 4% a terrenos formados no proterozoico (nesses há uma ocorrência maior de ferro). 

Temos três áreas principais formadas por essas estruturas, são elas:

Escudo do Brasil Central – que fica localizado nas regiões central e norte; 

Escudo das Guianas – localizada no norte do país;

Escudo Atlântico  situado na região centro-leste do Brasil. 

Crátons e depósitos minerais 

Agora que você já sabe o que são os Crátons, seus tipos e como foram formados, vamos para outro tópico muito importante, que é a ocorrência de minerais nessas formações. 

Os Escudos Cristalinos são fonte de minerais metálicos e não metálicos. Dentre eles estão o granito, quartzo, ardósia, magnesita, amianto, feldspato, ouro, minério de ferro, cobre, níquel, cobalto, bauxita, estanho, cromo, chumbo e manganês. 

Dessa forma, grande parte das reservas minerais do Brasil é encontrada nesses maciços antigos. 

Exploração de minérios em escudos cristalinos 

Já vimos alguns dos minérios que estão presentes nos maciços antigos, agora veremos em quais locais do Brasil predomina a extração de alguns deles:  

Minério de Ferro: é explorado principalmente em Minas Gerais, no quadrilátero ferrífero e no Pará, na serra dos Carajás. 

Manganês: encontrado no Mato Grosso do Sul, no Amapá,  Minas Gerais e Pará; 

Cobre e Alumínio: Minas Gerais e no Pará; 

Bauxita: bastante explorado no rio Trombetas no Pará 

Bacias Sedimentares, do intemperismo à litificação. 

As Bacias Sedimentares são estruturas geológicas formadas a partir da deposição de sedimento em ambientes de depressão relativa ou absoluta (lembrando que depressão relativa é a forma de relevo caracterizada por ser mais baixa que as áreas que o rodeiam, no entanto não se encontram abaixo do nível do mar, enquanto as depressões absolutas são as formas de relevo mais baixas que se encontram abaixo do nível do mar). 

Com o passar do tempo, as rochas vão sofrendo ações do intemperismo e com isso são fragmentadas. A partir daí, esses fragmentos são transportados para as áreas mais baixas e vão sendo depositados. 

How Are Sedimentary Rocks Formed? - WorldAtlas
Rochas sedimentares Foto: reprodução

Em seguida os sedimentos são convertidos em novas rochas, através do processo de litificação. Isso acontece pois a cada nova camada de sedimento sobreposta, a pressão nas camadas anteriores vai aumentando, reduzindo o espaço entre os grãos e causando a sua compactação.  

Tipos de sedimentos 

Como a maioria das bacias se encontra no limite de placas tectônicas, a deposição de sedimentos é constantemente renovada.

Mas você conhece os tipos de sedimentos que as constituem? 

Então, os materiais podem ser de origem orgânica, de origem rochosa ou ainda assim matérias que são lançados pela água dentro da bacia. Numa explicação melhor temos que: 

Materiais de origem orgânica: são os materiais biológicos, originados dos fragmentos de conchas, restos de animais, recifes de corais, ossos, entre outros.

Materiais rochosos: são mesmo as rochas que passaram pelos processos de erosão e foram transportadas, depositadas e posteriormente reagrupadas.

Materiais lançados pela água: só acontece quando já existiu um lago ou mar no ambiente em que a bacia está situada.

Tipos de Bacias 

É importante saber que grande parte das bacias sedimentares se encontram no fundo do oceano, isso se deve ao fato dele ser o ambiente mais profundo do planeta que acumula a maior quantidade de sedimentos.

Os critérios para definir essas estruturas são a evolução tectônica, substrato da crosta e a localização quanto ao limite de placas.

Os tipos de bacias sedimentares são: 

Bacias de retroarco 

Bacias intracratônicas 

Bacias de pull-apart 

Bacias frontais 

Bacias intramontanhosas  

Bacias oceânicas 

Margens continentais 

Fossas de afundamento 

Relação do Petróleo e combustíveis fósseis com as Bacias 

Como vimos no tópico de tipos de sedimentos, os materiais orgânicos são compostos biológicos, animais mortos, conchas etc. E o que temos quando a matéria orgânica sofre processos de alta pressão e temperatura? Petróleo! 

Caso as temperaturas e pressão não sejam tão intensas, ocorrerá a preservação de alguns organismos mortos, que são os fósseis.  

Sendo assim, podemos definir que o Petróleo é armazenado nessas estruturas, nas suas camadas mais profundas e antigas. 

Além do Petróleo, temos também a ocorrência do gás natural e do carvão. O gás natural vem associado ao petróleo, ou seja, também é proveniente da matéria orgânica de origem animal e vegetal. Enquanto isso, o carvão é produto da matéria orgânica de origem vegetal. 

Todos esses compostos possuem grande aproveitamento econômico, pois como se sabe, o petróleo é refinado e convertido em diversos subprodutos muito presentes no cotidiano, como a gasolina, querosene, parafina, asfalto, o gás de cozinha (GLP), a nafta petroquímica que é a matéria prima para produção de plásticos etc. 

Bacias sedimentares brasileiras 

Cerca de 60% do território brasileiro são formadas por bacias sedimentares, elas podem ser divididas em três grupos: 

Bacia sedimentar de grande extensão: são exemplos a bacia Amazônica, do Paraná, Central e do Parnaíba. 

Bacia sedimentar de menor extensão: destacamos a bacia do Pantanal Mato-Grossense, bacia Litorânea, bacia do Recôncavo Tucano, do Rio São Francisco. 

Bacia de compartilhamento de planalto ou muito pequena: são as bacias de Curitiba, São Paulo e Taubaté. 

