Mês: agosto 2022

Conheça o Nióbio, suas utilidades e o mercado

De uns anos pra cá o nome do Nióbio andou na boca de algumas pessoas e em algumas notícias, mas afinal o que ele é? Para saber mais sobre esse elemento basta continuar conosco e nos acompanhar neste artigo.

O que é e por que ganhou notoriedade?

Descoberto em 1801 pelo inglês Charles Hatchett, o Nióbio é um elemento químico que pertence a família dos metais de transição na tabela periódica. Recentemente, este metal vem recebendo muita notoriedade por ser resistente a corrosão e a altas temperaturas, dessa forma, o tornando um material cada vez mais essencial para as novas tecnologias. Além do mais, outro fator que trouxe holofotes para o Nióbio foi o “jogo de xadrez” da geopolítica global, quando o Wikileaks, organização transnacional sem fins lucrativos, vazou informações relatando que o Governo dos Estados Unidos enxergava o Nióbio como um recurso estratégico.

Sendo um dos elementos com menor concentração na crosta terrestre, o Nióbio tem sua ocorrência na natureza sempre ligada a outros elementos. As principais fontes de Nióbio são os minérios: columbita-tantalita, piroclorita e a loparita.

Nióbio: pesquisa derruba equívoco sobre supercondutividade de material à base de nióbio (Reprodução/Wikimedia Commons)
Figura : nióbio. Fonte: Reprodução.

Qual a utilidade do Nióbio?

Como citado anteriormente, o Nióbio é um metal com alta resistência a corrosão e a temperaturas elevadas, tornando-o útil para diversas aplicações. Contudo, apesar de possuir muitas utilidades, a utilização desse metal “começou engatinhar” no início do século XX a partir dos estudos do químico alemão Werner von Bolton que conseguiu isolar o elemento e produzi-lo de forma pura. Posteriormente, durante a Guerra Fria, o mundo passou a virar os olhos para o Nióbio por conta da corrida espacial.

  • Ligas metálicas

Além de possuir um alto ponto de fusão, o Nióbio possui uma afinidade alta com o carbono e o nitrogênio, assim, agregando uma resistência mecânica e ao desgaste abrasivo às ligas metálicas, dessa forma, aumentando o leque de aplicações dessas ligas.

Um exemplo de utilidade dessa liga é na confecção de turbinas de aviões ou de produção de energia, pelo fato de suportar temperaturas elevadas.

Além disso, a adição desse metal ao aço traz impactos positivos a indústria automotiva, produzindo carros leves e resistentes, a construção civil, dando melhor maleabilidade ao aço, e a indústria de transporte de fluidos, permitindo a fabricação de dutos maiores.

Figura : Ligas metálicas de nióbio. Fonte: Reprodução
  • Condutores

Em baixas temperaturas esse elemento se torna um supercondutor, podendo ser utilizado em máquinas de ressonância magnética, estudos de radiação e aceleradores de partículas.

Figura : Acelerador de partículas da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear em Genebra. Fonte: Reprodução.
  • Outras aplicações

Fora as aplicações ligadas à indústria e a tecnologia, o Nióbio, por possuir uma característica lustrosa, é utilizado na confecção de joias, além da fabricação de itens como: capacitores cerâmicos, peças de motor, sensores de ph, lentes ópticas, entre outras coisas.

Tereza Xavier lança a coleção “Muguets, Talismãs de Nióbio e Cromoterapia”
Figura : Bijuteria feita com nióbio. Fonte: Reprodução.

Suas reservas no Brasil e no mundo

Quando falamos sobre as reservas de Nióbio do mundo um país recebe um destaque enorme, o Brasil. Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), as reservas brasileiras correspondem a 98% do depósito mundial deste metal, tendo quatro estados como produtores, sendo eles, Amazonas, Rondônia, Goiás e Minas Gerais. Os dois últimos estados, em especial, são os que possuem os números mais significativos no que diz respeito a produção, tendo o potencial de produção do minério de pirocloro de 6 milhões e 0,9 milhões de toneladas por ano, nas regiões de Araxá (MG) e Catalão (GO), respectivamente.

