Mês: dezembro 2022

Os 10 principais riscos e oportunidades de negócios para mineração e metais em 2023

Como vem fazendo anualmente, a EY (Ernst & Young) lançou Os 10 principais riscos e oportunidades de negócios para mineração e metais, um relatório que contou com uma pesquisa entre vários executivos do setor no mundo inteiro para obter as prioridades do mundo da mineração para o ano de 2023.

Nesse artigo iremos trazer os principais pontos desses riscos e oportunidades listados.

Principais fatores que influenciam na lista

Os últimos meses testemunharam grandes reviravoltas e mudanças no mundo. Guerra na Ucrânia, eventos climáticos, novos governos nas principais regiões de mineração e mudanças nas relações em outras estão impactando as empresas de mineração e metais do mundo. Esses fatores externos continuarão a impulsionar uma mudança nos riscos e oportunidades do setor, à medida que a pressão das partes interessadas e do mercado de capitais responsabiliza as mineradoras em várias frentes. Não é uma surpresa que os principais riscos e oportunidades do relatório da EY sejam ESG, geopolítica e mudanças climáticas.

Gráfico dos maiores riscos de negócios para mineração. Fonte: Ernst & Young

Governança ambiental, social e corporativa 

Governança ambiental, social e corporativa ou ESG (do termo em inglês Environmental, social, and corporate governance), refere-se a dados específicos projetados para serem usados por investidores para avaliar o risco material que a organização está assumindo com base nas externalidades que está gerando, visando avaliar se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada.

O ESG continua sendo o risco e a oportunidade número um em mineração e metais, de acordo com os executivos entrevistados pela EY. Em todo o setor, é notado mais evidências de que as mineradoras estão integrando os fatores ESG nas estratégias corporativas, na tomada de decisões e nos relatórios, à medida que o assunto se torna uma prioridade para todas as partes interessadas.

Geopolítica

Não é de surpreender que a geopolítica seja o segundo risco comercial para as empresas de mineração e metais que caminham para um 2023 incerto. A guerra na Ucrânia teve um impacto no comércio de minerais e metais, ao mesmo tempo em que aumentou a concorrência entre a China e os Estados Unidos e governos eleitos nos principais mercados de mineração estão afetando os planos de longo prazo dos mineradores. As empresas estão sob pressão para avaliar rapidamente como diferentes alianças, fluxos comerciais interrompidos, novos governos e impostos afetarão as decisões de negócios. Além disso, à medida que a interação entre ESG e geopolítica aumenta, também aumenta a quantidade de regulamentação que o setor precisa cumprir.

À medida que os mineradores consideram as decisões estratégicas, eles devem avaliar as implicações de várias tendências geopolíticas.

Mudanças climáticas

Muitas empresas do setor de mineração e metais se comprometeram com metas de descarbonização altamente ambiciosas, mas o ano de 2023 revelará se o setor está na trajetória para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa.

Cinquenta por cento dos entrevistados pela EY disseram esperar que os investidores os pressionem para acelerar a descarbonização. Um executivo sinalizou o desafio de “aumento do risco do investidor em relação ao retorno do investimento em grandes investimentos relacionados à transição energética sem progresso”.

Para setores com o uso tão intensivo de energia como a mineração, os créditos de carbono serão outra ferramenta essencial na estratégia de descarbonização, agregando mais flexibilidade, controle e potencial para obter maiores economias de custos. Mais mineradoras estão priorizando créditos de carbono por meio de investimentos em energia renovável, inclusive em locais de minas.

Licença para operar

A evolução das expectativas em torno do impacto do setor nas comunidades e no meio ambiente torna a obtenção e manutenção de uma licença para operar uma questão cada vez mais complexa de se lidar. Um executivo da área comparou o envolvimento da comunidade a “uma grande tigela de espaguete – e tentar desvendar isso é caótico e desafiador”. Ter uma visão de toda a sociedade é fundamental

Os mineradores enfrentam novas expectativas, incluindo contribuir para a qualidade de vida e proteger o patrimônio cultural. As organizações devem ir além do que é exigido por lei e comprometer-se genuinamente a promover a verdade e a reconciliação.

Produtividade e custos

Custos e produtividade ganharam prioridade em relação ao último ano, já que a inflação afeta os custos das operações de mineração e pode potencialmente atrasar os planos de crescimento.

Quaisquer exercícios de redução de custos precisam ser focados no valor e devem evitar impactar os compromissos ESG.