Bacias produtoras de Petróleo 

Já que o Brasil possui grande quantidade de estruturas sedimentares, não seria estranho saber que existem 9 bacias no território que são produtoras de Petróleo. Aqui segue a lista delas: 

• Campos – localizada no Rio de Janeiro, e é a maior produtora de Petróleo do país; 

• Espírito Santo – reserva de tamanho significativo, indo do Espírito Santo ao extremo sul da Bahia; 

• Tucano; 

• Recôncavo;  

• Santos – vai do litoral de Santa Catarina ao litoral do Rio de Janeiro; 

• Sergipe-Alagoas;

• Potiguar – do Ceará ao Rio Grande do Norte; 

• Ceará; 

• Solimões. 

Os Crátons e as Bacias sedimentares são tão importantes assim? 

Como vimos no decorrer desse artigo, os Crátons e as bacias sedimentares são dois elementos muito importantes para entendermos a geografia do nosso território atual e inclusive, para conhecermos a origem do nosso petróleo. 

O nosso Brasil é rico de estruturas sedimentares e ainda é composto por 9 bacias que estão espalhadas por todo o território. Sendo assim, podemos dizer que somos privilegiados, não é mesmo? 

Veja também: Mármores x granitos: quais as vantagens e desvantagens de cada um


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Lavra a céu aberto: conheça esse método e 10 incríveis minas pelo mundo!

A mineração é uma atividade presente no mundo inteiro. A utilização da lavra a céu aberto permite maior produção com menor custo e segurança nas operações. 

Quais são os tipos de lavra existentes? 

Sabemos que o objetivo da mineração é extrair minerais que sejam economicamente viáveis e aplicáveis nos diversos setores da sociedade, mas antes de falarmos especificamente sobre um dos métodos de lavra, precisamos definir do que se trata.  

A lavra é o conjunto de atividades que tem como objetivo o aproveitamento econômico e industrial da jazida.

Basicamente existem duas possibilidades de lavra, são elas a lavra subterrânea e a lavra a céu aberto. No entanto essas duas podem estar correlacionadas, sendo convertidas em cinco tipos: 

• A céu aberto; 

• A céu aberto, seguindo um estágio de transição de lavra subterrânea; 

• Subterrânea; 

• Subterrânea, podendo migrar para céu aberto;

• Simultânea, acoplando métodos de lavra a céu aberto e subterrânea. 

O que é lavra a céu aberto? 

Como o próprio nome sugere, a lavra a céu aberto ocorre a partir de operações na superfície, onde não há necessidade da expansão para o subsolo. 

Para a operação em céu aberto, os depósitos não necessariamente precisam estar expostos na superfície. Eles podem estar cobertos por uma camada de sedimentos,que a depender da espessura poderá ser operada nesse método. 

Quais os requisitos para utilização da lavra a céu aberto? 

A parte da seleção do método de lavra é uma das partes mais fundamentais no planejamento de uma mina. você pode conferir como funciona aqui.

A lavra a céu aberto será indicada sempre que as reservas se encontrarem próximas à superfície ou em pequenas profundidades. Veremos a seguir a metodologia utilizada para essa operação. 

Quais os métodos utilizados? 

São utilizados com maior frequência três métodos para as operações de lavra a céu aberto, são eles: 

• Lavra por bancadas (open pit mining); 

• Lavra em tiras ou fatias (strip mining/open cast mining); 

• Lavra de pedreiras (quarry mining/dimensionedstones mining). 

Aqui colocamos sua nomenclatura em inglês também, já que é muito comum encontrar dessa forma em outros artigos e livros. 

Confira a seguir cada um desses métodos. 

Lavra por bancadas  

Esse método é mais utilizado quando o minério está recoberto por uma camada relativamente grossa de sedimento. As bancadas são feitas horizontalmente na superfície. Em seguida a cava é realizada para alcançar os corpos mineralizados e o estéril dessa atividade é realocado para pilhas nas proximidades da cava. 

Esse método de lavra é comumente utilizado na extração de minerais metálicos. Além disso, é possível que o estéril seja depositado na própria cava, reduzindo impactos e ajudando na recuperação do ambiente explorado. 

Lavra a céu aberto
Lavra por bancadas (Foto: reprodução)

Lavra em tiras ou fatias  

Uma das suas principais características é seu poder de alta produtividade e um baixo custo, isso ocorre devido à utilização de grandes equipamentos. Inclusive, é possível que a produção dependa de uma única máquina desse porte. 

Nesse processo o estéril é removido com equipamentos como shovels e draglines e depositado em áreas que já foram lavradas.

Lavra em tiras. Fonte: Técnico em Mineração

Esse método é o mais indicado na exploração de minérios como bauxita, carvão e xisto betuminoso. 

Pedreiras 

Recebe essa denominação as minas que exploram os materiais de uso imediato na construção civil, como pedras para revestimento, britas, entre outros. Nelas também podem ser extraídas rochas ornamentais.

Essa atividade pode ser chamada de produção de granulados. Vale lembrar que essa técnica não utiliza escavações profundas e que o seu estéril necessita passar por tratamento antes de ser descartado. 

+ Como funciona uma pedreira e o que pode ser extraído nela

Vantagens e desvantagens da mineração a céu a aberto

Dentre as vantagens de se utilizar a lavra a céu aberto podemos citar: 

• Maior produtividade; 

• Menor custo operacional; 

• Menor limitação de peso e tamanho dos equipamentos;

• Utilização de equipamentos maiores que aumentam a produtividade; 

• Operações auxiliares mais simples; 

• Maior segurança; 

• Facilidade de observar e supervisionar as atividades. 

Por outro lado, essa metodologia também carrega algumas desvantagens, são elas: 

• O clima e o tempo influenciam nas operações; 

• O impacto ambiental e os custos de recuperação do ambiente são maiores; 

• Imobilização de uma grande área superficial com a lavra dos minérios e com a construção das pilhas e depósitos de estéreis e também das barragens de rejeitos.  

Alguns dos minerais e substâncias extraídos com esse método

Os principais produtos extraídos a partir da lavra a céu aberto são:

 • Areia; 

• Argila;

• Brita; 

• Cascalho; 

• Caulim; 

• Diamante; 

• Esmeralda; 

• Feldspato; 

• Mica; 

• Ouro; 

• Quartzo; 

• Talco; 

• Turmalina. 