Além do Brasil, O Canadá também possuí reservas de Nióbio, sendo o segundo maior produtor do planeta, com 4.167 toneladas por metro anuais. No país, a maior reserva lavrável se encontra no Quebec e está sob posse da companhia de mineração “Niobec”.

Outros países que possuem reservas de Nióbio são Austrália, Ruanda, Nigéria e Moçambique.

Mercado

Pois, agora que já vimos que já vimos que o Nióbio tem inúmeras utilidades e que o Brasil é o país com a maior reserva mundial deste elemento, o mercado deste metal deve ser bem aquecido, não é mesmo? Então… não é bem assim.

Vamos conversar por partes:

  • Como o Brasil se comporta no mercado de Nióbio?

Como é de se imaginar, por possuir uma reserva tão maior que os demais países do mundo, o Brasil é quase autossuficiente para atender as demandas do metal, dessa forma comprando apenas alguns produtos derivados de países como China e Peru, contudo, os números são tão baixos que acabam sendo insignificantes.

Os números da exportação do Nióbio também não são de encher os olhos. Dentre as substâncias metálicas mais produzidas pelo país, o metal é o quinto mais exportado, tendo seus principais compradores sendo Holanda, Japão, China e Estados Unidos. Apesar disso, a alta posição não quer dizer muito, visto que, em uma matéria noticiada pelo site Uol, a exportação deste metal corresponde a apenas 4,2% dos US$ 41,7 bilhões correspondente a todas as substâncias metálicas.

  • Por que esse mercado não é melhor aproveitado pelo Brasil?

O comercio acanhado freia o Brasil de seguir de maneira mais firme na exploração do mineral, o mercado pequeno tanto em território brasileiro quanto no resto do mundo é um dos fatores que torna o Nióbio um mineral “barato” sendo o valor da tonelada vendida para os maiores compradores brasileiros, como, Japão e EUA, por US$ 26 mil, título de comparação em 2017 o ouro era vendido a US$ 40 mil o quilo. Vale salientar que o Nióbio brasileiro não é vendido puro e sim a liga ferronióbio, assim, ele não vendido em bolsas de commodities e seu preço é negociado para cada comprador.

Além disso, o Nióbio pode ser facilmente substituído a depender do uso, metais como tântalo, titânio, tungstênio e vanádio podem realizar essa substituição e por eles serem encontrados em outros países faz com que eles acabem não precisando importar Nióbio.

Por fim, o mercado estável faz com que o preço do mineral também se estabilize, a título de demonstração, no espaço amostral de 2008 a 2019 o preço do Nióbio praticamente acompanhou a inflação do dólar. Por esse motivo o preço do metal não sofreu variações muito bruscas.

  • O mercado pode crescer?

Mas, com tantas coisas positivas desse metal, o mercado dele pode crescer nos anos que vão vir?

Desde a década de 1960 o Nióbio vem dando saltos de utilidade, esses saltos acompanham o avanço das tecnologias, que com o passar do tempo vão encontrando novas utilidades para o elemento, como dito pelo diretor do Instituto Nacional de Mineração, o IBRAM, “O surgimento de novas tecnologias pode levar ao aumento do mercado de Nióbio”. Além do mais, com o ganho de notoriedade já mencionado anteriormente, o surgimento de novos usos não deve demorar a chegar e, assim, potencializar o mercado do Nióbio.


Chegamos ao final desse artigo, mas um questionamento fica, será que o Nióbio vai ajudar o Brasil?

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Os tipos de barragens e suas aplicações

Uma barragem é uma barreira que interrompe ou restringe o fluxo de águas superficiais ou córregos subterrâneos. Os reservatórios criados por barragens podem ser usados para fornecer água para atividades como irrigação, consumo humano, uso industrial, aquicultura e navegabilidade. 

As barragens geralmente servem ao propósito principal de reter a água, mas também podem ser utilizadas para a contenção de rejeitos na mineração.

Neste artigo vamos apresentar alguns dos principais tipos de barragens.

Barragens de Terra

Desde a antiguidade, barragens de terra foram feitas para o armazenamento de água e para os mais diversos usos, como consumo humano e irrigação.

