Mês: abril 2022

Conheça as maiores minas de Ferro do Brasil

Você sabia que o minério de ferro tem uma importância histórica? Bom, se não sabia, agora te digo que ela foi essencial no desenvolvimento da humanidade, com indícios de uso desde a Pré-História. Interessante, não é mesmo? Então continua a leitura que tem muita coisa legal pra você descobrir, vamos lá!

História e aplicações do minério de ferro

Bom, como dito anteriormente, o minério de ferro tem indícios de uso, há cerca de quatro milênios a.C., na Pré-História. Foram descobertos alguns objetos de ferro em explorações arqueológicas na pirâmide de Gizé, no Egito e na China.

Além disso, o ferro é a matéria-prima do aço, que é usado na produção de ferramentas, máquinas, veículos, linhas de transmissão de energia elétrica, como elemento estrutural para a construção de edifícios e casas, além de possuir uma infinidade de outras aplicações. Estima-se que a utilização do aço remonta há cerca de 2550 anos a.C.

No cenário mundial, o Brasil é um dos maiores produtores de minério de ferro, sendo que os principais estados produtores são: Minas Gerais e Pará. Diante disso, trouxemos algumas das maiores minas de minério de Ferro presentes no Brasil para fins de curiosidade e aprendizado.  

Quais as maiores minas de ferro no Brasil?

Mina Serra Norte: Essa mina pertence à empresa Vale e faz parte do grande complexo mineral da Serra dos Carajás, uma grande cordilheira presente no estado do Pará e por conta de sua enorme extensão essa serra se subdivide em regiões, denominadas: Serra Norte, Serra Sul, Serra Leste, entre outras. Dando ênfase a Serra Norte, esta fica situada no município de Parauapebas-Pa, nela temos a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, com o maior teor de ferro e mínima concentração de contaminantes, sendo responsável pela produção de 150 milhões de toneladas de ferro ao ano.

Serra dos Carajás; fonte: Reprodução

Mina Serra Sul: Também pertencente à empresa Vale, essa mina está localizada na Serra dos Carajás, no município de Canaã-Pa, essa mina também é responsável pela extração do minério de ferro, tendo produzido cerca de 58.000.00 de toneladas no ano de 2018. Sua forma de operar se utiliza do sistema de “truckless”, um sistema de manuseio de minério de ferro que não utiliza caminhões para levar o minério para os britadores (máquinas responsáveis por receber o material lavrado, fragmenta-lo e depositá-lo nos transportes móveis). Dessa forma, graças a esse sistema a operação tem maior eficiência e menor impacto ao meio ambiente, já que todo o processo de beneficiamento do minério de ferro é feito a umidade natural dispensando o uso da água, o que diminui o consumo de água e energia, além de eliminar o uso de barragens de rejeitos.

Truckless; fonte: Reprodução.
Mina Serra Sul; fonte: Reprodução.

Mina Serra Leste: A mina de Serra Leste está localizada no município de Curionópolis-PA, ela é propriedade da empresa Vale e entrou em operação no ano de 2014. A mina aumentou a produção de minério de ferro dos tipos fino e granulado do complexo de Carajás, nela é utilizado o processo de beneficiamento a seco (umidade natural) que garante um menor consumo de água e contribui para a redução dos custos operacionais, assim como a redução do impacto ambiental.

Mina Serra Leste; fonte: Reprodução.

Mina do Sapo: Essa mina pertence à empresa Anglo American e está localizada na cidade de Conceição do Mato Dentro-MG. No ano de 2016 essa mina passou por um processo de expansão com a implementação do sistema Minas-Rio, uma operação entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro com a finalidade de exportar o minério de ferro fazendo uma total integração entre a mina, a usina de beneficiamento, o mineroduto e o terminal dedicado no Porto de Açu-RJ. Sua produção no ano de 2018 foi de cerca de 40.400.00 toneladas de ferro.

Mina do Sapo, fonte: Reprodução.

Mina Casa de Pedra: Uma das mais antigas minas ferro em operação no Brasil, ela pertence à empresa CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), está localizada na cidade de Congonhas-MG e detém mais de 6 bilhões de toneladas em recursos e 3 bilhões de toneladas em reservas. Essa mina possui atualmente uma capacidade de produção de 30 milhões de toneladas por ano e os produtos resultantes do processo de beneficiamento são: granulado (tem granulometria entre 6,3 mm e 31,7 mm e forma irregular), sinter feed (partículas com tamanho variando entre 0,15 mm e 6,3 mm) e pellet feed (partículas finas, com granulometria abaixo de 0,15 mm).