10 das maiores minas a céu aberto do mundo 

A mineração é uma atividade presente no mundo inteiro. Algumas minas já foram exauridas e outras continuam em atividade mesmo depois de décadas sendo mineradas. 

Listamos as maiores minas do mundo em ordem decrescente e o que cada uma delas extrai, confira:

1. BinghamCanyon 

Mina de Bingham Canyon , também conhecida como a mina de cobre Kennecott
Mina de Bingham Canyon , também conhecida como a mina de cobre Kennecott. (Foto: reprodução)

É a maior mina a céu aberto do mundo e está localizada nos Estados Unidos, mais especificamente em Salt Lake City. Suas dimensões são cerca de 4 quilômetros de largura e mais de 1,2 quilômetros de profundidade. É uma grande produtora de cobre, onças de ouro, molibdênio e prata. 

2. Mir Diamond Mine

A mina  a céu aberto Mir, localizada no leste da Sibéria, já foi uma das maiores minas de diamante do planeta.
Mina a céu aberto Mir, localizada no leste da Sibéria, já foi uma das maiores minas de diamante do planeta. (Foto: reprodução)

Já inativa, essa mina foi operada durante 1957 e 2001, era responsável por uma grande extração de diamantes. Seu tamanho é de 1,2 quilômetros de diâmetro e 525 metros de profundidade. 

3. Kalgoorlie Super Pit 

A maior mina de ouro da Austrália: The Fimiston Open Pit, mais conhecida como Super Pit.  (Foto: reprodução)

Essa mina de ouro da Austrália é tão grande que pode ser vista do espaço. Possui 3,8 quilômetros de comprimento, 1,5 quilômetros de largura e 600 metros de profundidade. 

4. Kimberly  

Mina Kimberley também conhecida como "Big Hole".
Mina Kimberley também conhecida como “Big Hole”. (Foto: Pinterest)

Muito conhecida pela produção de diamantes, essa mina situada na África do Sul é a maior mina escavada a mão do mundo. Hoje em dia não está mais em funcionamento, mas seu tamanho é de 1,6 quilômetros de largura e chega a ter mais de 200 metros de profundidade.

5. Diavik  

Diavik Diamond Mine Canadian Northwest Territories
Mina de diamantes Diavik (Foto: Pinterest)

Outra mina de diamantes, localizada em uma ilha no meio do Lac de Gras, na região noroeste do Canadá, sua extensão é de 7 km.

6. Hull-Rust-Mahoning Mine 

Vista da mina Hull Rust

Conhecida como Hull Rust Mahoning Mine, essa mina era formado por mais de 40 propriedades separadas. (Foto: reprodução)

Essa mina está localizada em Minnesota nos Estados Unidos, funciona desde 1895 e já produziu 800 milhões de toneladas de minério de ferro. Seu tamanho é de 8 quilômetros de comprimento, 3,2 quilômetros de largura e 180 metros de profundidade.

7. Grasberg 

Mina Grasberg de Freeport, uma das maiores minas de ouro e cobre do mundo
Mina Grasberg de Freeport, uma das maiores minas de ouro e cobre do mundo. (Foto: reprodução)

Essa é a maior produtora de ouro do mundo, situada em Papua, província da Indonésia. Ela é uma das mais profundas tendo 550 metros de profundidade.

8. Chuquicamata 

Mina de Chuquicamata, Chile
Mina de Chuquicamata, Chile. É reconhecida em todo o mundo por sua importante produção na extração do cobre, labor que é anterior à dominação do Imperio Inca no território. (Foto: reprodução)

Essa mina fica em Santiago, no Chile. É uma grande produtora de cobre e tem extensão de 4,3 quilômetros de comprimento, 3 quilômetros de largura e mais de 850 metros de profundidade.

9. Udachny 

A maior mina de diamantes de Alrosa
A maior mina de diamantes de Alrosa (Foto: MINING.COM)

Grande produtora de diamantes, também localizada na Sibéria, sua atividade começou em 1971 e é uma das mais profundas do mundo.

10. Escondida Copper Mine 

Escondida, a maior mina de cobre do mundo

Escondida, a maior mina de cobre do mundo, caminha em direção ao uso de energia 100% renovável. (Foto: reprodução)

Essa mina está localizada no Chile, no deserto do Atacama e é responsável pela produção de cobre. Ela possui cava de 3,9 quilômetros de comprimento, 2,7 quilômetros de largura e 645 metros de profundidade. É a terceira mina mais profunda do mundo. 

A maior mina a céu aberto do Brasil 

O Brasil é um grande portador de recursos minerais, é considerado um dos países com maior potencial mineral do mundo. Além disso, é produtor de cerca de 70 minerais, sendo 21 deles do grupo dos minerais metálicos, 45 não metálicos e 4 energéticos. 

Por se tratar de um território muito extenso e abrigar mais de três mil empresas de mineração, obviamente alguma delas teria que ser a mais extensa.

Serra dos Carajás
Mina de extração de Ferro Carajás. Foto: T photography / Shutterstock.com

Nesse caso, a maior mina a céu aberto do país é a mina de Carajás, no Pará. Ela foi descoberta em 31 de julho de 1967 e é considerada a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, já tendo produzido mais de 150 milhões de toneladas de minério. 


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Você também pode se interessar: Guia de utilização: e que é e como requerer ou prorrogar

 

Top 10 minerais radioativos e suas aplicações

Uma das maiores descobertas da humanidade foi a radioatividade. Atualmente, a ciência, a economia e a tecnologia são as responsáveis pela extensa produção de estudos sobre os minerais radioativos.  

Os elementos radioativos são aqueles em que os átomos emitem, principalmente, radiação alfa, beta ou gama, na tentativa de tornarem-se estáveis. 

A possibilidade de aplicação é vasta, abrangendo áreas como: medicina, agricultura, indústria e a geração de energia elétrica.  

