Mês: setembro 2021

Minerais de Meteoritos: o que é, quais tipos existem, como são formados

Você sabe qual a relação entre uma estela cadente e o ouro que extraímos na Terra? Questão interessante, não acha? Bem, a relação entre o ouro, especificamente, talvez não exista, mas com outros minerais essa relação é fundamental. Bom, já ouviu falar em minerais de meteoritos?

Se você já teve alguma aula de geologia seu professor, provavelmente, já deve ter te perguntado o porquê iniciam a matéria nas teorias da formação dos planetas. Sabe responder essa pergunta?

A resposta é até bem simples, se todo o universo teve o “mesmo” inicio, provavelmente, muitas respostas para nossas duvidas talvez sejam explicadas estudando os fenômenos fora da atmosfera da Terra.

Meteoro ou meteorito?

Veja bem, como você já deve ter ouvido falar, a famosa “estrela cadente” trata-se de um “corpo” que entrou na nossa atmosfera em alta velocidade. Esses corpos recebem nomenclaturas diferentes dependendo de sua localização, enquanto não entrarem em contato com a crosta terrestre o corpo é chamado é meteoro, porém, assim que tocar o chão seu nome passa a ser meteorito. E é sobre eles que vamos conversar hoje.

O que são os meteoritos?

Com o resumo anterior acredito que você já deve ter uma noção, o meteorito é um corpo que consegue ultrapassar a camada atmosférica e tocar o solo terrestre.

Ele, normalmente, é dividido em alguns grupos. A característica que é levada em consideração para separa-los em grupos é a sua formação química.

As principais denominações atribuídas são:

– Meteoritos rochosos;

– Meteoritos ferrosos rochosos e;

– Meteoritos ferrosos.

A seguir, observe a definição de cada um desses tipos.

-Meteoritos rochosos: São os mais comuns dentre os encontrados na Terra, e apresentam características similares a rochas vulcânicas. Consegue imaginar o por quê? Ao entrar na nossa atmosfera essas rochas experimentam grande variação de pressão e, graças a sua enorme velocidade, altas temperaturas.

Essa classe é subdividida entre aqueles que apresentam condrito e os que não apresentam.

O condrito é um termo científico para um meteorito que não foi alterado em tamanho, forma ou composição devido à entrada na atmosfera terrestre.

Os condritos são aqueles formados por olivinas e piroxênios, que são mais antigos/ velhos e são provenientes de gotas de ferro líquido derretido.

Os condritos apresentam duas subdivisões, sendo elas:

  • Estatios – aqueles que possuem ligas de ferro e níquel em sua composição.
  • Carbonados – aqueles que apresentam carbono em sua composição.

Já os acondritos têm enormes quantidades de olivina, piroxênios e plagioclásios são majoritariamente formados por rochas de 4,5 a 3 bilhões de anos e têm origem decorrente dos processos de aquecimento e reformulação.

-Meteoritos ferrosos: Esses são aqueles que apresentam composição metálica, eles ocupam 5% do total de meteoritos que entram no nosso planeta.

Em sua composição, geralmente, encontramos a junção de ferro e níquel, porém, em alguns casos também podem conter o carbono enxofre e o fósforo.

-Meteoritos ferrosos rochosos: Já esses aqui são aqueles que apresentam tanta estrutura rochosa quanto metálica. São as nossas “joias” raras, dificilmente encontrados, eles são provenientes do cinturão de esteroides.

Apresentam uma mistura de minerais silicatos, sendo os principais deles: olivinas, piroxênios, ferro e níquel.

Qual o valor comercial dos meteoritos?

Se pararmos para analisar, exclusivamente, pela questão química, os preços dos meteoritos encontrados na Terra não seriam de grande relevância. Entretanto, do ponto de vista comercial: raridade, tamanho, formação e, claro, a beleza estética, fazem com que possuam valores relativamente bem altos. Assim, os preços podem variar entre 700 dólares a 1,5 milhões de euros.

Já tivemos experiências com meteoritos no Brasil?