Com os custos que provavelmente permanecerão altos, abordagens mais inovadoras para gerenciar a variabilidade, incluindo modelagem aprimorada, podem gerar ganhos de produtividade genuínos. O gerenciamento de custos precisa ser feito com foco no valor de longo prazo, bem como nos ganhos de curto prazo. As medidas sustentáveis de redução de custos incluem, por exemplo, mudar para energia renovável e incentivar a inovação para reduzir custos a longo prazo.

Cadeia de suprimentos

Problemas na cadeia de suprimentos é uma nova entrada no radar de riscos e oportunidades. Em todo o mundo, todos os setores foram duramente atingidos pelo impacto da pandemia do COVID-19, a guerra na Ucrânia, o aumento dos preços da energia, os problemas de retenção da força de trabalho e os desafios de logística e frete. Os preços estão em alta e os atrasos nas matérias-primas são longos, aumentando o custo e a complexidade de operar uma organização de mineração e metais.

Muitos desses pontos apenas intensificaram os desafios da cadeia de suprimentos que vêm se formando há algum tempo. Com a disrupção que provavelmente veio para ficar, as mineradoras que adaptam sua cadeia de suprimentos e colocam os relacionamentos no centro, podem encontrar novas oportunidades enquanto mitigam os riscos.

Força de trabalho

Duas forças estão tendo um impacto maior na força de trabalho no setor de mineração e metais agora mais do que em qualquer outro momento. Primeiro, a demanda sem precedentes por trabalhadores causando uma escassez global de profissionais habilitados. Em segundo lugar, a aposentadoria em massa ou a demissão de trabalhadores nos últimos meses deixou as mineradoras com dificuldades para substituí-los. Na Austrália por exemplo, o setor tem mais vagas agora do que em qualquer outro momento de sua história registrada.

Capital

O acesso ao capital em mineração e metais está cada vez mais vinculado ao desempenho ESG e licenças para operar, tornando mais importante que as mineradoras articulem seu compromisso e conquistas na criação de valor além do resultado. As empresas estão mantendo o foco na disciplina de capital, mas estão cada vez mais olhando para a alocação de capital para crescimento e transformação.

Mais investidores reconhecem a necessidade de investir na gestão de risco ESG, por meio de governança, estratégia e conformidade. O capital alocado para iniciativas relacionadas a ESG pode não apresentar retornos no curto prazo, podendo até representar dificuldades financeiras, mas tem potencial para agregar valor no longo prazo. Exemplos desses investimentos incluem novas tecnologias destinadas a prevenir eventos adversos (por exemplo, ruptura de barragens de rejeitos) e investimento em reabilitação progressiva e remediação de minas fechadas.

Inovação digital

A inovação digital agora tem uma prioridade menor em relação ao ano anterior, uma indicação de como a tecnologia se tornou parte integrante das atuais empresas de mineração e metalurgia. Apesar disso, muitas mineradoras ainda lutam para gerar valor real de seus investimentos digitais. Uma abordagem integrada da cadeia de valor pode ajudar as organizações a aumentar o retorno sobre o investimento e identificar mais oportunidades para encontrar soluções digitais para alguns dos maiores desafios das mineradoras, incluindo ESG, risco climático, produtividade e custos.

Novos modelos de negócios

Após 20 anos de transformação do setor, há menos mineradoras diversificadas, mantendo bases de ativos menores e focadas em um número reduzido de regiões e geografias. A cadeia de valor dessas empresas de mineração é geralmente centrada na produção de minerais, em vez de exploração primária e produção de metal. E apesar de vários conglomerados de mineração terem braços comerciais, eles parecem não estar mais próximos do cliente.

Os balanços melhoraram e os retornos aumentaram, principalmente para as principais empresas. No entanto, com a expectativa de aumento da demanda projetada para certas commodities e o foco crescente em torno da sustentabilidade, agora é a hora das mineradoras analisarem onde o valor ideal pode ser encontrado e redefinir seu modelo de negócios para capturar esse valor. As empresas que fizerem isso com sucesso terão seu modelo de negócios à prova de futuro para lidar melhor com interrupções e mudanças nas relações comerciais e, finalmente, obter vantagem competitiva.

A classificação de riscos e oportunidades revela que as empresas de mineração e metais enfrentam grandes disrupções e expectativas em rápida mudança que, juntas, podem afetar sua capacidade de criar valor sustentável. A mitigação dos riscos e o aproveitamento das oportunidades exigem que as empresas façam mudanças significativas em seus negócios, por meio de uma abordagem proativa e diversificada, integrada à estratégia e ao planejamento mais amplo. As mineradoras que fizerem isso com sucesso ganharão uma vantagem competitiva.