Então, iremos apresentar os 10 minerais radioativos e suas aplicações para que você fique por dentro desse assunto que é bem interessante.  

Terras-raras

Você sabe o que são terras raras ou metais de terras raras? 

Os minérios classificados dessa forma recebem esse nome por serem de difícil extração. 

Os minerais de terras raras são de grande interesse para a sociedade por dois motivos principais: possuem um alto valor estratégico e econômico e porque, muito frequentemente, apresentam importantes teores de elementos radioativos associados.

São conhecidos os elementos radioativos naturais:  

• Urânio (92 U)

• Tório (90 Th)  

• Polônio (84 Po)

• Rádio (88 Ra)

• Radônio (86 Pn)

• Actínio (89 Ac)

• Protactínio (91 Pa). 

Além disso, é preciso frisar que a demanda mundial por Elementos de Terras Raras (ETR) cresceu muito nos últimos anos devido aos avanços tecnológicos, principalmente nas áreas de energias alternativas e tecnologias da informação. 

O principal elemento radioativo utilizado para a produção de energia elétrica é o urânio.  

Urânio 

Você sabia que antes da descoberta da energia nuclear, o urânio tinha um leque de aplicações muito reduzido? 

Era utilizado apenas em fotografia e nas indústrias de fabricação de peças de couro, sola e madeira. 

Atualmente, o Brasil possui a quinta maior reserva de urânio do mundo, com aproximadamente 300 mil toneladas. Entre as reservas estão: 

• As jazidas de Itataia no Ceará, onde o mineral está associado ao fosfato e a rochas ornamentais; 

• A Lagoa Rela na Bahia; 

e outras jazidas menores, como: 

• Gandarela em Minas Gerais, onde há ouro associado ao Urânio;

• Rio Cristalino no Pará;

• Figueira no Paraná.  

O que oferece ao país segurança no que diz respeito ao suprimento de energia por via nuclear. Os principais minerais radioativos conhecidos são: Uraninita- ou Picheblenda, Torianita, Torita. 

Uraninita- UO2 

Uraninita, também é conhecida como pechblenda.
Uraninita, também é conhecida como pechblenda. (Foto: Reprodução)

Devido a reações naturais de decaimento do urânio, você encontra apenas pequenas porcentagens de óxidos de chumbo, tório, terras raras e traços de hélio.[Quebra da Disposição de Texto]Foi através da uraninita que o hélio foi inicialmente descoberto na Terra.

Hoje, a Uranita é a principal fonte do urânio, elemento de enorme importância para a geração de energia, mas também é utilizada na coloração de vidros e porcelana, na fotografia e como reagente químico. 

Características: Dureza 5,5, densidade entre 9-9,7, brilho entre submetálico e aparência de piche. Cor preta e traço preto acastanhado. 

Ocorre em rochas graníticas e em pegmatitos como constituinte primário. Como mineral secundário ocorre associado a minérios de prata, chumbo e cobre. 

Veja também: Radioatividade: da descoberta aos dias atuais

Torianita- ThO2 

Torianita
Torianita (Foto: Reprodução)

O óxido de tório tem várias funcionalidades. Você pode ser usar como um catalisador na indústria, como combustível em reatores nucleares, no cobrimento de fios de tungstênio para uso em alguns tipos de equipamentos eletrônicos,  entre outros.

Características: Cor entre o cinza escuro e o preto e possui brilho submetálico. 

É encontrado, principalmente, em pegmatitos e em seixos rolados nos cascalhos fluviais. Ocorre associado a torita, zircão, quartzo, feldspatos, ilmenita, cassiterita, allanita, flogopita, diopsídio, espinélio, entre outros. 

Torita- Th(SiO4) 

Torita
Torita (Foto: Reprodução)

O torita é um mineral raro,  encontrado, principalmente, em pegmatitos.

Pode ser utilizado como revestimento de fios de tungstênio, usado em equipamentos eletrônicos, em equipamentos de laboratório que são submetidos a elevadas temperaturas, como um catalisador, para produzir combustível nuclear, entre outras aplicações. 

É um mineral acessório em rochas ígneas félsicas. Pode ocorrer como mineral detrítico em sedimentos.  

Os minerais com os quais ocorre associado são: zircão, monazita, gadolinita, fergusonita, uraninita, itrialita, pirocloro, feldspatos, quartzo, entre outros. 

Características: Opaco, transparente, coloração alaranjada mais clara ou marrom escuro e brilho resinoso, gorduroso e/ou vítreo. 

Torbenita-Cu(UO2)2(PO4)2.12H2O 

Torbenita
Torbenita (Foto: Reprodução)

Como a autunita é um mineral secundário encontrado, principalmente, na zona de oxidação e intemperismo de depósitos de cobre com urânio.  

Ocorre preenchendo fraturas e cavidades em pegmatitos e em algumas rochas sedimentares, sendo resultado da alteração hidrotermal de uraninita e outros minerais de urânio. 

Ocorre associado a metatorbernita, autunita, zeunerita, uraninita, feldspatos, turmalina, quartzo, entre outros. 

Características: Transparente, translúcido, coloração verde claro e brilho subadamantino, nacarado, fosco, ceroso, vítreo.

Autunita- Ca(UO2)2(PO4)2.8-12H2O 

Autunita
Autunita (Foto: Reprodução)

A autunita é um mineral secundário derivado de minerais primários contendo urânio (forma-se sob condições oxidantes). Ocorre em fraturas, cavidades, veios e material de alteração de granitos, pegmatitos graníticos, gnaisses, sienitos, entre outros. 

Características: Dureza entre 2 e 2,5. A coloração é amarelo limão ao verde. É bastante comum e fluorescente sob a luz ultravioleta.

Ocorre associado à meta-autunita, torbernita, fosfuranilita, saleeíta, uranofânio, uranofânio-beta, sabugalita, feldspatos, turmalina, quartzo, etc. 