A resposta é sim, porém, é importante destacar que a experiência brasileira com esses corpos é relativamente pequena.

E por que isso? O motivo se dá graças a uma estatística, apesar de nosso grande território, nós apresentamos apenas 3 grandes registros de encontro de meteoritos. Chega a ser uma contradição, principalmente, se for comparar com a proporção territorial, exemplo esse que entra em conflito com os dados encontrados nos EUA. Dessa forma, é natural que haja uma dificuldade maior no Brasil para identifica-los.

Qual foi o maior meteorito já encontrado no Brasil?

O Bendegó, ele foi encontrado por acaso. Um garoto de 15 anos viu a rocha e notou que ela era diferente das demais.

Esse meteorito ocupava uma posição de luxuosa no Museu nacional, localizado no Rio de Janeiro, mas infelizmente esse espaço foi foco de incêndio. Entretanto, o meteorito conseguiu resistir ao desastre. Ele é formado, principalmente, por níquel e menores quantidades de cobalto.

Meteorito Bendegó. Fonte: Museu Nacional UFRJ.

Outro meteorito encontrado no Brasil foi o Putinga, localizado por um geólogo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Diferente do Bendegó, este, por sua vez, foi encontrado de uma forma mais “calculada” que os demais, o pesquisador, ao ouvir histórias sobre o condrito, buscou na região alguém que pudesse orienta-lo até esse objeto.

Uma curiosidade é que foi esse último meteorito, o Putinga, responsável por dar origem a associação de meteoritos de Santa Catarina.

Pedaço do Meteorito Putinga. Fonte: Reprodução.

Meteoritos trazem minerais que não existem na Terra?

Diversos meteoritos trazem nas suas composições minerais que ocorrem naturalmente aqui na Terra, o que é mais difícil de registrar são as ocorrências de minerais que por aqui só obtemos artificialmente.

Alguns exemplos disso são os minerais:

-Edscotita (ou Edscotitte em inglês) – Esse mineral está presente no meteorito de Wedderburn que foi encontrado na Austrália em 1951. A edscotita só era conhecida em processos industriais de fundição de ferro.

Edscotita. Fonte: Reprodução
Meteorito de Wedderburn. Fonte:Reprodução.

Troilita (ou Troilite) – Se trata de um sulfeto de ferro que não é muito comum na Terra, sua ocorrência é restrita a pouquíssimas rochas. Foi notado pela primeira vez em 1766 num meteorito caído na Itália, e a princípio se pensava tratar de pirita.

Troilita presente no meteorito Muonionalusta. Fonte: Mindat.org.

Enfim, chegamos ao final desse artigo, espero que você tenha gostado dessas informações, e torço para quem sabe, você encontrar algum meteorito por suas terras? Hahaha.


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CAR: o que é, para que serve, como fazer

Me conta uma coisa, você já ouviu falar no Cadastro Ambiental Rural ou CAR, como ele é popularmente conhecido? Bom, se você já ouviu, você deve saber para que ele serve, estou certa?

Bom, o CAR é o primeiro passo para a regularização ambiental do seu imóvel rural.

Mas, você sabe por que é preciso ter esse documento? Além disso, você sabia que o CAR e o Georreferenciamento são coisas diferentes? Então, se você não sabe sobre essas informações, fica por aqui, pois nesse artigo responderemos todas as perguntas acima, e várias outras, vem comigo descobrir um pouco mais sobre o CAR.

O que é o Cadastro Ambiental Rural?

Antes de mais nada, é importante definir o que é CAR, concorda?

Bom, o CAR – Cadastro Ambiental Rural – foi criado a partir da Lei n° 12.651/2012, ele é um cadastro público eletrônico que abrange o todo o território brasileiro e que deve conter os dados básicos de todas as propriedades e posses rurais. Os dados do CAR farão parte do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – o SICAR, que ficará sob responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama.

Esse cadastramento foi criado com o objetivo de unir todas as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP), de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa e das áreas consolidadas.

Para que serve o CAR?