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Mineral Vanádio: o que é, como é utilizado?

Você conhece o vanádio? Apesar de não ser tão popular quanto o ouro ou o ferro, este mineral possui uma enorme importância não somente em nosso cotidiano, mas também para a economia do país.

O que é?

O vanádio é um metal macio cujo nome faz referência à deusa Vanadis, e que possui boa resistência à corrosão e uma coloração acinzentada. Na tabela periódica, seu símbolo é V e seu número atômico é 23, estando localizado no grupo 5. Além disso, é válido acrescentar que o vanádio é um metal que não ocorre livre na natureza, e sim combinado com outros elementos, como oxigênio, sódio, enxofre e cloreto. Ademais, ele também é encontrado em diversos minerais, como a patronita, a vanadinita e a carnotita, assim como no carvão e no petróleo. 

Ele é o 22º elemento mais abundante na crosta terrestre e entre os maiores países produtores, postado pelo Investing News, estão respectivamente a China, a Rússia, a África do Sul e o Brasil. 

Qual família do elemento químico Vanádio - Clube da Química
Vanádio. Fonte: Reprodução.

Utilização

Primeiramente, é necessário estar ciente de que o vanádio possui muitos usos. Sendo assim, quando combinado com crômio, níquel, manganês, boro, tungstênio e outros elementos, ele é usado na produção de aços de carbono com alta resistência, os quais podem ser usados na indústria automobilística e na fabricação de equipamentos de mineração.

Já ligas de vanádio com metais não ferrosos, como o alumínio, o titânio e o cobre, são utilizadas na indústria de energia atômica, construção de aeronaves e tecnologia espacial.

Também, os compostos de vanádio podem ser usados, em menor escala, como catalisadores em reações químicas, na produção de vidros coloridos e borracha sintética, esmaltes para porcelana, lacas, tintas, entre outros.

No que tange à saúde, em níveis ideais, o vanádio previne o envelhecimento precoce, devido à sua ação antioxidante, auxilia no tratamento contra o diabetes, uma vez que estimula a captação de glicose pelas células de maneira semelhante à insulina, e previne o colesterol alto.

Chave de roda. Fonte: Reprodução.

E a mineração?

Bom, o método de lavra utilizado na exploração do vanádio é a lavra a céu aberto por bancadas. Em relação às operações mineiras, são utilizadas frotas de caminhões, escavadeiras, perfuratrizes e explosivos – para o desmonte. Além disso, é importante ressaltar que este bem mineral passa por um processo de

beneficiamento antes de ser comercializado, o qual cumpre as etapas resumidamente descritas a seguir:

  • Britagem em três etapas e concentração magnética a seco, gerando um pré-concentrado e seguindo para uma segunda etapa de cominuição e uma segunda etapa de concentração;
  • Obtém-se o concentrado de magnetita, o que significa que o material já tem 3,21% de vanádio, e passa para etapa seguinte, no forno de calcinação, onde é acionado o carbonato de sódio;
  • O sódio reage com o vanádio e, ao término da calcinação, é gerada a hematita e o sal de vanádio;
  • Existe, então, uma etapa de lixiviação em água, com agitação, e o vanádio vai para a solução aquosa;
  • Prontamente se extrai o vanádio e deposita-se a hematita em pilhas;
  • A seguir, começa a fase de purificação do vanádio, na qual há um ajuste de pH que ocasiona a precipitação da sílica;
  • Logo depois, é realizada uma etapa de filtragem, gerando uma solução limpa e pura de vanádio;
  • Nessa etapa do processo, é acrescentado o sulfato de amônia e o material passa por nova filtragem. Assim, o vanádio fica disponível em forma sólida.
Caixas de vanádio. Fonte: Reprodução.

Vanádio no Brasil

Conforme afirmado no primeiro parágrafo, o Brasil está dentre os maiores produtores de vanádio do mundo. Tendo em vista esta posição, é relevante citar que, de acordo com o website In The Mine, o Brasil se inseriu neste seleto grupo com expressiva produção de vanádio a partir da abertura da mina Menchen Maracás na Bahia, em maio de 2014.