Estrada de terraDescrição gerada automaticamente

Barragem de Terra. Fonte: Reprodução.

A barragem de terra pode ser apoiada em diferentes tipos de fundações e seus tipos são divididos em dois, de acordo com o material que a estrutura: Homogêneo ou Zonado.

O tipo homogêneo é composto por apenas um tipo de material, diferindo-se dos taludes, cujo processo de construção costuma demandar uma variedade maior de materiais. (Caso queira saber mais sobre taludes, nós da Cristal preparamos um artigo sobre o assunto)

Nas barragens homogêneas, é necessário que o material utilizado seja impermeável.

O tipo zonado possui um núcleo feito por um material impermeável, porém as demais camadas, com função de suportar o núcleo, são mais permeáveis.

A inclinação dos taludes em uma barragem de terra deve ser suave, para que haja mais estabilidade.

Barragens de Concreto

O concreto é um material amplamente utilizado na construção civil atualmente e isto também se aplica na construção de barragens.

Barragens de concreto são construídas em sua maioria em vales, pois apesar da sua resistência, o concreto apresenta algumas limitações quanto ao comprimento da barragem.

Barragem em arco

São barragens feitas de concreto e com forma de arco ao longo do seu comprimento.

Não é comum a construção de barragens deste tipo, pois o seu comprimento não deve ser muito grande em relação a sua altura, uma vez que isso exigiria um vale mais profundo e encostas com material rochoso resistente que suportasse a construção.

Montanha com pedrasDescrição gerada automaticamente

 Hoover Dam. Fonte: Reprodução. 

Um exemplo famoso de uma barragem em arco é a Hoover Dam (imagem acima), que represa as águas do rio Colorado nos EUA.

Barragem contraforte

Sua estrutura é constituída por laje de concreto e sustentada por contrafortes responsáveis por receber as tensões provenientes do acúmulo da água sobre a laje. Esse é um tipo de barragem que necessita de grande preparo da fundação. Em alguns casos, emprega-se o uso de tirantes e até injeção de calda de cimento, sempre mantendo o controle geológico.

Barragem de gravidade

Barragens de gravidade são mais resistentes e possuem um custo maior de construção em relação às barragens de terra e de enrocamento, porém com um menor custo de manutenção. Geralmente estas barragens são construídas onde o espaço é restrito. 

Ela pode ser uma parede maciça ou oca constituída de concreto. Sua resistência está na parede que a cria em relação ao empurrão horizontal da água, transmitindo tensão à fundação.

Barragem de enrocamento

São barragens destinadas geralmente para o armazenamento de água, sendo constituída por enrocamentos (maciços compostos por blocos de rochas compactadas).

Barragens de Rejeitos

A barragem de rejeitos é bastante utilizada na mineração para armazenar os materiais que não foram aproveitados durante o processo de beneficiamento.

As barragens podem ser constituídas por diversos materiais, como terra, enrocamento e rejeitos. 

Vista aérea de local com águaDescrição gerada automaticamente

Barragem de Rejeitos. Fonte: Reprodução. 

As barragens de rejeitos podem ser divididas em três tipos: barragem de alteamento a montante, barragem de alteamento a jusante e barragem de linha de centro.

  • Barragem de alteamento a montante

É o método mais barato. Nesse tipo de barragem, os rejeitos são depositados nela mesma para a construção dos degraus.

Esse tipo de barragem utiliza uma quantidade menor de materiais na sua construção, por isso tem um custo reduzido. Entretanto, este tipo de barragem tem uma menor estabilidade em comparação à barragem de alteamento a jusante e de linha de centro, podendo ser mais suscetível a acidentes, como no caso do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.

  • Barragem de alteamento a jusante

Neste método, a barragem cresce sobre ela mesma, com os alteamentos sendo feitos subsequentes ao degrau inicial da barragem, seguindo a direção em que a água corre. Cada um desses alteamentos é feito de forma independente à disposição dos rejeitos, o que a torna estruturalmente estável.