Então, é através do CAR que o Serviço Florestal Brasileiro consegue mapear as áreas de Conservação e Preservação Ambiental, como matas, capoeiras, banhados e Preservação Permanente, mantendo todos os cadastros do país em um único Banco de Dados. E todas essas informações auxiliam no cumprimento das metas nacionais e internacionais para manutenção de vegetação nativa e restauração ecológica de ecossistemas. Ou seja, o intuito do CAR é a regularização ambiental, e não a regularização fundiária.

Além disso, o cadastro é o primeiro passo para a obtenção de qualquer licença ambiental para uso ou exploração dos recursos naturais da propriedade, já que, com o comprovante de inserção no CAR, o produtor pode reconhecer seu passivo ambiental e assumir o compromisso para recuperá-lo.

Lembrando que, passivo ambiental é o conjunto de obrigações que as empresas têm tanto com a sociedade quanto com a natureza. Objetivo voltado para realizar investimentos em benefícios do meio ambiente.

Quem precisa fazer o CAR?

A princípio, o Cadastro Ambiental Rural é obrigatório para todos os imóveis rurais (propriedades ou posses), públicos ou privados, assentamentos de reforma agrária e áreas de povos indígenas e comunidades tradicionais. O proprietário ou o posseiro do imóvel rural (ou o representante legal) deve preencher o cadastro.

Quando o imóvel será considerado regularizado ambientalmente? 

O CAR é o primeiro passo para a regularização ambiental do seu imóvel rural. Se o órgão ambiental estadual competente constatar que o imóvel não apresenta passivo ambiental referente à Reserva Legal, Área de Preservação Permanente e Área de Uso Restrito, ele estará regularizado. Se houver passivo, você proprietário deverá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Qual a diferença entre o CAR e o Georreferenciamento?

A primeira pergunta que você deve fazer antes de iniciar um trabalho de Cadastro Ambiental Rural é: devo aproveitar e já fazer o Georreferenciamento de Imóveis Rurais?

Então, existem várias semelhanças e as vantagens de fazer ambos ao mesmo tempo são muitas, a seguir irei lhe apresentar.

Bom, vamos recapitular um pouco sobre o CAR, ele serve para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais e consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescente de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública (já abordamos isso anteriormente).

Já o Georreferenciamento de Imóveis Rurais consiste na descrição da propriedade em suas características, limites e confrontações, realizando o levantamento das coordenadas dos vértices definidores dos imóveis rurais, georreferenciados ao sistema geodésico brasileiro, com precisão posicional fixada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Portanto, como eu disse anteriormente, as semelhanças são grandes e deve-se aproveitar todos os benefícios de fazer CAR e Georreferenciamento ao mesmo tempo, sempre que possível.

Quem é responsável por emitir o CAR e quanto custa?

Sabia que você mesmo pode fazer o Cadastro Ambiental Rural?

Não é obrigatório contratar um profissional para preencher o Cadastro Ambiental Rural. Você produtor pode fazer isso sozinho e buscar ajuda em sindicatos rurais. Mas, se você preferir, pode contratar o serviço de um profissional, que pode custar em média R$ 1.000,00.

O que acontece com quem não fizer o CAR?

Os proprietários ou posseiros que não realizarem o cadastro perderão benefícios previstos na lei 12.651/2012 (Novo Código Florestal Brasileiro), como créditos e financiamentos agrícolas. A Lei n° 12.651/2012 define que, após cinco anos de sua publicação, ou seja, a partir de 28 de maio de 2017, as instituições financeiras não poderão conceder crédito agrícola para os agricultores que não possuírem o CAR. Ou seja, se você proprietário rural ainda não fez o cadastro, você perdeu todas as vantagens que eu irei apresentar a seguir.

Leia também: Requerimento de Registro de Licenciamento: o que é, para que serve, quem pode requerer.

Quais as vantagens em fazer o cadastro?

O CAR facilitará a vida do proprietário rural na obtenção de licenças ambientais, pois a comprovação da regularidade da propriedade acontecerá por meio da inscrição e aprovação do CAR e o cumprimento do disposto no Plano de Regularização Ambiental, que será em breve instituído pelo Estado.