Mina Casa de Pedra; fonte: Reprodução.

E aí, já conhecia alguma dessas minas que mencionamos aqui? Sabia que a maior mina de ferro a céu aberto do mundo fica aqui no Brasil?

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Areia: de onde vem, como é extraída e onde é aplicada.

Você já parou para pensar de onde vem a areia que vemos diariamente em construções, ou até mesmo como foi formado aquele monte de areia que vemos em praias, rios ou dunas?  Se sua resposta for não, é comum! A areia está tão presente no nosso cotidiano, e há tanto tempo que nem nos questionamos sobre sua origem. 

Mas agora vamos conhecer um pouco sobre esse material tão importante para diversas construções e que também está presente em paisagens belíssimas que só são compostas por areia, como os parques de dunas. Então vem com a gente! 

De onde vem? 

Bem, de antemão é importante saber que existe uma variação de areias, por isso sua composição, local de ocorrência, e aplicação podem também variar.  Por isso, vamos falar separadamente de alguns tipos de areia. 

De que é formada? 

De maneira geral a areia é formada por uma série de minerais e rochas em grandes quantidades e em tamanhos bem pequenos, ou seja, a areia é formada de grãos de minerais e rochas. 

Abaixo você poderá ver a variação de minerais na areia: 

Figura 1: Areia. Fonte: reprodução. 

Areia de construções 

A areia de construção é, em sua maior parte, composta por quartzo, mas pode também conter outros tipos de minerais, como feldspatos, magnetitas, micas e outros, e isso vai depender da composição da rocha que sofrerá a fragmentação e dará origem a areia. 

A NBR 7211 determina que a areia para concreto deve ser composta por grãos pequenos que devem passar por peneiras de aberturas de malhas com no máximo 4,8 milímetros. 

A área de construção faz o uso tanto de areias naturais quanto não-naturais. A seguir alguns tipos de areia de construção: 

– Areia Lavada: esse tipo de areia é o mais utilizado em construções. De origem natural, a areia lavada é obtida nos leitos dos rios utilizando dragas de sucção, que suga a mistura de água e areia e faz a separação das duas, isso é possível devido a divergência de densidade. Após esse processo, o material sólido é peneirado, para separar a areia de outros materiais sólidos que não serão aproveitados, como a vegetação que estava no local, ou sujeiras que foram depositadas no rio. 

Figura 2: Draga de sucção (Brasil Mining Site). Fonte: reprodução. 

Após isso, a areia é levada para a comercialização e passa por um processo de separação, quanto ao tamanho dos grãos. 

Outro tipo de areia natural que é utilizada é a areia extraída de minas através do método de cava seca. Após a extração, a areia extraída da mina também é peneirada, separada por seus grãos e finalmente comercializada.  

Para fazer a extração da areia e outros materiais utilizados na construção é necessário obter o registro de extração, mas já falamos sobre essa licença em outro artigo, para saber mais clique aqui

– Areia Usinada: também chamada de areia industrializada ou de brita, esse tipo de areia é formado com a britagem, fragmentação de rochas, e por passar por esse processo de fragmentação, a areia é considerada como artificial. 

Esse tipo de areia vem ganhando cada vez mais espaço na construção civil, devido ao esgotamento de jazidas e de restrições quanto à exploração de rios. Além disso, é uma boa opção devido a causar bem menos impactos ambientais, já que a areia usinada é um subproduto da extração de brita. 

– Areia Reciclada: essa é uma outra saída para evitar mais impactos ambientais, já que a areia reciclada, é formada a partir da moagem e separação de materiais de demolição, entulhos e outros resíduos de construção de classe A, gerando assim os agregados reciclados. 

Essa areia possui a mesma composição que a areia lavada, exceto pela possível presença de cimento. 

A NBR 15116 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção, restringe o uso da areia reciclada apenas para os concretos e argamassas não estruturais, como assentamento de alvenaria de vedação, calçadas, contrapisos e revestimentos. 

– Areia de Aterro: esse tipo de areia pode ser obtido igual a areia lavada ou igual a areia reciclada, a diferença se dá no tratamento que elas irão ter. A areia de aterro quando obtida através de exploração de rios ou minas não passa pelo processo de filtragem após a decantação, por essa razão ela possui diferentes granulometrias e pode conter impurezas. 

Já quando obtido através de reciclagem dos materiais de construção, a areia de aterro também passa por moagem, mas agora contendo os materiais de classe B, como madeira, gesso, entre outros. 

– Areia da Praia: a areia da praia também é formada a partir da fragmentação de rochas, devido a diversos fenômenos e até seres vivos presentes no ambiente, com isso as rochas vão sendo transformadas em tamanhos cada vez menores. 