Este tipo de barragem utiliza mais materiais e mais espaço, o que a torna mais custosa, porém é o método mais seguro.

  • Barragem de linha de centro

É intermediária em termos de custo e segurança em relação às demais.

Este método tem a disposição é semelhante ao método a montante. No entanto, os degraus têm o caimento para fora, o que torna mais seguro que o método a montante, porém ainda menos segura que o modelo a jusante.

Como evitar acidentes?

Existe uma série de medidas que podem ser tomadas para evitar acidentes, um acidente em uma barragem de rejeitos pode ter resultados catastróficos, com grandes impactos ambientais, sociais e econômicos. 

Desta forma, nós da Cristal preparamos um artigo sobre assunto, caso queria se aprofundar mais.


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Saiba o que são falhas geológicas

Você sabe o que são falhas geológicas? Sabia que sua ocorrência está associada a terremotos?

Acompanhe-nos neste artigo e saiba mais sobre falhas geológicas, seus tipos e implicações na nossa vida.

O que é uma falha geológica?

Uma falha, em geologia, é uma fratura plana ou suavemente curvada nas rochas da crosta terrestre, onde forças de compressão ou tensão causam deslocamento relativo das rochas nos lados opostos da fratura.

As falhas variam em comprimento de alguns centímetros a muitas centenas de quilômetros, e o deslocamento, da mesma forma, pode variar de menos de um centímetro a várias centenas de quilômetros ao longo da superfície da fratura. Em alguns casos, o movimento é distribuído por uma zona de falha composta por muitas falhas individuais que ocupam um cinturão de centenas de metros de largura.

A distribuição geográfica das falhas varia; algumas grandes áreas quase não têm, outras são cortadas por inúmeras falhas.

O acúmulo de energia pelo movimento dos blocos de rocha nas falhas e uma eventual liberação desta em zonas de falhas tectônicas é um dos principais fatores responsáveis pela ocorrência dos terremotos.

Tipos de falhas

As falhas podem ser verticais, horizontais ou inclinadas em qualquer ângulo. Embora o ângulo de inclinação de um plano de falha específico tenda a ser relativamente uniforme, ele pode diferir consideravelmente ao longo de seu comprimento de lugar para lugar. Quando as rochas deslizam umas sobre as outras na falha, o bloco superior ou sobrejacente ao longo do plano da falha é chamado de capa ou teto; enquanto o bloco abaixo do plano de falha é chamado de muro ou lapa.

  • Falha normal

É uma falha de deslizamento em que o bloco acima da falha se moveu para baixo em relação ao bloco abaixo.

Falha Normal. Fonte: Reprodução.

Falhas normais criam espaço. Essas falhas podem parecer grandes trincheiras ou pequenas rachaduras na superfície da Terra. A escarpa da falha pode ser visível nessas falhas, pois a capa desliza abaixo da lapa.

Se você estiver olhando para uma montanha que fica em uma falha normal, verá que a capa “mergulhou e escorregou” abaixo do nível da parede. Isso dá à montanha uma aparência inclinada. Em uma área plana, uma falha normal parece um degrau ou uma rocha deslocada.

Alguns exemplos de falhas normais são a Falha de Sierra Nevada e a Falha de Moab na América do Norte.

Montanha de pedrasDescrição gerada automaticamente

Falha Normal. Fonte: Reprodução.

Este tipo de falha ocorre em resposta à extensão e é frequentemente observado na Bacia Ocidental dos Estados Unidos e ao longo dos sistemas de dorsais oceânicas.

  • Falha reversa

É uma falha de deslizamento em que o bloco superior, acima do plano de falha, se move para cima e sobre o bloco inferior.

Desenho animado para criançasDescrição gerada automaticamente com confiança média

Falha reversa. Fonte: Reprodução.

Falhas reversas parecem duas rochas ou montanhas que foram empurradas juntas. Ao contrário das falhas normais, as falhas reversas não criam espaço.

Este tipo de falha é comum em áreas de compressão, como regiões onde uma placa está sendo subduzida sob outra, como no Japão. 