A inscrição no CAR possibilita o planejamento ambiental e econômico do uso e ocupação do imóvel rural. Além disso, representa o primeiro passo para obtenção da regularidade ambiental. Do mesmo modo, constitui-se em requisito para os seguintes programas, benefícios e autorizações:

– O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis;

– Acesso ao Programa de Apoio e Incentivo à Conservação do Meio Ambiente e aos Programas de Regularização Ambiental – PRA;

– Obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites e prazos maiores que o praticado no mercado;

– Contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado;

– Geração de créditos tributários por meio da dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR;

– Linhas de financiamento para atender iniciativas de preservação voluntária de vegetação nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas;

– Isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais como: fio de arame, postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de perfuração do solo, dentre outros utilizados para os processos de recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito;

– Condição para autorização de supressão de floresta ou outras formas de vegetação nativa no imóvel rural;

– Condições para aprovação da localização da Reserva Legal;

– Condição para cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo da Reserva Legal do imóvel;

– Condição para autorização da exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável.

Entre vários outros benefícios!

Proprietário rural com documento de inscrição no CAR.
Fonte: Reprodução.

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Requerimento de Registro de Licenciamento: o que é, para que serve, quem pode requerer

Para realizar a extração de bens minerais que possam ter seu uso aplicado imediatamente na construção civil, temos o Requerimento de Registro de Licenciamento, onde é possível conseguir autorização da Agência Nacional de Mineração para exploração exigindo menos burocracias. Quer saber um pouco mais sobre isso? Fica aqui até o final, certo?

O que é o requerimento de Registro de Licenciamento?

Dentro do processo de Registro de Licença, existe o que é chamado de “Requerimento de Registro de Licença”. Esse processo exige o cumprimento de algumas etapas que você vai conferir ao longo desse artigo.

Qual o objetivo?

O objetivo do requerimento é protocolar a solicitação de uma determinada área, que nesse caso fica restrita a 50 hectares, para realizar o aproveitamento de substâncias minerais que tenham aplicação imediata na construção civil.

Quais substâncias podem ser extraídas?

Como mencionado anteriormente, esse tipo de regime é aplicado apenas para as substâncias que tenham uso imediato na construção civil, dentre elas temos:

Areia, cascalho e saibro, quando utilizados in natura na construção civil e no preparo de agregado e argamassas;

-Material sílico-argiloso, cascalho e saibro

Rochas, para aplicação de paralelepípedos, guias, sarjetas, moirões ou lajes para calçamento; quando britadas para serem usadas imediatamente na construção civil e os calcários empregados como corretivos de solo na agricultura; Além destes, também foram incluídas pela Lei nº 13.975, de 7 de Janeiro de 2020 os seguintes materiais:

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.975-de-7-de-janeiro-de-2020-236986902https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.975-de-7-de-janeiro-de-2020-236986902

Argilas para indústrias diversas;

– Rochas ornamentais e de revestimento;

Carbonatos de cálcio e de magnésio empregados em indústrias diversas.

Quem pode requerer?

Bom, qualquer pessoa brasileira, natural pode requerer. Pode ser realizado por firma individual ou por empresas que estejam legalmente habilitadas.

Procedimento: como obter a licença?

Primeiramente, para adquirir a licença que o titular necessita para iniciar a exploração do ou dos bens desejados, é preciso cumprir algumas etapas para que as operações possam ser iniciadas. Essas etapas são: a verificação, para saber se a área pretendida está disponível e o preenchimento do formulário disponível no site da ANM.

É importante lembrar que é preciso da autorização do dono do solo para realizar as atividades, além de uma autorização da prefeitura. Outro ponto importante é que, se a área que se pretende requerer estiver localizada em mais de um município, é necessário apresentar licença de cada um dos locais situados, mesmo que estes venham a compor um único registro. Já temos um artigo parecido que mostra como saber se a área está disponível, dá uma olhadinha depois: Registro de licença e Regime de Licenciamento: o que são e como requerer.