Figura 2: Areia de praia. Fonte: superinteressante.

Mais uma informação importante é que a areia da praia, assim como a areia de dunas, não é indicada para o uso em obras civis, já que há uma grande quantidade de sal e tem granulação irregular. 

O sal, principalmente, é um fator que impossibilita a fabricação de argamassas e contratos, por que impede que a secagem ocorra corretamente. 

Leia também: Conheça os minerais mais usados na construção civil 

Como a areia é utilizada?

Como falamos no começo, a areia é vista facilmente em diversos lugares, sua principal utilização é em obras de construção, mas naturalmente também usufruímos delas em praias, rios e dunas.  Enfim, chegamos ao fim desse artigo, esperamos que tenha gostado e absorvido o conteúdo.  Você já sabia como a areia era extraída, e quais os tipos que existem? Conta para nós! 


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A corrida pela mineração espacial: como anda e quem lidera


Você já deve ter ouvido falar por aí que existem empresas que querem ir para o espaço, para realizar atividades de mineração. Parece algo distante e acima de tudo, uma loucura, não é?

Imagine só, você no espaço minerando platina!

Um fator importante que leva os empresários a quererem investir na mineração espacial, é que algumas matérias primas presentes no planeta Terra estão perto de se esgotarem, e por isso, é necessário já pensar em um novo plano de ação.

Enfim, se você deseja saber quem são as pessoas e os países que estão na corrida espacial, quais minerais que podem ser explorados, além de outras informações interessantes, convidamos você a continuar conosco!

Figura 1: imagem ilustrativa de uma máquina de mineração espacial. Fonte: reprodução.

O que é mineração e qual a sua importância?

Antes de tudo, para que você entenda bem sobre a mineração espacial, é importante que você saiba com clareza o que é a mineração e para que ela serve.

Então, a mineração é tida como uma atividade que consiste nos processos de pesquisa, exploração, extração e beneficiamento de minérios. Além disso, ela tem suma importância nas mais variadas áreas da sociedade, como na construção de eletrônicos, cosméticos, materiais de construção, e mais uma infinidade de coisas. Assim, se você está lendo esse artigo, é graças a mineração, pois seu aparelho telefônico está cheio de minerais!

Enfim, agora que você já sabe o que é a mineração e a importância dela, podemos realmente falar sobre a mineração espacial.

Do que são formados os asteroides?

Até o momento sabemos que as empresas desejam os minerais presentes na Lua e nos asteroides.

Bom, também é importante saber a definição de asteróides e qual sua composição. De maneira geral, os asteroides são corpos celestes que orbitam o Sol e que são muito pequenos para serem considerados planetas. Eles se concentram entre Marte e Júpiter, região denominada de cinturão de asteroides.
Tudo o que sabemos sobre a composição desses corpos celestes vem das análises feitas sobre aqueles que caíram na Terra. Os elementos químicos que geralmente formam os asteroides são silicato, platina, cobaltoferro e níquel.

Os asteroides podem ser os restos de um planeta que foi destruído ou simplesmente materiais que, desde a formação do Sistema Solar, nunca se fundiram para a formação de um planeta. Essa segunda hipótese é a mais aceita para a explicação da origem desses corpos celestes.

Figura 2: imagem de um asteroide. Fonte: reprodução.

Uma coisa curiosa, é que se todos os asteroides conhecidos fossem unidos em um único corpo, o resultado seria um objeto com o diâmetro de aproximadamente 1500 km, menos da metade do diâmetro da Lua.

Figura 3: imagem explicando sobre asteroides. Fonte: reprodução.

Mineração espacial

Como já mencionamos anteriormente, embora a mineração espacial seja um conceito ainda fora deste mundo para alguns, é real para o setor de mineração. Depois de muito tempo sendo considerado principalmente ficção científica, os governos estão implementando programas e legislação que lhes permitem participar da corrida pela mineração no espaço.

Mas, você sabia que já além dos governos, existem agências espaciais e o setor privado interessados nas atividades espaciais? E o mais incrível é que esse número só tem crescido ao decorrer dos anos.

Além disso, o mercado de mineração de asteróides já está avaliado em até trilhões de dólares, é muito dinheiro!

Bom, falando agora sobre a empreitada, obviamente, sabemos que não é fácil. Antes de mais nada, é preciso antes identificar quais asteroides são ricos em recursos, e então, a partir daí a companhia tem que desenvolver sondas que possam ir até o local e que sejam capazes de operar em um ambiente de baixa gravidade.