Existem exemplos de falhas reversas em vários continentes ao redor do mundo. Eles são mais comuns na base de grandes cadeias de montanhas como a falha de San Ramón, na base das montanhas andinas no Chile.

  • Falha transcorrente ou transformante

Ao contrário das falhas de deslizamento que se movem verticalmente, na falha transcorrente, os blocos de rocha se movem lateralmente. Uma falha que se move para a esquerda é chamada de falha transcorrente sinistral, e uma falha que se move para a direita é uma falha transcorrente dextral. As falhas de deslizamento incluem linhas de falha transformantes (que terminam em outro limite de placa) e transcorrentes (que terminam antes de atingir outro limite de placa).

Desenho de personagem de desenho animadoDescrição gerada automaticamente com confiança média

Falha transcorrente. Fonte: Reprodução.

Muitas falhas de deslizamento são encontradas no fundo do oceano. Mas se você estiver olhando para uma falha de deslizamento, pode parecer que a terra de ambos os lados se moveu em direções opostas. Esse movimento pode causar deslocamento de rios, vales paralelos e extremidades abruptas de cadeias montanhosas.

O exemplo mais famoso de falha transcorrente é a falha de San Andreas. A falha de San Andreas, de 1.300 quilômetros, se estende pela maior parte da Califórnia e divide as placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte. É responsável por vários sistemas de falhas menores no oeste dos Estados Unidos.

Vista aérea de uma cidadeDescrição gerada automaticamente

 Falha de San Andreas. Fonte: Reprodução.

Implicações das falhas geológicas na vida humana

Uma vez que as falhas estão sujeitas a mudanças frequentes no comportamento mecânico do solo e dos maciços rochosos, muitas vezes é aconselhável que estruturas críticas como barragens, usinas, hospitais e escolas não sejam construídas ao longo das falhas, para evitar maior risco de morte e destruição ao longo dessas regiões em tempos de emergências de desastres naturais, como terremotos e tsunamis. Os geólogos continuam a estudar as linhas de falha da Terra para estimar a atividade do solo nessas áreas, a fim de obter mais informações sobre as possibilidades futuras de terremotos em regiões ao redor das linhas de falha.


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Conheça alguns softwares que auxiliam na mineração

A computação está cada vez mais presente no nosso cotidiano, e no campo da mineração não é diferente. Existem diversos softwares que auxiliam na realização de diversos processos da atividade minerária. Nos acompanhe neste artigo e conheça alguns softwares que são utilizados na mineração.

Importância da utilização de softwares na mineração

O uso de softwares específicos para o setor é uma peça-chave na busca pelo aprimoramento constante das operações de mineração, além da realização de atividades administrativas.

Softwares de geologia e planejamento de minas auxiliam na produtividade e otimização de frotas, antecipam intervenções e evitam falhas em máquinas e equipamentos. Estas soluções já são amplamente utilizadas na mineração atualmente.

Principais softwares atualmente

  • ArcGIS

Desenvolvido e mantido pela Esri, o ArcGIS é uma família de software cliente, servidor e serviços de Sistema de Informações Geográficas online (GIS). O ArcGIS Pro funciona em 2D e 3D para cartografia e visualização e inclui Inteligência Artificial (IA).

ArcGIS Pro. Fonte: Reprodução.

Por meio dele, é possível criar uma conexão de bancos de dados contendo dados geográficos (ou seja, descrições de fenômenos para os quais a localização é relevante), combinados com ferramentas de software. Assim, o usuário é capaz de gerenciar, analisar e visualizar esses dados.

O ArcGIS é um dos softwares mais vendidos nesse ramo, sendo utilizado por diversas empresas de mineração, consultoria e laboratórios na elaboração de mapas, e utilização dos mais diversos tipos de informações geográficas, como geologia, hidrogeologia, geoestatística, entre outros.

  • Datamine

A Datamine software é uma das maiores empresas na oferta de softwares para o setor mineral, comercializando soluções de exploração mineral, dados geológicos, gerenciamento de recursos e reservas, planejamento, pesquisa mineral e logística.

Datamine Studio RM. Fonte: Reprodução.