Ainda a respeito da produção em solo baiano, a empresa que explora e produz este bem mineral é a Vanádio de Maracás, uma companhia de mineração que pertence à canadense Largo Resources. Em 2021, a produção correspondeu a cerca de R$78mi, de acordo com o sumário mineral elaborado pela SDE em relação à PMBC, e um total de 10.319 toneladas produzidas, segundo a Largo Resources.

Maracás: da cidade das flores à terra do Vanádio – Mineração na Bahia
Mina de vanádio. Fonte: Reprodução.

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Polimorfismo mineral: O que é e quais os casos mais comuns?

Você consegue imaginar como dois minerais de mesma formação química podem ter a suas formas cristalinas completamente opostas? Isso é o polimorfismo mineral.

Nos acompanhe neste artigo para entender porque isso acontece e para conhecer alguns casos mais frequentes.

O que é o polimorfismo mineral?

Quando um mineral passa pelo processo de formação, ele recebe diretamente influência do ambiente em que está, e consequentemente da pressão e da temperatura sobre ele. Porém, muitas vezes, esses fatores são aplicados em minerais que são quimicamente iguais de maneira desigual. 

Essa desigualdade é justamente o polimorfismo mineral, que é o termo usado para denominar minérios de mesma composição química, mas que, por conta das disparidades na atuação da pressão ou temperatura, têm a sua cristalização diferente.

Para esse conceito ficar mais claro, iremos utilizar exemplos mais comuns de polimorfismo na mineralogia.

Tipos de polimorfismo mais comuns

O Diamante e a Grafite possuem a fórmula química C, mas por que eles apresentam aparência e valor tão distintos? Acontece que a organização dos seus átomos é diferente. Enquanto o diamante é covalente e tridimensional, o grafite é formado pelo empilhamento das camadas planares de C, e são bastante separadas entre si. 

O diamante, além da sua organização atômica, também precisa  que a pressão e a temperatura que atuam sobre ele  sejam de valor superior ao da grafite, sendo o Diamante mais denso. Por conta da rigidez do diamante, resultado de suas ligações de C, o mesmo possui alto valor de mercado, principalmente voltado para a composição de máquinas.  Já a Grafite, por ser bastante frágil, é utilizada como lubrificante.

Outro fator que difere muito a qualidade da Grafite em relação ao Diamante é o tempo, uma vez que o tempo utilizado para a formação da Grafite é bastante inferior ao tempo de formação do Diamante, o que leva, inclusive, à criação de Diamantes sintéticos, que são feitos em laboratórios.  Devido à manipulação da temperatura e pressão ideal para formação dos diamantes, a produção ocorre em um tempo menor.

  • Silicatos

Os silicatos também apresentam minerais com polimorfismo dentro do seu grupo. Tendo a mesma base química SiO4, o Quartzo, Cristobalita e Tridimita possuem características físicas diferentes.

O que causou diferença na aparência desses três minerais foi a temperatura a que os mesmos foram submetidos em seu processo de formação. Sendo o Quartzo o submetido à menor temperatura, seguido por Tridimita e, por último com maior temperatura, o Cristobalita. Com o superaquecimento que os minerais sofrem, o polimorfismo acontece  quase de imediato sobre eles. Além disso, o Cristobalita pode sofrer com uma desordem de empilhamento das suas camadas, o que o coloca sua forma ainda mais distante dos demais do seu grupo.

Esses silicatos são constantemente procurados para compor produtos tecnológicos por possuírem forma vítrea. 

* OBS: Não é considerado polimorfismo mineral o que acontece, por exemplo, com a Ametista e o Citrino, visto que ambos são silicatos e possuem fórmulas químicas parecidas.  A distinção entre eles está na quantidade de ferro presente em cada um. 

  • Dickita, Caulinite, Nacrita e Haloisita

Esses minerais são do grupo dos filossilicatos, grupo das argilas, e, assim como os outros exemplos, também possuem em comum a mesma forma química. Nos basta agora entender qual processo os deixou diferentes entre si.

A Haloisita possui hábito tabular e, devido à camada extra de água que a mesma possui,  obtém-se, como resultado, a desidratação súbita e, quando superaquecida, ela retorna ao estado de Caulinita.

Nacrite tem o deslocamento de suas camadas diferente da Dickita e da Caulinita, o que faz com que o seu pó seja diferente dos demais.

A Dickita e a caulinita tem suas camadas organizadas de formas idênticas e as mesmas diferem apenas na forma de distribuição dos sítios de cátions.

Esses minerais são bastantes presentes na fabricação de papel.