O mineral é extraído e comercializado para a obtenção de Urânio. 

Carnotita- K2(UO2)2(VO4)2.3H2O 

carnotita
Carnotita (Foto: Reprodução)

A carnotita é um mineral de origem secundária, sendo atribuído à ação das águas meteóricas sobre os minerais de urânio e vanádio. 

Características: coloração amarela, comumente encontrada como pó.  

Diferente de outros minerais secundários de urânio, a carnotita não é fluorescente.  

Possui forte poder de pigmentação. 

Samarskita (Samarskite-(Y)) 

Samarskita
Samarskita (Foto: Reprodução)

A samarskita é um mineral acessório em pegmatitos e granitos ricos em ETR (Elementos de Terras Raras), é comum, mas não abundante. 

Raramente ocorre como mineral detrítico. 

Amostras com alto teor de urânio. Ocorre associado a columbita, zircão, monazita, uraninita, aeschynita, magnetita, albita, topázio, berilo, granada, muscovita, biotita. 

Características: Opaco, coloração preta, cinza, amarelo amarronzado e/ ou marrom avermelhado e brilho fosco, resinoso, submetálico, vítreo ou esplêndido. 

Tyuyamunita- Ca(UO2)2(VO4)2.5-8H2O 

Tyuyamunita
Tyuyamunita (Foto: Reprodução)

A tyuyamunita é um mineral secundário,  formado a partir da oxidação de minerais de urânio e vanádio, comumente associado com barita, calcita e malaquita. 

Minério de urânio e vanádio. 

Características: coloração amarelo canário, amarelo limão, dureza 1,5 a 2, brilho vítreo a terroso e clivagem em uma direção. 

Sua vasta aplicação inclui avanços importantes no campo da medicina, podendo citar seu uso em tratamentos como a radioterapia, a braquiterapia. Além disso, na área dos diagnósticos é utilizada em radiografia, tomografia e mamografia, por exemplo. 

 Monazita 

Monazita-Ce 045
Monazita  (Foto: Reprodução)

O mineral monazita é um acessório bastante raro em pegmatitos graníticos e sieníticos, aplitos e, mais raramente em granitos e gnaisses graníticos.

Ocasionalmente,  você consegue identificar em veios hidrotermais associado com magnetita cortando mármores dolomíticos e outras rochas.

Como é um mineral resistente ao intemperismo químico, aparece em areias fluviais e marinhas. Também encontrado em carbonatitos e em rochas vulcanoclásticas.

Ocorre associado à zirconita, xenotímio, titanita, torita, allanita, columbita, wolframita (em pegmatitos, granitos); rabdofânio, cerianita-(Ce), florencita-(Ce), churchita-(Y), etc. 

Zircão 

Zircão 055
Zircão  (Foto: Reprodução)

O zircão ou zirconita é um mineral que pertence ao grupo dos nesossilicatos. 

Frequentemente encontra-se até 4% de Háfnio substituindo o Zircônio.  

Conter impurezas de urânio e tório.  

Características: pode ser incolor, forma mais rara, mas também amarelo, castanho, alaranjado, do azul ao azul violáceo e, principalmente, verde castanho e vermelho sombrio. Pode apresentar um brilho adamantino. 

É estudado rigidamente pelo seu potencial de te ajudar na datação através da análise do decaimento de seus elementos radioativos.

Devido ao alto ponto de fusão, é amplamente utilizado na indústria, como revestimento de moldes de fundição, ou na fabricação de blocos e tijolos


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Como funciona uma pedreira e o que pode ser extraído nela

Podemos comparar uma pedreira com uma mina céu aberto, onde rochas ou minerais são extraídos. Durante a extração, os trabalhadores cortam as pedras ou as explodem em pequenos pedaços. A extração de rochas é uma atividade de mineração que consiste na remoção de minérios da crosta terrestre. 

Desde a Idade da Pedra, o homem tem utilizado as rochas para o seu desenvolvimento. Ainda hoje, com o avanço da tecnologia, as rochas vêm sendo um objeto de grande importância em vários setores da sociedade, principalmente nas construções, requerendo cada vez mais um melhor processo de lavra nas Pedreiras. 

Você com certeza já ouviu falar sobre as pedreiras, não é? Mas você já se perguntou como funciona uma pedreira, o que pode ser extraído e por que é necessária a emissão do registro de extração para isso? 

Esse conteúdo guiará você no entendimento dessas questões, além de várias outras informações. 

Como funciona uma pedreira? 

Nas pedreiras, as pedras são extraídas por corte, furos ou por explosões. Dessa forma, para obter os blocos de pedras, os trabalhadores usam equipamentos que cortam ou furam as paredes rochosas. Os grandes blocos pesam toneladas, por isso, são cortados em pedaços menores antes de ser transportados. No caso das pedras britadas, os trabalhadores usam explosivos para arrancá-las das paredes da pedreira. 

Há pedreiras em quase todos os países do mundo, porque as pedras são um material de construção básico. Os blocos de pedras aparelhadas são usados em grandes construções, monumentos e esculturas. Também são usados em pontes, túneis e barragens, inclusive as pedras britadas são mais usadas para construir estradas e fabricar concreto. 

No entanto, para explorar uma pedreira é necessária autorização governamental, pois se trata de uma atividade que promove grande mudança ambiental e interfere em patrimônio federal (ou seja, que pertence ao governo do país). Por isso, se um dia você explorar uma pedreira, garanta sua autorização primeiro, certo? 

Veja também > Blaster: O que é, como ter a habilitação e os riscos de não ter esse profissional na sua equipe

Quais são os insumos extraídos? 

Os produtos de pedreira são: rachão, gabião, brita graduada, brita corrida, pedra (ou brita) 1, pedra (ou brita) 2, pedra (ou brita) 3 e pedra (ou brita) 4, pedra (ou brita) 5, pedrisco ou brita 0, pó de pedra e areia de brita. 