Depois disso, ainda é preciso carregar todo o material até uma estação espacial ou para a Terra. “Existem vários problemas. Um deles é que esses metais não ocorrem de forma livre, mas sim combinados na forma de minerais. Portanto, para serem aproveitados como minérios, eles teriam de ser extraídos das rochas e concentrados para serem transportados. Tais processos não são fáceis de serem executados”, avalia o especialista em geologia planetária e professor da Unicamp Alvaro P. Crósta.

Então, a pergunta que não quer calar, é mais fácil minerar no espaço?

Ninguém sabe, simplesmente porque ninguém nunca tentou. Mas uma coisa é certa: não será barato. “A questão do transporte do minério fora do nosso planeta não é tecnológica, uma vez que viagens desse tipo já são feitas, mas sim financeira. É difícil avaliar se os custos do transporte de grandes volumes de isso sem mencionar a quantidade de energia envolvida, o que acabaria consumindo os recursos do planeta.

Para contornar esse problema, os empreendedores vão focar primeiro na descoberta de água. O material poderia ser quebrado em hidrogênio e oxigênio e transformado em combustível. Segundo a Planetary Resources, um único asteroide rico em água poderia abastecer todos os foguetes já lançados pelo homem, o que reduziria os valores. Os empresários, porém, parecem ter transformado a questão do alto custo da exploração espacial em mais um critério a ser dobrado.

Seja qual for o custo do projeto de mineração (as cifras não foram reveladas), o lucro tende a ser alto, se a empreitada for bem-sucedida. De acordo com a empresa, que se baseia em estudos recentes da Nasa, um único asteroide de 500 metros de diâmetro rico em platina pode gerar uma renda de US$ 2,9 trilhões. Mas, ao menos por enquanto, a coisa está longe de sair do papel.

Figura 4: imagem explicando o processo de exploração do asteroide. Fonte: reprodução.

Quais países e empresas estão na corrida da mineração espacial?

Como você deve imaginar, China e Estados Unidos estão nessa lista.

A China fundou em 2017 uma startup chamada de Origin Space, essa startup colocará o NEO-1 em órbita em novembro de 2022, um pequeno satélite de 30 quilos que será lançado por um foguete longa marcha e que ficará em uma altitude de 500 quilômetros.

Yu Tianhong, cofundador da empresa descrita como a primeira da China focada na utilização de recursos espaciais, explica que inicialmente não será realizada a ação em si: “O objetivo é verificar e demonstrar múltiplas funções, como manobras orbitais, captura simulada de corpos celestes e identificação e controle inteligentes da espaçonave.”

Em 2021, uma outra missão estava marcada para acontecer, chamada Yuanwang-1. Apelidada de “Little Hubble”, ela será responsável por colocar em operação um telescópio óptico projetado para observar e monitorar asteroides próximos à Terra. Segundo a Origin Space, conhecer os destinos adequados é fundamental; logo depois, a Lua é o destino.

Além dele, existe o NEO-2, que será lançado com destino à Lua entre 2021 e 2022. Ainda não foram divulgados detalhes sobre esta missão, mas é possível que ela tenha alguma relação com a proposta da NASA para a compra de rochas lunares de empresas privadas.

Figura 5: imagem ilustrativa. Fonte: reprodução.

Além da startup mencionada anteriormente, temos a DSI – Deep Space Industries, uma companhia privada que anunciou em 2015 seus planos de iniciar a exploração de asteroides em breve, e entrou em uma forte competição com a Planetary Resources, que já apresentou um projeto de mineração espacial semelhante e que deve ter início já nos próximos dois anos.

Figura 5. Fonte da imagem: Reprodução/Deep Space Industries.

Além do mais, é importante lembrar que investidores de peso, como um dos criadores do Google e o cineasta James Cameron, apostam na exploração de asteroides como saída para a escassez de matéria-prima na Terra.

Enfim, agora conta pra a gente, na sua opinião essa exploração espacial é viável ecologicamente? Porque financeiramente sabemos que vai render um bom dinheiro.

Por fim, existem pesquisadores que acreditam que isso possa comprometer o equilíbrio do Sistema Solar, entretanto, sabemos também dos impactos que a mineração causa no planeta Terra, e com isso ficamos em uma linha tênue. 


Bom, chegamos ao final do artigo, esperamos ter conseguido esclarecer suas dúvidas.

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Você sabe como o gás natural é explorado no Brasil?

Você sabe como é feita a exploração do gás natural? Não?

Então, neste artigo você poderá se informar mais sobre a primeira etapa que ocorre para a realização da comercialização desse importante recurso natural, que pode ser encontrado ou não junto ao petróleo. Contudo, antes vamos saber o que é o gás natural e qual a sua importância para a sociedade.