Além disso, após a ANM aprovar o requerimento, é necessária uma Licença Ambiental. Somente após a entrega da Licença Ambiental que será permitido o Licenciamento da área.

Como foi visto anteriormente, a área permitida para esse tipo de regime é de 50 hectares. Por isso, e por ter relação com as administrações regionais, a obtenção desse título na ANM é bem mais ágil.

E não acaba por aí, para o Requerimento de Registro de Licenciamento também não é necessário Alvará de Pesquisa nem mesmo apresentar Relatório Final de Pesquisa. Tudo isso acaba ajudando o processo de lavra ser iniciado mais rápido, de maneira não tão burocrática.

Quais documentos são exigidos?

Dentre os documentos fundamentais para essa atividade, devemos destacar:

-Comprovação de nacionalidade brasileira (caso seja pessoa física) ou comprovação com o CNPJ no caso de pessoa jurídica;

-Licença específica, emitida pela prefeitura do(s) município(s) que esteja a área a ser requerida;

-Declaração comprovando ser o requerente proprietário de parte ou da totalidade do solo, jurídica de direito público, quando a esta pertencer parte ou a totalidade dos imóveis, excetuando-se as áreas em leito de rio;

-Anotação de Responsabilidade Técnica (ART);

-Plano de Aproveitamento Econômico, quando o empreendimento envolver desmonte de rocha com auxílio de explosivos ou outras operações de beneficiamento mineral, seja cominuição, peneiramento etc.

-Comprovante de pagamento de emolumentos.

Leia mais em: https://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/CN_DNPM.htm#Art._164.

Sobre a solicitação

Chegada a hora de preencher o Requerimento, algumas informações que serão solicitadas serão:

-Requerente: nome, CPF ou CNPJ;

-Representante Legal: nome, CPF ou CNPJ;

-Responsável Técnico: nome, CPF e profissão;

-Substâncias: nome da substância e sua aplicação;

-Tipo de propriedade do solo: co-proprietário, imóvel pertencente a pessoa jurídica de direito público, posseiro, propriedade de terceiros, proprietário da área, proprietário ou posseiro de parte da área, terreno da União ou terreno devoluto;

-Coordenadas da poligonal;

-Observações: espaço para possíveis ressalvas ou observações.

Após o preenchimento de todos esses dados, é só seguir adiante na própria página da ANM para continuar e finalizar.

Logo depois disso, o requerimento vai estar disponível durante 30 dias no Protocolo Digital, para o titular do requerimento ou, para quem possuir permissão para representá-lo, na opção “Protocolar por código de requerimento”.

Vale lembrar que preencher o formulário não é o bastante para garantir que o titular tenha o direito sobre a área pretendida, viu?

Quais são os prazos?

Após ter feito o preenchimento do Requerimento, o responsável deverá apresentar em até 60 dias contados da protocolização, a Licença Ambiental.

Quanto ao prazo de validade do título, isso vai depender diretamente do município. Isso porque é levado em consideração o menor prazo de validade entre os que já foram previstos nas licenças específicas expedidas pelo município, autorização do proprietário do solo etc. está vinculado à autorização que o proprietário do solo concede à prefeitura.

Caso haja algum problema quanto a expiração do prazo da licença municipal oferecida, enquanto estiver na fase do Requerimento de Registro de Licença, quem estiver requerendo deve em até 30 dias protocolizar novo elemento essencial. Importante se atentar a isso, para não arriscar sofrer indeferimento do requerimento pela ANM.

Pedido de prorrogação

Caso seja necessário solicitar prorrogação, deve-se recorrer a ANM e preencher o formulário que eles disponibilizam para essa e outras finalidades, que você confere clicando aqui.


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Saiba tudo sobre os ensaios de análise de rochas

Já sabemos que as atividades de exploração mineral são muito rentáveis e movimentam grande parte da economia mundial. Nesse sentido, o estudo dos minerais é uma parte fundamental para entender em qual âmbito pode ser aplicado, e principalmente se sua exploração é economicamente proveitosa.