Brita ou pedra britada para construção civil é o produto do processo de cominuição de vários tipos de rochas. Brita é um termo utilizado para denominar fragmentos de rochas duras, originários de processos de beneficiamento (britagem e peneiramento) de blocos maiores, extraídos de maciços rochosos (granito, gnaisse, basalto, calcário) com auxílio de explosivos.  

Você também pode se interessar: Tratamento de minérios: como funciona o processo de beneficiamento

O desmonte de rochas e o registro de extração  

O desmonte de rocha em pedreiras é realizado por meio de explosivos. Embora, haja vários problemas de ordem ambiental, tais como ruído, ultra lançamentos e vibrações transmitidas à vizinhança, a utilização intensa de explosivos, no desmonte em pedreiras, está associado à eficiência da técnica e aos custos envolvidos, muito menores do que no desmonte mecânico. 

Para explorar os minerais oriundos do desmonte de rochas, é de fundamental importância o registro de extração que é uma declaração fornecida pela ANM (Agência Nacional de Mineração), este que é destinado à exploração de substâncias de uso direto para construção civil, e que é válido somente para pessoas jurídicas de direito público, como prefeituras e órgãos públicos, matérias como brita, saibro, areia, cascalho ou argila. Sob o decreto de Lei 3.358, de 02 de fevereiro de 2000. 

+ Registro de extração: o que é, quem pode requerer e como requerer


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Plano de Controle Ambiental: o que é e o que deve conter

Nos dias atuais, provavelmente, você já ouviu falar como o setor mineral sofre inúmeras críticas da sociedade por conta da sua relação com o meio ambiente. Neste artigo você vai entender um pouco mais sobre essa relação e como o plano de controle ambiental se encaixa como uma forma de reduzir os impactos negativos.

O Plano de Controle Ambiental (PCA) surgiu com a necessidade das empresas do ramo de extração mineral, a partir da resolução Conama 009/1990. Porém o PCA não é exclusivamente aplicado a área de extração mineral e sim a todo tipo de atividade industrial que possa impactar o meio ambiente.

O que é o Plano de Controle Ambiental?

 O PCA é um estudo elaborado conforme diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais competentes. São eles que identificam e propõem medidas mitigadoras quanto aos impactos ambientais que o empreendimento em questão irá causar.

No plano de controle ambiental deve estar exposto de forma clara, o empreendimento e sua inserção no meio ambiente com todas as medidas compensatórias e minimizadoras, com o intuito primordial de proteger o meio ambiente dos impactos causados pelo desenvolvimento de um empreendimento.

O PCA se assemelha a um estudo de impacto ambiental ou relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA), por ser um estudo simplificado. O objetivo é quantificar e qualificar possíveis danos ao meio ambiente em todos os aspectos tais como solo, água, emissões atmosféricas, entre outros e em seguida propor medidas de controle e mitigação.

Assim como no EIA/RIMA, todos os possíveis impactos ambientais que estejam relacionados às atividades produtivas do empreendimento serão levantados.

Quando é necessário o PCA?

Inicialmente, era necessário o plano em questão estar de acordo com a resolução CONAMA009/90 somente para a concessão da licença de instalação de atividade de extração mineral de todas as classes previstas no Código de Mineração, mas com o passar do tempo, o PCA tem se estendido até o licenciamento de diversos tipos de atividades produtivas potencialmente poluidoras, como abatedouros, fábricas de ração, entre outras.

Na maioria das vezes, o Plano é apresentado no momento da solicitação da licença de instalação e sua composição possui detalhes sobre o objetivo e metodologia de implantação do programa. Existem também dados sobre os custos e os profissionais necessários, além de contemplar formas de controle e monitoramento, prazo de execução e os indicadores de sucesso.

Empreendimentos que exigem o PCA

Bom, agora você já sabe que outros empreendimentos, além dos de extração mineral, necessitam realizar o Plano de Controle Ambiental. Mas quais são eles?

Confira logo abaixo, alguns dos empreendimentos que necessitam do PCA.

• Empresas de pequeno/médio porte;

• Sistemas de tratamento de água;

• Manipulação de carnes e derivados;

• Venda de produtos recicláveis;

• Fábricas de ração;

• Beneficiamento de materiais de plástico ou metais;

• Abatedouros;

• Avicultura;

• Empreendimentos de irrigação, entre outras.

É ele que prevê a atuação da equipe de supervisão ambiental. Essa equipe é a responsável pelo acompanhamento e documentação das diversas atividades que são pertinentes ao controle e monitoramento ambiental no decorrer da consolidação do empreendimento.

Elaboração do plano de controle ambiental

O que deve constar na elaboração do plano de controle ambiental?

Nesse momento você verá quais são as partes indispensáveis para a elaboração do plano de controle ambiental, que deve ser elaborado de acordo com a legislação ambiental vigente, além das normas técnicas que também devem ser aprovadas pelo órgão ambiental responsável pelo licenciamento ambiental do empreendimento.

Introdução: É uma breve explicação sobre do que se trata e a finalidade do documento. Deve constar também a identificação do empreendimento e a empresa responsável.

Objetivo: Nada mais é do que uma apresentação sucinta dos objetivos do PCA, falando sobre as propostas de medidas de controle, metodologias e responsabilidades. Na parte mais específica você deve identificar os impactos e medidas técnicas, ou não, de controle desses de acordo com parâmetros a serem estabelecidos.

Descrição do empreendimento: Aqui você deverá identificar a empresa com a razão social, atividade do empreendimento, endereço, responsáveis técnicos e legais, relatar área útil ocupada, descrição da atividade principal, número de colaboradores, jornada de trabalho prevista, consumo médio mensal de energia elétrica e água, etc.

Atividade desenvolvida na empresa: Nesse tópico entrará a descrição das atividades operacionais, detalhando as principais operações com base nas horas diárias e funcionários com seus respectivos cargos, as etapas dos processos operacionais envolvidos desde a origem da matéria-prima, entrada e saída como produto final, mostrar a rota de destinação do produto final, estocagem de matéria-prima e produtos finais. Uma boa maneira de descrever esse processo é através de fluxogramas, que facilitam a visualização de maneira clara e simplificada.