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CBRR: A COMISSÃO BRASILEIRA DE RECURSOS E RESERVAS

O QUE É A CBRR?

Como é de se esperar, CBRR é apenas uma sigla e ela representa a Comissão Brasileira de Recursos e Reservas. Essa comissão é uma organização privada sem fins lucrativos que estabelece, promove e gerencia esforços a fim de fomentar e desenvolver o setor mineral brasileiro. Por isso, sua função é de:

  • Funcionar como Entidade Nacional de Relato, fornecer padrões, recomendações e diretrizes para o relato de Resultados de Exploração Mineral, Recursos Minerais e Reservas Minerais no Brasil;
  • Estabelecer critérios e registrar os geocientistas, geólogos e engenheiros que atuam no setor mineral como Profissionais Qualificados Registrados;
  • Promover a consistência e melhoria dos padrões nacionais de relato dos Resultados da Exploração Mineral, Recursos Minerais e Reservas Minerais;
  • Manter reciprocidade internacional de Profissionais Qualificados Registrados por meio de Entidades Profissionais Registradas;
  • Promover o treinamento e a qualificação de pessoal visando o aprimoramento do processo de relato de Resultados de Exploração Mineral.

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DA COMISSÃO

Primeiramente, em relação à sua história, é importante dizer que a CBRR foi estabelecida no ano de 2015, após uma aliança entre três associações de grande relevância do setor mineral do Brasil: a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), a Agência para Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) e o Instituto Brasileiro de Mineração. 

ESTATUTO SOCIAL DA COMISSÃO BRASILEIRA DE RECURSOS E RESERVAS - CBRR
Logo CBRR. Fonte: Reprodução.

No tocante a datas, 5 de maio de 2015 se configura como o dia em que a Comissão Brasileira de Recursos e Reservas assinou um memorando de entendimento com o Committee for Mineral Reserves International Reporting Standards (CRIRSCO), uma entidade internacional que busca promover relatórios de alto padrão de estimativas de depósitos minerais, o qual estabeleceu um procedimento para a aceitação formal da CBRR no CRIRSCO. E isto aconteceu formalmente no dia 30 de Novembro de 2015, outra data importante para a organização. Dessa forma, o Brasil se configurou como o nono país a ser Organização Representativa do CRIRSCO.

Ademais, foi possível inferir, por intermédio de uma estimativa feita, que através de seus três membros fundadores e seus associados, a CBRR representa mais de 90% do PIB do setor mineral brasileiro, o que engloba desde a fase inicial de exploração mineral até mineradoras multinacionais.

DE QUE MANEIRA ELA ATUA? 

Conforme dito no início, o seu foco está no estabelecimento, na promoção e no gerenciamento de esforços com a finalidade de fomentar e desenvolver o setor da mineração em solo brasileiro. Porém, as iniciativas tomadas para alcançar o objetivo envolvem a difusão de melhores práticas globais de engenharia e geologia, diretrizes para declaração de Resultados de Exploração, Recursos e Reservas Minerais de acordo com os padrões estabelecidos pelo Comitê de Reservas Minerais e Padrões Internacionais de Relato, gestão do processo de certificação e banco de dados de registro de Profissionais Qualificados Registrados no Brasil. 

Além disso, a Comissão Brasileira de Recursos e Reservas registra profissionais e, como parte do processo de registro, determina áreas de domínio de qualificação. O termo “Profissional Qualificado Registrado” é usado para se referir aos profissionais registrados nessas áreas. 

O QUE É O GUIA CBRR PARA DECLARAÇÃO DE RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO, RECURSOS E RESERVAS MINERAIS?

Em resumo, o guia da CBRR descreve os critérios mínimos, bem como orientações para emissão de relatórios públicos no Brasil, acerca dos Resultados da Exploração, Recursos e Reservas Minerais. É essencial lembrar que os termos estão alinhados às definições padrões que foram revistas em novembro de 2013. Houve muitas iniciativas do CRIRSCO / CMMI, as quais resultaram em um progresso considerável de âmbito global que tem sido alcançado para adoção de padrões consistentes de relatórios.

Ainda falando sobre o guia, ele apresenta orientações e recomendações de Boas Práticas para a Declaração Pública de Resultados de Exploração, Recursos Minerais e Reservas Minerais. Assim, mostra-se evidente o comprometimento da organização em cumprir seu objetivo, uma vez que ela difunde e espalha conhecimento sobre o que se propõe. 


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