Se você quer conhecer como funciona a análise de rochas em laboratório, as etapas e importância, te convido a ler esse artigo até o final!

Qual objetivo da análise de rochas?

Então, como mencionado anteriormente, a análise de rochas é importantíssimo para conhecer a viabilidade de exploração dos recursos minerais, e mais que isso, saber a quantidade de teores presentes na amostra coletada para assim ter dados relevantes sobre o todo.

Calma que você vai entender direitinho o que queremos dizer. Sugerimos que leia nosso artigo sobre moagem para que seu entendimento seja ainda mais amplo sobre esse assunto.

Afinal, a análise de rochas tem como objetivo, o que o próprio nome já diz. Através da análise com diversos procedimentos, os quais você vai ver logo mais, é possível obter uma descrição completa da rocha estudada. Ou seja, com essa descrição em mãos será possível dar ou não continuidade aos próximos passos de beneficiamento.

Etapas anteriores: qual a importância do relatório de campo?

À primeira vista, temos a pesquisa mineral como uma das primeiras etapas para saber se a área em estudo tem potencial para ser explorada.

Em outras palavras, esse “potencial para exploração” será definido pela presença de minerais com valor econômico agregado.

Aproveite para ler nosso artigo: Conheça os 10 minerais mais caros e mais raros do planeta!

Juntamente com a pesquisa, teremos por consequência um relatório de campo. Mas, você sabe o que será abordado nele e, principalmente, qual é a sua importância?

Então, ao identificar anomalias num campo, o que pode indicar ocorrência de minerais de interesse, e posteriormente obter licença para estudar aquela área, a prospecção será iniciada.

Enquanto o estudo da área está acontecendo, é muitíssimo importante anotar o máximo de informações sobre o local. Dentre elas: a descrição completa do local onde a amostra foi coletada é um dos principais pontos para auxiliar no estudo da área.

Com o relatório de campo finalizado, é hora de passar para os procedimentos realizados em laboratório para ter resultados mais específicos e detalhados.

Trabalhos laboratoriais

Agora daremos início ao que é de fato a análise de rochas em laboratório.

Veja bem, como os processos de beneficiamento mineral que você já deve ter conhecimento, as análises laboratoriais também são constituídas por uma série de etapas com objetivos específicos. Nesse sentido, podemos definir algumas das atividades que são executadas para analisar os materiais coletados. Pronto para conferir?

Antes de mais nada, o trabalho deve ser dividido em duas etapas, sendo a primeira a preparação da amostra e a segunda os procedimentos analíticos.

Preparação da amostra

A princípio temos a preparação da amostra. Nessa etapa teremos como principal objetivo limpar a amostra que foi coletada.

Normalmente esse procedimento é feito apenas com água e uma escova de nylon. Isso para evitar que outros materiais que estejam junto com a rocha que vai ser analisada não interfiram no resultado final.

Britagem

Em seguida temos a britagem. Nessa etapa a rocha será fragmentada de modo a atender as necessidades dos processos seguintes. Vale lembrar que a limpeza do equipamento com álcool ou ar comprimido é extremamente importante de ser feita antes de utiliza-lo, para evitar contaminação com algum material que esteve ali presente anteriormente. Normalmente o britador de mandíbulas é o mais utilizado.

Figura 1: Britador de mandíbula. Fonte: Reprodução.

Quarteamento

Depois que a redução da granulometria da rocha é efetuada, ela está preparada para a etapa de quarteamento. Esse processo consiste na separação de quantidades do material previamente fragmentado que será destinado a outros procedimentos de estudo.

Pode ser feito utilizando uma pilha cônica ou até mesmo quarteadores.

Figura 2: Quarteador Jones. Fonte: Reprodução.

Peneiramento

Esse processo você pode estar conferindo com mais detalhes no nosso artigo dedicado exclusivamente a esse tema: Peneiramento na Mineração: o que é, para que serve, quais são os tipos que existem.

De antemão já fique sabendo que se trata do processo de selecionar o material com uma granulometria específica/desejada.