Diagnóstico ambiental: Consiste na área de influência direta (AID), que é o local do empreendimento e área de influência indireta (AII), a região de vizinhança afetada pelo impacto paisagístico, transporte, poeira, efluentes, ruídos e vibrações.

Aspectos e impactos ambientais: Aqui é feito a caracterização dos impactos ambientais gerados nos diferentes ecossistemas, dentre eles temos o solo, fauna, flora, água e ar. Impactos decorrentes das diferentes fases do projeto em função do depósito de rejeito, efluentes líquidos e sólidos gerados, sendo assim definindo a sua área de influência.

Medidas de controle e mitigação: Nesse momento você deve descrever medidas a serem tomadas, tanto de controle quanto mitigatórias dos possíveis impactos ambientais previstos, levando sempre em consideração a legislação vigente.

Dispositivos legais: Aqui deve conter todas as leis, resoluções e normas utilizadas para a elaboração do PCA. As esferas das legislações podem ser tanto municipais, estaduais ou federais.

Documentação cartográfica: Deve ter os mapas topográficos e planta planialtimétrica do empreendimento na região e da área de influência indireta.

Equipe técnica: Relação da equipe técnica responsável, com a assinatura e endereço e com as áreas de atuação de cada componente no relatório.

Conclusão: Por fim você vai concluir com o levantamento de todos os aspectos analisados e respectivos impactos com a elaboração de uma planilha detalhada com aspecto, descrição específica do impacto, origem, fonte, dispositivo de controle adotado, parâmetros de controle, frequência de vistorias e manutenção, instrumentos de controle e normas utilizadas.

Anexo: Nesta parte você demonstrará planos de controle dos impactos, licenças de operação de empresas envolvidas nas operações do empreendimento, zoneamento e outros documentos julgados necessários pelo responsável técnico.

Plano de Controle Ambiental bem sucedido 

Seguindo todos esses pontos é possível elaborar o plano de controle ambiental, logo é necessário destacar que o estudo para a confecção do PCA é imprescindível. O estudo deve ser realizado por profissionais devidamente capacitados e preocupados com o objetivo do seu negócio.

 Agora você já conhece boa parte das informações pertinentes sobre o PCA. Conte-me o que achou nos comentários e qualquer dúvida pode deixar registrada aqui embaixo e iremos te ajudar.

+ Leia também: PAE-Plano de Ação de Emergência: o que é e qual sua importância


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Relatório de Pesquisa Mineral: quais os tipos e o que devem conter

Sendo uma parte primordial do licenciamento mineral, os relatórios de pesquisa são documentos essenciais para conseguir a concessão de lavra.

Antes de falar do Relatório de Pesquisa em si, é importante saber sobre a Pesquisa Mineral, portanto se você ainda não leu nosso artigo sobre isso, você pode conferir aqui.

Existem dois tipos de Relatório de Pesquisa, o Relatório Parcial e o Relatório Final.

O Parcial é aplicado para descrever o processo de execução da pesquisa até metade do seu tempo. Enquanto o Relatório Final é um documento que deve ser entregue a Agência Nacional de Mineração (ANM) quando a Pesquisa Mineral é concluída.

Nele estarão contidas as informações sobre, principalmente, o corpo de minério: geometria, volume e teores médios. Além de como foi feita a pesquisa, as plantas de situação e informações sobre a área.

Qual sua importância e por que é realizado?

O Relatório de Pesquisa Mineral é a etapa crucial no processo de licenciamento mineral. Isso quer dizer que, quando se pretende explorar bens minerais em algum local, só será possível executar, de forma legal e sem estar sujeito a multas e irregularidades perante a lei, se as etapas forem cumpridas corretamente, e isso inclui fundamentalmente o Relatório Final de Pesquisa Mineral.

Por que você precisa realizar o Relatório de Pesquisa? É ele que comprova a existência da jazida no local. Sem ele não é possível dar continuidade para as próximas etapas de exploração.

O titular do Alvará de Pesquisa (concessão que acontece antes de se elaborar o relatório) é obrigado a realizar a pesquisa e posteriormente encaminhar para a ANM (antigo DNPM). Consta no Código de Mineração, Decreto Lei N° 227, de 28/02/1967, Artigo 22, Inciso V que a não entrega do documento implica em multa.

O valor da multa é reajustado constantemente e é aplicado levando em consideração cada hectare da área requerida.

Elaboração e prazos

Se você tem interesse na área da mineração, ou se ainda está começando a atuar na área, saiba que o código de mineração será seu grande aliado nessa jornada.

De acordo com ele, só quem tem autorização para elaborar o Relatório é o responsável técnico, ou seja, o Geólogo ou o Engenheiro de Minas, que esteja habilitado pelo CONFEA/CREA.

Os trabalhos de pesquisa devem começar dentro de 60 dias a partir da data que o Alvará de Pesquisa for publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O prazo de entrega do relatório é de 1 a 3 anos. O prazo depende, principalmente, do minério de interesse.

Quais informações devem constar no relatório?

Até agora vimos o que é o Relatório de Pesquisa, sua importância, elaboração e os prazos, mas agora adentraremos em um ponto muito importante. O qual irá te ajudar a conhecer melhor o conteúdo presente nesse documento tão importante.

O que essencialmente deve estar presente no relatório é:

• Informações a respeito das substâncias que foram pesquisadas;

• Localização do local onde ocorreu a pesquisa;

• Informações das vias de acesso ao local;

• Fisiografia local;

• Dados climáticos, hidrográficos, geomorfológicos e de vegetação.

Em relação à pesquisa na prática:

• Métodos utilizados;

• Equipamentos (caso houvesse necessidade);

• Características específicas da reserva (tamanho do corpo, geometria, teor e volume).