Dentre os vários softwares da Datamine, um dos mais utilizados é o Studio RM criado para a modelagem e avaliação de recursos minerais e reservas, produzindo modelos que representem com precisão a estrutura geológica, mineralização e teor, enquanto lidam com conjuntos de dados complexos, como amostras de furos de sondagem, amostras de canais, imagens georreferenciadas, mapas de face e modelos 3D processados a laser e imagem.

Vale citar também outros importantes softwares desenvolvidos pela Datamine, como o Studio NVPS, um sistema de planejamento estratégico de mina a céu aberto, que busca integrar e aprimorar o projeto físico e o cronograma de produção de uma mina a céu aberto. A Datamine também desenvolveu o Studio UG, um conjunto de ferramentas para o design planejamento e otimização de uma lavra subterrânea.

  • AutoCAD

Desenvolvido pela Autodesk, o AutoCAD é um software de desenho auxiliado por computador bastante utilizado e conhecido por diversas engenharias.

AutoCAD. Fonte: Reprodução.

Ele é uma ferramenta com a qual pode-se elaborar peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e criar modelos em três dimensões (3D), possibilitando a resolução de problemas geológicos estruturais.

Além disso, ele é amplamente utilizado por geólogos que atuam na área de topografia.

  • LeapFrog

O LeapFrog é uma gama de softwares desenvolvidos pela empresa Seequent, uma das maiores do mundo no desenvolvimento de software para mineração e áreas correlatas.

LeapFrog Geo. Fonte: Reprodução.

Um dos softwares da família LeapFrog é o LeapFrog Geo, que permite a construção de modelos geológicos complexos de forma rápida, a partir de dados de sondagem, dados estruturais, pontos, linhas e malhas no projeto. Ele conta com a visualização de modelos em 2D e em 3D e ferramentas de modelagem em bloco.

  • Oasis Montaj

Também desenvolvido pela Seequent, o Oasis Montaj é um software bastante utilizado na mineração que permite a modelagem em 2D e em 3D, visualização, e a análise de dados geológicos, geofísicos e geoquímicos.

Oasis Montaj. Fonte: Reprodução.

  • Rocscience

A Rocscience é uma empresa de desenvolvimento de software 2D e 3D para engenheiros civis, de mineração e geotécnicos.

Rocscience Dips. Fonte: Reprodução.

Ela conta com diversas soluções para análise de estabilidade de taludes, análise de pilares, projetos de escavações em rocha, análise de assentamento e consolidação do solo, análise de resistência e tensão de materiais de rocha e solo, projetos de mina subterrânea, dentre outros.


Neste artigo, você conheceu os principais softwares da área de mineração e suas principais funcionalidades.

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Riquezas minerais fora do nosso planeta

A busca por recursos minerais e sua utilização sempre foi uma característica dos seres humanos o crescimento da população humana e o desenvolvimento de novas tecnologias a quantidade de recursos necessários tem crescido exponencialmente, fazendo com o que se tornem escassos no nosso planeta.

Porém descobertas recentes demonstram que a existências de minerais em corpos celestes, como asteroides, e a mineração espacial poderiam ajudar a eliminar a escassez de alguns recursos e tornar algumas pessoas incrivelmente ricas ao mesmo tempo.

Fonte: Reprodução.

Minerais que podem ser encontrados fora da Terra

Os asteroides são feitos principalmente de rocha, com alguns compostos de argila e silicato, e diferentes metais, principalmente níquel e ferro. Mas outros materiais também foram encontrados nestes objetos.

A composição de um asteroide é determinada principalmente pela proximidade ao Sol. Os que estão mais próximos são majoritariamente feitos de carbono, com quantidades menores de nitrogênio, hidrogênio e oxigênio, enquanto os mais distantes são compostos de rochas de silicato. Os silicatos são muito comuns na Terra e no Sistema Solar. Eles são compostos de oxigênio e silício, os elementos número um e dois mais abundantes na crosta terrestre.

Existem também os asteroides metálicos, que são compostos por até 80% de ferro e 20% de uma mistura de níquel, irídio, paládio, platina, ouro, magnésio e outros metais preciosos, como ósmio, rutênio e ródio.