Pulverização

Do mesmo modo que os processos anteriores necessitam de alguns equipamentos, com a pulverização não é diferente. Na verdade, ele pode ser feito manualmente ou com auxílio de um moinho de bolas por exemplo. O objetivo nessa etapa também é de reduzir a granulometria.

Bateia

Essa etapa é executada com o objetivo de obter a concentração dos minerais pesados que podem estar presentes ali na amostra.

Separação densimétrica e granulométrica

Já essa etapa é semelhante à bateia, no entanto nessa os minerais presentes serão separados pela sua densidade. Esse procedimento pode ser feito com a utilização do Bromofórmio, que é uma substância química. Os minerais com densidade maior que 2,85 afundam nesse composto.

Análise química

Logo depois de realizadas essas etapas que foram mencionadas, acontece a análise química. Essa etapa tem como principal objetivo de determinar os minerais presentes na amostra assim como a quantidade ou proporção presente de cada um deles.

Conclusão

Por fim, nesse artigo te mostramos desde o objetivo da análise de rochas, definindo sua importância e necessidade, até as etapas que precisam ser realizadas para se fazer a análise das amostras, que posteriormente servirão para definir a viabilidade ou não viabilidade de exploração dos recursos.

E aí, o que achou do conteúdo? Deixe seu comentário, compartilhe com a gente!


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Rochas Ornamentais: o que é, quais são os principais tipos e aplicações.

Antes de mais nada, vamos bater um papo sobre decoração? Na realidade, sobre ornamentação.
Afinal já conversamos sobre isso em outro momento, falando sobre o que é uma rocha ornamental e as novas atualizações na lei.

Rochas ornamentais: fique por dentro das últimas mudanças na Lei, dá uma olhadinha nesse artigo, depois!
Então, hoje eu quero te explicar quais são os tipos de rochas ornamentais. Bora?

O que são Rochas Ornamentais?

Primeiramente, como o próprio nome já diz, algo ornamental é o que serve para ornamentar; nesse sentido, sua principal característica principal é tornar algo mais atraente, decorativo ou fazê-lo ganhar aspecto incomum.

E quais são os principais tipos de rochas ornamentais?

Em síntese, são os mármores e os granitos. Eles são comercializados em forma de chapas ou ladrilhos polidos, normalmente, com espessura regular.

Figura 1: Rochas ornamentais em forma de chapas.
Fonte: Reprodução.

Porém, atualmente outras rochas, a exemplo dos quartzitos das ardósias, estão sendo exploradas para uso ornamental.

Assim como várias outras rochas, uma grande parcela das pessoas não as conhece, ou pelo menos, não conhece por seu nome original. O Esteatito é um exemplo.

A seguir, conheceremos mais um pouco sobre as principais rochas ornamentais:

Mármores:

Normalmente as peças que chamamos de mármore, incluem também outras rochas metamorfizadas, o calcário e a dolomito são dois exemplos.

Essas rochas têm como característica serem bem macias. Isso se deve ao pouco ou quase nenhuma quantidade de quartzo. E graças a isto, são rochas que sofrem um desgaste bem maior, o que as tornam pouco aconselhadas para ambientes externos.

É comum ver imagens de obras, patrimônios públicos e esculturas expostas ao ar livre, feitas a partir dessas rochas, “deformadas” ou com aspecto de “abandonadas” devido a corrosão sofrida pelo tempo e clima.

Figura 2: monumento deformado pelo tempo e clima. Fonte: Reprodução.

Granitos:

Os granitos sofrem uma situação parecida com os mármores, de maneira simplificada, eles constituem, tanto os granitos de fato quanto as rochas homogêneas.

Essas são constituídas, principalmente, de quartzo e feldspato, além de apresentarem diferentes quantidades de micas, piroxênios, anfibólios, entre outros.

Nesse tipo de rocha o caso é diferente, o desgaste será determinado pela quantidade de quartzo presente na rocha. E é essa característica que é determinante para que ela possa ser mais translúcida e/ou de difícil polimento.