O que é o gás natural?

O gás natural é um combustível fóssil resultante da degradação da matéria orgânica, é um produto atóxico, inodoro e incolor. Sua composição consiste em hidrocarbonetos, principalmente o metano, o etano e o propano, que permanecem gasosos em condições atmosféricas normais.

Onde e para que o gás natural pode ser utilizado?

O gás natural após produzido pode ser, e é utilizado em diversas áreas, por exemplo: na indústria é um combustível que gera energia, aquecimento e força motriz, nas residências o gás é utilizado para aquecimento de água e para cozinhar alimentos, além disso o gás é muito utilizado no abastecimento de veículos.

Portanto, agora que conhecemos mais o gás natural vamos seguir agora falando sobre onde esse recurso pode ser encontrado.

Federação critica nova regra sobre estoque de combustíveis
Figura 1: Carro sendo abastecido. Fonte: Reprodução.

As bacias sedimentares

As bacias sedimentares são extremamente fundamentais para a exploração do gás natural e do petróleo, já que é nas bacias sedimentares que eles são encontrados, isso se dá após um processo que leva milhões de anos para que as matérias orgânicas depositadas no solo se transformem nessas riquezas.

Além disso, as bacias sedimentares são estruturas geológicas onde são acumulados e preservados os sedimentos, isso ocorre depois do sedimento passar por um processo migratório devido a porosidade e permeabilidade das rochas, saindo das rochas formadoras e se depositando em rochas reservatórios. Muito interessante, não é? Caso queira saber mais sobre as bacias sedimentares basta conferir nosso artigo sobre esse tema.

Bom, agora que já sabemos o que é o gás natural e onde ele pode ser encontrado, agora vamos falar sobre o processo de exploração do gás. Esse processo é o primeiro, muito essencial para que possa haver a produção do gás natural.

Como funciona a reinjeção de gás natural? – CBIE
Figura 2: Gasodutos Fonte: Reprodução.

Exploração de gás natural

É nessa etapa que serão descobertas e avaliadas a jazidas de gás que pode estar associado ou não ao petróleo. Mas, se você acha que é um processo fácil, está muito enganado, a descoberta e avaliação não é um processo simples e não é qualquer pessoa que pode realizar esse processo, geralmente essa atividade é feita por empresas públicas ou privadas que precisam estar devidamente em dia com a regulamentação da Agência Nacional do Petróleo, gás natural e Biocombustíveis (ANP), isso se dá principalmente pelo fato do solo brasileiro e os recursos minerais presentes nele pertencerem a União. Por isso é importante conhecermos os compromissos que o explorador deve ter com a ANP.

O papel da ANP

Como já foi dito, não podemos simplesmente procurar e retirar os bens minerais do solo brasileiro só porque achamos que naquela determinada área têm gás, petróleo, cristais ou quaisquer outros recursos. Para isso que existem as regras, contratos e fiscalizações das atividades, e serão feitas pela ANP. As primeiras etapas a serem seguidas são de seleção e oferta.

Seleção e oferta

A ANP viabiliza os estudos geológicos e geofísicos, afim de descobrir áreas onde existem reservas de gás, petróleo e biocombustíveis presentes no solo brasileiro, além de também manter esses dados de forma organizada e de conhecimento público.

As áreas com potencial de recursos são preparadas com base nas diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que poderá posteriormente aprova-las e com isso a ANP têm permissão para realizar as rodadas de licitações. São nessas rodadas onde ocorrem a abertura dos prazos para que as empresas que tenham interesse em explorar determinada área demostre o interesse, e também onde essas empresas terão que ser avaliadas e aprovadas pela Comissão Especial de Licitação.

Para fazer as licitações as empresas devem oferecer um valor bônus de assinatura e também um modelo onde se comprometem em realizar atividades do Programa Exploratório Mínimo (PEM) de acordo com a ANP. As ofertas são avaliadas seguindo os critérios que constam no edital e por fim é escolhido e publicado o nome da empresa vencedora.

Regimes de contrato

Após a empresa ter permissão concedida para explorar a área desejada, o empreendimento precisa assinar o contrato junto com ANP, que é quem assina o acordo em nome da união. Nesse processo a empresa se compromete a arcar com os recursos necessário para fazer a exploração do gás, daí caso seja encontrado o gás a empresa poderá comercializar fazendo devidamente os pagamentos governamentais.

Enfim, neste artigo, foi possível aprender mais sobre o gás natural, aprendemos o que é o gás, onde é encontrado, como é utilizado e as importantes etapas para que esse recurso mineral seja explorado.


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