Existem alguns que são compostos de meio silicato e meio metálico.

Os metais do grupo da platina são alguns dos elementos mais raros e úteis da Terra. De acordo com a Planetary Resources, uma empresa que espera minerar asteroides no espaço, esses metais existem em concentrações tão altas nos asteroides, que um único asteroide rico em platina de 500 metros pode conter mais metais do grupo da platina do que já foram extraídos na Terra ao longo da história humana.

Representação gráfica da sonda Hayabusa se aproximando do asteroide Itokawa. Fonte: Reprodução.

Outros minerais foram encontrados a partir de sondas espaciais. Por exemplo, a sonda Hayabusa pousou em Itokawa, um asteroide próximo a Terra, e descobriu que ele consiste principalmente dos minerais olivina e piroxênio, uma composição mineral semelhante a uma classe de meteoritos pedregosos que atingiram a Terra no passado.

Além dos metais, os elementos para criar a água estão presentes nos asteroides,uma vez que há indícios de que os asteroides contêm água ou gelo em seu interior, e existem até evidências de que a água pode ter corrido na superfície de pelo menos um asteroide.

Observações ao asteroide Vesta, feita pela sonda Dawn, mostram ravinas que podem ter sido esculpidas pela água. A teoria é que, quando um asteroide ou cometa menor colide com um asteroide maior, o asteroide ou cometa pequeno pode liberar uma camada de gelo no asteroide maior.

A força do impacto transformou brevemente o gelo em água, que fluiu pela superfície, criando as ravinas.

Recursos que podem ser aproveitados

Como podemos notar, além de elementos valiosos, os asteroides podem ser extraídos de água para ajudar a hidratar outros empreendimentos fora do mundo, como uma possível colônia, ou para reabastecer nossas reservas esgotadas ou poluídas aqui na Terra. Outro recurso que seria valioso para a Terra é o Hélio-3, um isótopo que é uma fonte potencial de combustível para a fusão nuclear. Embora haja um pouco de Hélio-3 em nosso planeta, nosso satélite, a Lua, o possui em relativa abundância. Assim, se algum dia colocarmos nossos reatores de fusão online, ter um estoque enorme de combustível eficiente à nossa porta planetária poderia nos permitir abastecer nosso planeta por gerações.

Embora esta não seja uma lista exaustiva do que poderia ser capturado no espaço, o valor de um único asteroide de tamanho considerável pode ser alto. Estamos falando de quintilhões de dólares pois a NASA (Agência Espacial Americana), estimou que todo o cinturão de asteroides está na faixa de US$ 700 quintilhões de dólares!

É possível minerar no espaço?

Bem, no momento não. Antes que a mineração de asteroides se desenvolva, vários obstáculos tecnológicos e econômicos precisarão ser superados.

Para início de conversa, chegar ao espaço ainda é extremamente caro para a maioria das nações, e ainda mais para as empresas, embora algumas, como a SpaceX, estejam trabalhando duro para reduzir esse preço com sua tecnologia de foguete reutilizável.

Além das dificuldades para se chegar em um asteroide, seria de grande complexidade desenvolver e construir a infraestrutura necessária fora da Terra.

No entanto, missões recentes da NASA e da ESA (Agência Espacial Europeia) trazem alguma esperança para o sucesso de curto prazo da mineração fora do mundo. Além disso, a tecnologia de mineração de asteroides pode realmente ser acelerada pela necessidade coletiva da humanidade de novos recursos minerais.

Mas fica o questionamento, o primeiro trilionário do mundo virá da indústria de mineração de asteroides? A mineração de asteroides tem a promessa de tornar seus pioneiros muito ricos… Trilhões de dólares ricos. Se isso é uma coisa boa está em debate.


Chegamos ao final de mais um artigo, mas fica o questionamento, o primeiro trilionário do mundo virá da indústria de mineração de asteroides? A mineração de asteroides tem a promessa de tornar seus pioneiros muito ricos… Dizer se isso é uma coisa boa ou não ainda está em debate…
Qual sua opinião? Comenta aqui pra gente! 🙂

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