Figura 3: exemplos de granito. Fonte: Reprodução.

Esteatitos:

O nome é meio estranho, né!? Talvez você ache que não conhece ou que nunca viu, provavelmente porque você conhece como “pedra sabão”. Esse nome é muito famoso nos livros de história no ensino fundamental. E se mesmo depois dessa viagem ao tempo você ainda não reconhecer, basta ir às feirinhas de rua que rapidamente você verá essas rochas. Ela é muito característica das feirinhas da cidade de Ouro Preto.

Imagina o porquê? Elas são muito utilizadas na confecção de artesanatos e peças de ornamentação, isso por serem rochas mais maleáveis e moldáveis.

Figura 4: imagem da ”pedra sabão”. Fonte: Reprodução.

Diferenciando Mármores de Granitos

Você tem dificuldade para diferenciar um mármore de um granito? Essa dificuldade é bem comum. Existem basicamente duas maneiras:

– Você pode aplicar ácido em uma das peças. Enquanto, o mármore reage com o ácido, o granito não. Na reação com o mármore é formado uma efervescência no local que foi aplicado o ácido.

– A outra forma é mais comum. Tentar riscar uma das peças com um canivete, o granito não é riscado pelo canivete, já o mármore é.

Os nomes das rochas ornamentais é um ponto importante?

Sabe quando uma empresa possui a razão social e o nome fantasia? Isso também acontece com as rochas.

Após o processo de extração, em algum momento, normalmente já nas fases de beneficiamento, comercialização e aplicação, as rochas passam a ser chamadas por outros nomes, e que não possuem relação geológica.

Estão buscando algumas iniciativas para fazer com que estes nomes acompanhem certas informações mineralógicas. A ausência de informação pode gerar, inclusive, problemas ao que diz respeito às suas aplicações. Já que as confundir é muito comum.

Condições para a aplicação das rochas ornamentais

Veja bem, por se tratar de uma rocha natural, alguns pontos são necessários destacar, principalmente ao falar sobre as características individuais de cada rocha. Vários fatores influenciam as aplicações dessas rochas:

  • Composição mineralógica e texturas;
  • Condições climáticas;
  • Proximidade e disponibilidade de materiais;
  • Fatores macroeconômicos e diversificação industrial.

Destaca-se a relação entre fatores intrínsecos X fatores extrínsecos. Rochas muito porosas, ou formadas por minerais de fácil dissolução, sofrerão desgastes consideráveis se aplicadas em ambientes poluídos e atingidos por chuvas ácidas, exemplo de uma das imagens acima.

Assim como diversos fatores influencia à redução da capacidade de resistência desses materiais. E a depender do uso e da posição dos cortes dos blocos, ocorre uma redução significativa na capacidade de resistência à compressão, por exemplo.

Aplicações dos materiais

Atualmente, a lista com os principais locais de aplicação destes materiais segue como:

  • Edificações públicas e comerciais, liderando o pódio de aplicação.
  • Edificações residenciais, aparecendo logo em seguida na disputa;
  • Arte funerária e Sacra;
  • Criação artística, em arte estatuária por exemplo, assim como descrevi nas feirinhas de Ouro Preto.
  • Caso você queira brincar um pouco com a classificação acirrada da lista anterior, também podemos considerar os tipos de aplicações e de ambientes:
  • Aplicações sem tratamento: aplicações em estado bruto, recortes manuais ou com uso de equipamento adequado;
  • Aplicações com tratamento (Polimento, apicoamento, levigada, lustro, tingimento entre outros);
  • Ambientes:
  • Externos ou internos;
  • Secos ou úmidos;
  • Com exposição ou não a correntes de ventos;
  • Com exposição a longos períodos de insolação ou a variações térmicas muito intensas.

Quais os lugares do Brasil que mais produzem rochas ornamentais?

Classificando-os por região temos, Sudeste e Sul como maiores produtores de rochas ornamentais. Destacando Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Juntos, atuam na Mineração brasileira produzindo uma quantidade de quase 63% da produção de rochas no país.


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