Além desses pontos, ainda entra um fator primordial: análise de viabilidade econômica da mina. Este é necessário no relatório por ser o indicador que mostra se a mina poderá ser executada e se terá lucros ou não.

Vale ressaltar também que é ponderado um valor médio de todos os gastos para iniciar e manter a mina ao longo da sua vida útil. Isso sem deixar de lado o plano de recuperação, que acontece quando a mina encerra suas atividades.

+ Direito a propriedade X direito de registro de pesquisa mineral

Julgamento do relatório pela ANM

Depois de apresentado à ANM, o relatório passará por uma análise da equipe técnica. Depois de alguns meses o resultado é publicado, é ele que definirá as próximas etapas a serem executadas.

A análise pode resultar em: aprovação, não aprovação, arquivamento ou adiamento.

A aprovação do relatório se da basicamente quando fica comprovada a existência da jazida. Por outro lado, a não aprovação não significa que não existe uma jazida, ela indica que houve alguma falha no procedimento, seja ela na pesquisa, na forma que foi apresentada ou até mesmo no momento da elaboração.

É o arquivamento do relatório que representa não existência da jazida. Quando isso acontece, a área que foi pesquisada fica livre para outro requerimento futuro.

Quanto ao adiamento, se lembra que anteriormente falamos sobre a necessidade de se fazer um estudo prévio de viabilidade econômica? Então, o adiamento é caracterizado pela impossibilidade de iniciar a lavra.    

Quando isso acontece, a ANM estipula outro prazo para ser realizado outro estudo de viabilidade econômica. Passando do prazo proposto a pena é o arquivamento do relatório.

Relatório aprovado, qual o próximo passo?

Quando o relatório é aprovado, tem-se o prazo de um ano para que a pessoa titular do alvará de pesquisa solicite a Concessão de Lavra. É importante destacar que para obter a Concessão de Lavra o titular precisa ser uma pessoa jurídica.

Se não for o caso, e o titular for uma pessoa física, este deve ceder os direitos do requerimento de lavra para uma pessoa jurídica (isso dentro do período definido, um ano).

Relatório não foi aprovado, quais as principais causas?

São muitos os motivos que ocasionam a não aprovação dos relatórios, e aqui você vai conhecer alguns dos principais:

• Aplicação de informações desnecessárias, que acabam não fazendo diferença (geologia regional exagerada e clima, por exemplo).

• Técnica incorreta de elaboração (textos mal escritos, deixando dúvidas ou gerando mais de uma interpretação).

• Interpretações que não levam a lugar algum ou deixam o analista do relatório com dúvidas (isso está comumente relacionado às análises químicas e físicas).

• Pesquisa de campo realizada sem abranger toda área ou deixando informações duvidosas do seu desenvolvimento em campo.

+ Autorização de pesquisa: tudo o que você precisa saber


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Registro de imóveis: entenda como funciona

Comprar um imóvel é um grande investimento, e por vezes, burocrático e caro. Entretanto, para que haja  a posse desse imóvel, é necessário ter  em mãos o registro de imóveis, que por sua vez, exige atenção para diversos detalhes. Se esse documento for feito de forma errada, pode invalidar o negócio realizado.

O que é o registro de imóveis

O registro de imóveis é uma etapa realizada após a busca, aquisição e elaboração de contratos iniciais de compra e venda.

Para fazer o processo, é necessário comparecer ao Cartório de Notas e de Registro de Imóveis. Antes mesmo da compra, é preciso realizar uma pesquisa para verificar a situação do bem para ter certeza que ele não está envolvido em algum empréstimo ou financiamento.

Esse documento serve para transferir o imóvel para o seu nome. Somente dessa forma você se torna real proprietário, com cumprimento das questões legais. Ao fazer esse processo, ele passa a constar da matrícula do imóvel. Nesse caso, o nome do vendedor é excluído e o seu, do comprador, é acrescentado. Devido a essa característica, o registro é um documento fundamental para ambas as partes envolvidas na negociação.

O processo do registro

Antes de você ter em mãos o registro de imóveis, é fundamental entender como funciona o contrato de imóveis e o todo seu processo.

Um contrato de imóveis é o documento que formaliza a negociação entre o vendedor e o comprador e contém todas as informações relevantes sobre o imóvel e os envolvidos na negociação, para que qualquer pessoa entenda a transação quando fizer a leitura do documento. Depois de emitir e assinar a escritura, é necessário envia-la para o cartório de registro.

O registro de imóveis é o documento que transfere a titularidade de um imóvel. Quando a transferência é feita, o comprador passa a ser responsável pelo pagamento do IPTU e pode, por exemplo, reforma-lo ou vende-lo.

É importante salientar que caso o imóvel seja financiado, só será possível fazer o registro quando o bem estiver totalmente quitado.

Registro de imóveis e georreferenciamento: qual a relação?

Com o registro de imóveis em mãos, agora é só resolver o que você irá fazer com a sua propriedade, casa ou apartamento. Se o seu caso for um terreno, é de suma importância que busque fazer o serviço de Georreferenciamento, que nada mais é do que um mapeamento da sua área.

Registro de imóveis x escritura

Comprar um imóvel demanda de um grande investimento financeiro. Portanto, assim como qualquer outra aplicação, essa transação precisa obedecer a diversas regras. Por isso, é muito importante entender a diferença entre escritura e registro de imóvel.

A grande diferença entre esses dois documentos é que a escritura apenas formaliza a venda e cria um titulo hábil a transmissão da propriedade do imóvel, e o registro transfere definitivamente a titularidade do imóvel ao comprador e com ela, todas as obrigações acessórias como o IPTU, o pagamento do condomínio etc.

Concluindo…

Por fim, entende-se que o registro imobiliário é o documento que transfere a titularidade de um imóvel. Fica na obrigação do comprador fazer com que após a assinatura da escritura (ou contrato), é necessário encaminhá-la ao cartório de Registro de Imóveis competente para a que a transferência de propriedade seja registrada na matrícula do imóvel.


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